Além do Gol Last Edition: 10 carros que ganharam série de despedida
Além do do compacto da Volkswagen, muitos automóveis icônicos mereceram homenagens em derradeiras edições especiais
Além do do compacto da Volkswagen, muitos automóveis icônicos mereceram homenagens em derradeiras edições especiais
Tem carro que morre e deixa mais saudade que aquele parente que só te dava meia no Natal. Um exemplo é o Gol, que está em ritmo de passagem e a Volkswagen tratou de bolar uma série especial de despedida.
É só mais um dos muitos carros que tiveram, merecidamente, séries especiais de despedida. O AutoPapo aproveita a hora do adeus do veículo de maior sucesso da nossa indústria para relembrar outras edições derradeiras de automóveis.
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Depois de 42 anos de mercado, o Volkswagen Gol deixa o mercado com mais de 8,5 milhões de unidades vendidas. O compacto alemão é o maior sucesso de vendas da indústria brasileira e ainda figura entre os 10 modelos mais vendidos de 2022.
Mesmo assim, chegou a hora do adeus e a VW resolveu criar a edição Last Edition, que terá pintura especial em tom vermelho, faixa preta na tampa do porta-malas, que remete ao Gol GT dos anos 1980, assim com tipologia da primeira geração. O carro ganhou rodas de liga leve pintadas em preto, bancos com estilo inspirado no GTI de 1989, multimídia, volante revestido em couro e até mesmo um adesivo na coluna C, nas formas da famosa roda Orbital.
Em 2013 a primeira geração do Uno chegou ao fim com esta série de despedida do simpático carro que foi revolucionário nos anos 1980. Limitado a 2 mil unidades, o Grazie Mille fechou um ciclo de quase 30 anos de vida da Botinha Ortopédica com vários diferenciais.
Sob o nome traduzido de “Obrigado Mille”, a série de despedida do carro compacto da marca italiana foi equipada com faróis escurecidos, rodas de liga leve aro 13″, frisos laterais, para-lamas pintados e ponteira de escapamento esportiva. Foi negociado em uma cor verde exclusiva e com emblemas alusivos à edição.
Na cabine, bancos com bordado com o nome da série de despedida, tapetes de carpete e plaqueta numerada. O quadro de instrumentos tem grafismo diferente, há pedaleiras esportivas e mais uma vez a alcunha da edição nas soleiras das portas.
Entre os equipamentos, ar, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, som com CD, MP3, Bluetooth e USB e desembaçador e limpador do vidro traseiro. O Grazzie Mille foi lançado por R$ 31.200 é hoje custa entre R$ 50 mil e R$ 90 mil.
A Volks já tinha usado o termo Last Edition para outra – e controversa – série de despedida de outro carro icônico. A Kombi, até então o veículo mais longevo em produção no Brasil, teve a fabricação encerrada em agosto de 2013 e com uma tiragem derradeira. Mas não foi bem assim…
É que a Kombi de despedida foi alardeada com apenas 600 unidades. Porém, depois a Volks resolveu fazer outra fornada com mais 600. Quem comprou a primeira leva reclamou, alegando que o carro perderia valor. Teve cliente que ganhou ação na Justiça contra a montadora alemã, inclusive.
Controvérsias à parte, a Kombi Last Edition tinha ar retrô, evidenciado pela pintura saia e blusa (azul claro e branco), rodas brancas, pneus com faixa branca e simpáticas cortinas em tear azul.
Internamente, a velha senhora tem acabamento também azul e branco – inclusive nos bancos de vinil -, costuras aparentes e carpete. O motor era o mesmo da linha na época – 1.4 flex com até 80 cv e 12,7 kgfm – e custava o dobro da Kombi Standard de então. Hoje, tem anúncio que pede mais de R$ 130 mil pela edição limitada da van.
Essa série especial do carro da Chevrolet só foi entendida como de despedida… depois. Isso porque, em 2011, a General Motors lançou o Vectra Collection como uma edição limitada comum, mas aquele foi o último ano do sedã, que saiu de cena para dar lugar à linha Cruze.
A edição final do Vectra foi limitada em 2 mil carros. Todos pintados na cor metálica verde Lotus e com rodas de liga leve escurecidas e diamantadas com aros de 17″. Ainda por fora, adesivos com o nome da série na coluna central e faróis com lentes escuras.
No habitáculo, bordados com o nome da edição limitada e detalhes de couro no acabamento interno e nos bancos de tom verde com pespontos cinza. Como parte dos mimos, chave e manual com capas de couro e o nome Collection.
O motor era o mesmo dos últimos anos da linha, o 2.0 8V Familia II de 140/133 cv, com câmbio automático de quatro marchas. Curiosamente, o sedã que nasceu como médio-grande no mercado, em 1994, se despediu como um Astrão.
