10 pontos chaves sobre o novo Jeep Compass 2022
Confira cinco aspectos fortes - e cinco fracos - do SUV médio que acaba de ser remodelado e ganhar mais itens de série, além de novo motor turboflex
Confira cinco aspectos fortes - e cinco fracos - do SUV médio que acaba de ser remodelado e ganhar mais itens de série, além de novo motor turboflex
O Compass teve de se renovar para se preparar para os rivais que estão por aí – e que estão por vir. E vamos combinar que a remodelação do SUV médio da Jeep foi além do face-lift (discreto) da frente. O líder do segmento ganhou novidades mecânicas e tecnológicas. Ao mesmo tempo, com valor inicial de R$ 140 mil, o Jeep Compass 2022 manteve os preços competitivos para se manter na liderança.
Mas é só nisso que ele se baseia? Veja os cinco pontos fortes do utilitário esportivo feito em Goiana (PE) – e os cinco pontos fracos.
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Entre os cinco pontos positivos do novo Jeep Compass 2022 estão os motores, opções de diesel e 4×4, preços, acabamento e equipamentos. Confira em detalhes.
Cá entre nós, o Jeep Compass já mandava bem quando o assunto era motor, tanto flex como diesel. Só que agora o 2.0 aspirado – que andava bem, mas era beberrão – foi substituído pela nova família de motores GSE da Stellantis.
O Jeep Compass 2022 adotou o 1.3 turboflex que estreou na renovação da picape Fiat Toro. O novo propulsor gera 185/180 cv e 27,5 kgfm de torque a 1.750 rpm – o número do motor é uma alusão à força em Newton-metros (Nm). Sempre com o câmbio automático de seis marchas, o Compass 2022 flex faz o 0 a 100 km/h em 8,8 segundos com etanol, segundo a Fiat.
O consumo é que não faz jus à era do downsizing em que vivemos. Na cidade, as médias ficam em 7,3 km/l com etanol e em 8,7 km/l, com gasolina. Já no ciclo rodoviário o Compass 1.3 anotou respectivas médias de 10,5 e 12,1 km/l.
A Jeep jura que o T270 é 18% mais eficiente que o antigo 2.0 Tigershark. De qualquer forma, o SUV levou nota A do Inmetro na categoria – mais por demérito dos outros do que méritos próprios do acerto do Compass turboflex.
Boris comenta sobre o novo motor turbo:
Dentro do segmento o Compass é o único que tem versão turbodiesel – e não falo só dentro da sua faixa de preço, mas pegando os SUVs médios como um todo. E trata-se de um belo conjunto. O 2.0 16V fornece 170 cv de potência e torque máximo de 35,7 kgfm, e atua com o ágil câmbio automático de nove marchas e tração 4×4.
O Jeep Compass 2022, a unidade diesel ainda recebeu novo sistema pós-tratamento de gases para atender às normas de emissões previstas pelo Proconve 7. O consumo pelos padrões do PBEV, do Inmetro, fica em 10,3 km/l na cidade e 13,5 km/l, na estrada – em teoria, a autonomia chega a 800 km com o tanque de 60 litros.
E no remodelado Compass, esta tração 4×4 é muito mais jipeira que o que se encontra no segmento – os poucos utilitários que têm o sistema, geralmente são 4WD sob demanda. No Jeep há o Active Drive Low, com seletor de terrenos, reduzida e controle de descida.
O modelo não se tornou o líder de vendas entre os SUVs médios – e até entre todos os utilitários em muitos meses – só por causa de sua carinha bonita. A percepção de ser mais barato que os médios e oferecer um porte bem mais robusto e espaçoso que os compactos o tornaram um sucesso comercial – em cinco anos já foram mais de 240 mil unidades.
A Jeep, então, tratou de segurar os preços. A linha do Jeep Compass 2022 começa em R$ 139.990 na versão Sport turbo flex automática, já bem fornida. Ela vem com seis airbags, controles de estabilidade e tração, ar automático bizona, sensores de chuva e de luminosidade, freio de estacionamento eletrônico e bloqueio eletrônico do diferencial dianteiro. Tem ainda faróis full LED e central multimídia com tela de 8,4”
Desta forma, é mais caro que o Hyundai ix35 (R$ 126.990), só que estamos falando de um projeto já datado, muito menos equipado e prestes a sair de linha. Ao mesmo tempo, o Compass 2022 básico tem o mesmo preço inicial que o Mitsubishi Outlander – que nada mais é que um ASX com nova casca -, só que o Jeep é muito mais recheado.
