Iguais, só que não: 5 carros diferentes no Brasil e no exterior
Listamos alguns modelos nacionais que têm diferenças bastante significativas em relação a seus similares vendidos em outras partes do mundo
Listamos alguns modelos nacionais que têm diferenças bastante significativas em relação a seus similares vendidos em outras partes do mundo
Algumas pessoas que já tiveram a oportunidade de dirigir em outros países já perceberam: determinados carros vendidos no Brasil são bem diferentes de seus similares oferecidos no exterior. Em alguns casos, são projetos completamente distintos, que compartilham apenas o nome.
Vale destacar que nenhum modelo nacional é rigorosamente igual ao seu equivalente europeu ou asiático. Algumas modificações, como reforços na suspensão no sistema de arrefecimento, são comuns. Isso porque o produto tem que suportar as piores condições de rodagem e o clima quente do país. Também são comuns alterações no sistema de arrefecimento, para que o veículo possa consumir a gasolina nacional, que tem 27,5% de etanol. Isso, claro, quando não é adotado um sistema flex, que permite o consumo unicamente do combustível vegetal.
Pequenas diferenciações estéticas também são comuns. Para agradar ao gosto dos consumidores de cada mercado, os fabricantes às vezes promovem sutis redesenhos em para-choques ou rodas. Ou ainda adotam materiais de revestimento com padronagens específicas.
Porém, em alguns casos, as adaptações no projeto vão muito além. Envolvem aumento ou diminuição do tamanho do veículo, uso de outra plataforma… É exatamente a esses casos, que envolvem mudanças mais radicais, aos quais o listão do AutoPapo se refere. Confira 5 carros bem diferentes no Brasil em relação aos seus similares comercializados do exterior.
O caso do Yaris é bastante peculiar. É que o compacto da Toyota teve diferentes gerações antes de ser chegar ao país. Para complicar, atualmente ele é vendido no mundo todo, mas tem características totalmente distintas em cada região. O modelo europeu é bem diferente do norte-americano, que por sua vez é díspar do nacional…
Há, é verdade, algumas características em comum: todos são compactos e têm proposta acessível. Mas as semelhanças param por aí. Carroceria e interior são próprios de cada mercado. A motorização também varia. A verdade é que, no exterior, o nome Yaris batiza carros diferentes do hatch e o do sedã fabricados no Brasil.
Aparentemente, trata-se do mesmo produto: o Captur brasileiro se parece bastante com seu “xará” francês. Todavia, não se deixe enganar pelo visual. É que eles usam plataformas diferentes: o europeu é feito sobre a base B, a mesma do Clio vendido por lá. Já o nacional usa a arquitetura B0, proveniente do Duster.
Devido às mudanças estruturais, o Captur feito em São José dos Pinhais (PR) é maior e mais espaçoso. Em compensação, seu primo do velho continente tem padrão de construção superior, além de ter maior oferta de equipamentos e mecânica mais atual. O SUV que a Renault fabrica no Brasil mostra que os carros podem ser muito diferentes mesmo parecendo idênticos.
Sabe o que o Fiorino brasileiro tem em comum com o italiano? O nome, e só! Enquanto aqui o modelo é um furgãozinho derivado do Uno, por lá ele tem carroceria própria. O ponto em comum é que ambos são veículos comerciais, destinados ao transporte de carga. Mas partem de pressupostos opostos para cumprir com esse objetivo.
O Fiorino vendido no velho continente é um monovolume, o que permite maior aproveitamento do espaço interno. De quebra, tem até uma versão para passageiros, chamada de Qubo. No Brasil, não há opção: o modelo é sempre um furgão. São dois carros tão diferentes que chega a ser difícil acreditar que tenham o mesmo nome.
O up! é para exorcizar qualquer síndrome de vira-lata. Afinal, o modelo brasileiro traz vantagens significativas em relação ao homônimo alemão, como maior porta-malas e capacidade de transportar cinco ocupantes (um a mais do que lá). Isso foi possível graças a um aumento no comprimento da carroceria. A Volkswagen ainda deu caprichos extras ao hatch nacional: vidros traseiros deslizantes, ante os basculantes oferecidos no exterior, e tanque de combustível 15 litros maior. Por fim, o motor 1.0 TSI foi lançado antes aqui e só depois de alguns meses chegou ao velho continente.
O modelo europeu, por outro lado, tem uma versão GTI, indisponível aqui. E seu design é mais caprichado, graças à adoção de uma tampa do porta-malas totalmente confeccionada em vidro. Mas o acabamento é semelhante em ambos, assim como a plataforma NSF. Neste caso, ter carros diferentes no Brasil e no exterior não implica em pior ou melhor em tudo.
O primeiro SUV compacto da Volkswagen é outro automóvel que se transformou após cruzar o Atlântico. Mas fez isso de maneira sutil, já que o design não traz alterações significativas. A grande diferença está no aumento da distância entre-eixos: são 2,65 metros no nacional, ante 2,56 metros no europeu. Isso resultou em maior espaço interno para os ocupantes do banco traseiro.
A plataforma, tanto aqui como lá fora, é a MQB, que também é utilizada no Polo e no Virtus. A discrepância de tamanho está justamente no aproveitamento das dimensões do hatch no T-Cross alemão e do sedã no nacional. Como nada é perfeito, o produto local não tem acabamento tão caprichado como o “irmão” gringo. De qualquer modo, os dois são carros diferentes no Brasil e no exterior.
Fotos: Divulgação
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