Um dos carros mais amados do país não poderia ficar sem série de despedida. E o Fusca era tão especial que teve duas edições de adeus. A primeira, em 1986, chamada Última Série, foi distribuída para cada um dos mais de 600 concessionários da Volks naqueles tempos.
Mas o Fusca voltou a ser produzido em 1993 como um afago político ao então presidente Itamar Franco. Entre maio e junho de 1996 as últimas unidades fabricadas desta segunda leva do Besouro foram da Série Ouro.
Com 1.500 unidades, os últimos Fuscas usavam o robusto e conhecido motor 1.500 de 58 cv e e 12 kgfm. Entre os equipamentos, faróis de neblina, relógio analógico no painel e desembaçador traseiro.
Outro carro da GM que ganhou série de despedida com o nome Collection foi a Meriva. A minivan compacta lançada em 2002 com seu inovador sistema flexível de bancos saiu do mercado 10 anos depois com uma tiragem limitada de 500 unidades.
Todos os modelos do monovolume usavam motor 1.4 de 105/99 cv e receberam cor metálica exclusiva cinza Rusk. Também eram equipados com airbag duplo frontal e emblema Collection nas laterais. Assim como no Vectra derradeiro, tinha chaveiro e capa do manual com acabamento diferenciado.
Mais minivan e mais série de despedida de um carro da Chevrolet sob a alcunha Collection. A Zafira chegou ao fim juntamente com a Meriva, em 2011 – ambas foram substituídas pela Spin, para desespero de muitos taxistas na época.
A fornada final da minivan de sete lugares foi igualmente restrita a 500 unidades. Tinha revestimento de couro, rodas de liga leve arob16″, emblemas Collection e câmbio automático de quatro marchas para trabalhar com o motor 2.0 8V. A Zafira de despedida também foi vendida apenas na cor cinza Rusk.
A segunda geração do Uno foi encerrada recentemente, em dezembro de 2021. Assim como seu antecessor, o carro ganhou uma série especial de despedida. Mais uma vez se valeu de termo em italiano, que, neste caso, serve tanto como saudação, como um “tchau” mesmo.
Na cor cinza Silverstone e com teto, spoiler e capas dos espelhos pretos, o Uno Ciao teve só 250 unidades fabricadas, todas com a tradicional plaquinha com o número da série no painel. Porém, o último carro de fato produzido ganhou a numeração 4.379.356 – a quantidade de unidades do hatch compacto produzidas no Brasil em duas gerações e 37 anos.
Por fora, destaque ainda para as rodas de liga leve escurecidas aro 14” e o logo “Uno” nas cores da bandeira da Itália. Nas diferenciações do acabamento, a série de despedida do carro da Fiat ganhou revestimento escurecido, maçanetas na cor do veículo e adesivo lateral com o nome Uno Ciao seguido da frase “La Storia di uma Leggenda” (a história de uma lenda).
O Uno Ciao foi equipado com som com bluetooth e entrada USB, vidros elétricos dianteiros, porta-óculos e espelho auxiliar convexo para vigiar o banco traseiro. O motor é o 1.0 Fire de 75/73 cv.
O jornalista Marlos Ney Vidal participou da montagem desse Uno especial; confira:
O mais tradicional e imponente dos Pajero se despediu em 2021 e ganhou uma série limitada em 100 unidades para celebrar seus 40 anos de história. Chamada Legend Edition e apenas na configuração quatro portas e sete lugares, o SUV teve quatro opções de cores para a carroceria (preto, cinza, prata e branco) e duas para a cabine (preto ou bege).
Nos detalhes estéticos exclusivos, acabamento preto brilhante na grade dianteira, capas retrovisores e skid plates. As rodas de liga leve diamantadas têm aros de 20” e o nome da série especial de despedida do carro surge nos para-lamas dianteiros, na tampa do porta-malas e gravado no para-brisas e no vidro traseiro,
O motor 3.2 turbodiesel de 200 cv e 44,7 kgfm embalou o adeus do jipão. Os compradores da última tiragem de Pajero Full ainda ganharam de brinde um livro especial que conta a história do SUV nestas quatro décadas.
Carros como o Chevrolet Opala não podem dar adeus sem uma série de despedida à altura de sua história. Foi o que a General Motors fez com seu inesquecível sedã grande em 1992.
O Opala SE Collectors foi uma edição bastante exclusiva. Os felizes donos daquelas poucas 100 unidades receberam chave banhada a ouro e uma fita VHS com a história do carro. O motor, claro, era o saudoso seis cilindros 4.1 de 121 cv com caixa automática de quatro marchas.
Os 10 principais defeitos do Chevrolet Opala listados por Boris Feldman
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