Além disso, o Compass é mais em conta que o recém-lançado Toyota Corolla Cross (R$ 144.990) e que o Hyundai Tucson (R$ 164.990). Também fica distante de outros SUVs médios como Ford Territory, Chevrolet Equinox, VW Tiguan, Caoa Chery Tiggo 8 e Mitsubishi Eclipse Cross. A marca alemã, porém, prepara uma ofensiva com o Taos, que chega em maio com preços iniciais próximos aos da linha Jeep.
A versão intermediária Limited do Compass, por R$ 176.990 (T270) ou R$ 216.990 (TD350), é bastante competitiva também. Ela recebe as novas bossas, como o quadro de instrumentos totalmente eletrônico e configurável e o multimídia com display de 10,1”, além de sensor de ponto cego, banco do motorista com regulagem elétrica, teto escurecido e rodas diamantadas com aros de 19”.
Ponto criticado no Compass desde seu lançamento, a reestilização de meia-vida foi até mais significativa no interior do SUV. A marca estadunidense adotou novos padrões de acabamento, especialmente nos revestimentos das portas, nas costuras aparentes do painel e no volante revestido de couro herdado do Grand Cherokee.
Além disso, há três padrões de acabamento da cabine: preto, marrom e cinza. O console central novo e as saídas de ar redesenhadas também emprestaram um pouco mais de requinte a bordo.
Como dito, o modelo ganhou equipamentos bacanas nesta virada da gama 2022. Faróis full-LED, painel de instrumentos eletrônico e as novas centrais multimídia com telas de 8,4” e 10,1” (essa na vertical, como um tablet) e com conexão sem fio para Android e IOS saltam aos olhos. O carregamento de celular por indução também merece destaque – claro, todos esses itens variam conforme a configuração.
O pacote de auxílio à condução foi aprimorado. O sistema de frenagem autônoma de emergência passa a detectar também pedestres, ciclistas e motos. Detecção de fadiga do motorista e leitor de placas de trânsito com avisos e alertas sobre a velocidade máxima permitida são outras novidades.
No novo Compass, cinco pontos negativos são o pacote de equipamentos, conforto no banco traseiro, comportamento dinâmico, falta de versão híbrida e preço de seguro.
Pois é, os itens mais legais, infelizmente, só são encontrados nas versões mais caras. Vamos começar pela nova central multimídia com tela de 10”, por exemplo, que só aparece a partir da Longitude (R$ 162.990 na flex e R$ 204.990, na diesel). Carregador sem fio, partida sem chave e estacionamento automático só na Série Especial 80 Anos (R$ 162.990 e R$ 204.990) ou a partir da Limited.
Também só a partir da Limited (R$ 176.990 e R$ 216.990) é que se tem o painel eletrônico configurável e sensor de ponto cego. E aquele pacote de itens de condução semiautônoma com piloto automático adaptativo, frenagem de emergência, assistente de faixa (com esterçamento do volante) e alerta de tráfego cruzado aparecem apenas como opcionais a partir desta versão – de “fábrica”, só na Série S.
Detalhe é que as versões híbridas do Corolla Cross (a partir de R$ 179.190) já trazem alguns itens semiautônomos. Entre eles estão a frenagem autônoma de emergência, alerta de tráfego cruzado e sensores de farol alto e de ponto cego.
Apesar do porte imponente e de médio, o Compass peca no banco traseiro. O espaço ali é até bom para as pernas, mas a largura compromete o conforto para três adultos. O rival mais recente e direto, o Corolla Cross, tem assento de trás com apoio mais esticado para as pernas e mais espaço para os ombros na segunda fila.
Apesar de usar 80% de aços de ultra-resistência e se valer de uma plataforma moderna, o Compass não tem um acerto dinâmico dos mais apurados. Em muitas situações de curvas o SUV médio tem um comportamento meio de banheirão, típico dos utilitários norte-americanos.
Em velocidades altas também falta uma maior precisão na comunicação entre o volante e as rodas. Não que passe insegurança, mas modelos como Tiguan, Corolla Cross e Tucson têm uma calibragem mais justa neste quesito.
Enquanto o Corolla Cross se vale da mesma plataforma TNGA do sedã para se valer das versões híbridas flex produzidas no Brasil, o Compass depende lá de fora para ter esta vitrine tecnológica. A Jeep já até confirmou a venda do Compass e do Renegade eletrificados por aqui, o que estava previsto para este ano, mas o dólar e a pandemia atrasaram os planos.
Além disso, quando – e se – vier o Compass híbrido será importado da Europa. Os preços , hoje, ficariam por volta dos R$ 250 mil.
O Compass tem fama de seguro salgado, além de ser muito visado para roubo. Em uma simulação com perfil masculino, 50 anos e morador da zona oeste de São Paulo, a cobertura completa mais barata da antiga versão Sport com motor 2.0 fica em cerca de R$ 4.000, com franquia de mais de R$ 10 mil. Nas demais, os preços da apólice para o Jeep flutuam entre R$ 4.500 e R$ 6.000.
Fotos: Jeep | Divulgação
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Desculpe, mas nunca tive um carro com franquia de mais de 10 mil reais, invenção pura. E olha que nos últimos anos foram 2 compass diesel, 3 volvos linha 60, Tiguan e dois Fusion. O seguro do Compass foi muito barato, com franquia muito menor que a dos volvos e do Fusion. O povo tá que inventa uma maneira de desmerecer o líder, affmaria!!!
Tive um Compass 2018 , agora tive a felicidade de comprar o novo Compass e quanta baboseira estou lendo nesta matéria. A começar pelo valor do seguro, mentira o seguro não chega perto do preço da matéria, o carro é excelente e 3 adultos vão com folga no banco traseiro.
Não entendi criticarem o acabamento do atual…. É um dos pontos fortes do carro! Esse negócio de maior comprimento é outra balela. Um para-choques dois centímetros maior já dá a diferença. Temos que ver o volume interno, comprimento dos bancos e tal. Até o porta malas fico na dúvida pois o sistema de medição são diferentes. A Jeep apenas adotou o que a VW e Toyota estão adorando. A quantidade líquida, antes adotava aquele cubos de isopor…
JEEP COMPASS É CARRO POPULAR DE LUXO.
Estranho muito criticarem o comportamento dinâmico do Compass. Isso é justamente um dos pontos mais fortes do Compass… notadamente quando comparado aos concorrentes.
Meu ..sonho..e ganhar jeep compss farei propaganda o resto da minha vida…
Tem vários equívocos nessa matéria.
Além das já descritas acima, temos que a tela não fica na vertical qualquer que seja ela nos seus respectivos modelos.
Outro ponto é que o farol não é “full led” na versão de entrada.
Uma revisão antes da publicação faz bem pra não sermos como leitores, induzidos ao erro pela reportagem.
A versão de entrada tem farois full led sim.
Verdade, só não sei se nas lanternas traseiras são LED. As da placa são! Agora por dentro é tudo de lampião.
Isso sim é um SUV de verdade, inclusive ele é bom fora de estrada, já vi alguns em trilha e desde q o piloto seja bom o carro dá pau até em Troller.
Pra mim é um Uno de salto alto.
Cara, já tive dois Unos e posso lhe assegurar que não tem absolutamente nada a ver.
KKKKKKKKKKK…. que dó
Com certeza nunca teve um! Só teve uno
O longitude começa a ser vendido por R$ 154.990,00.
O valor descrito na reportagem se refere ao longitude com o KIT 80 anos.
Isso depende do ponto de vista tio
Uma revisão no texto do AUTOPAPO antes da publicação cai bem……
Sim esse pacote e 8 mil reais a mais porque vem com som da beats park assist carregador por indução e o teto rodas e os detalhes
Depende do estado pela diferença do ICMS
Minha charrete é melhor que esses Jeep malicu. Quem dirige esses carros altos com certeza engatam a ré num engate bola
Isso é que é ter ódio dos ditos SUVs. Não será vontade de ter um?
EXATAMENTE ISSO, COMPANHEIRO! A INVEJA DO JULIÃO É TAMANHA, QUE O MESMO TEM Q SE CUIDAR PARA NÃO MORRER!
Vai continuar aí na sua charrete, colega!