Antigomobilismo: 400 mil em Águas de Lindoia atrás de carros, peças e quinquilharias
Demanda reprimida pela pandemia levou verdadeira multidão para o 7º EBAA, o maior evento da modalidade na América do Sul
Demanda reprimida pela pandemia levou verdadeira multidão para o 7º EBAA, o maior evento da modalidade na América do Sul
Um Fusca 1952 vendido por R$ 460 mil? Em eventos de antigomobilismo, como o deste ano em Águas de Lindoia (20 a 23 de abril), uma estância balneária no interior de São Paulo, sempre surgem mal explicadas histórias sobre negócios de compra e venda de carros antigos. Valores nunca são revelados com precisão e, se a alguns interessa exagerar o preço, a outros, reduzir…
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Era difícil até de se movimentar na área do evento, tamanha a multidão que tomou conta dos quase 70 mil m2 que ocupa. Calculada em cerca de 100 mil pessoas em cada um dos quatro dias lotando bares e restaurantes, em busca de peças, memorabilia, miniaturas, camisetas, brinquedos antigos, acessórios, manuais, objetos decorativos e demais quinquilharias.
Distribuídas em 450 barracas espalhadas nas proximidades da Praça Adhemar de Barros (um belo parque projetado por Burle Marx), onde estavam expostos cerca de 600 automóveis, picapes, motos, caminhões e até uma antiga usina de força a vapor, a Marshall de 1911. E também outros 400 para venda em lojas especializadas montadas na área, até porque se trata de um evento focado principalmente na comercialização de automóveis e peças.
Considerado o maior encontro da modalidade na América do Sul, contou na abertura (quinta, dia 21) com a presença de Rodrigo Faria, governador de São Paulo, Luciano Lopes, prefeito da cidade e de seus organizadores: Junior Abonante, Mingo Abonante e Vanessa Bellini. Na sexta, dia 22, o ponto alto foi o leilão de antigos com mais de 100 automóveis inscritos, 60 deles vendidos sob o martelo.
Colecionadores de outros estados (inclusive do Nordeste) organizaram caravanas de antigos e rodaram milhares de quilômetros para participar do evento. Não só para apreciar as raridades expostas, mas também atrás de peças e componentes para restaurar seus colecionáveis.
A marca de destaque foi a Alfa Romeo, no espaço nobre, defronte à concha acústica do parque. Nada menos que 45 italianos (alguns fabricados no Brasil), incluindo raridades como a 6C 2500 de 1953 com design de Boneschi, talvez única no mundo. O mais raro nacional era outro exemplar único, o Furia GT 1971 (com mecânica Alfa), projetado por Toni Bianco.
No sábado, dia 23, o desfile dos campeões nas diversas categorias. Segundo o júri, o melhor da exposição, o “Best of Show”, foi um Cord modelo 810 de 1936. Entre os pós-guerra, um Plymouth Superbird 1970.
O 7º Encontro Brasileiro de Autos Antigos (EBAA) foi o primeiro grande evento do antigomobilismo depois do jejum de dois anos devido à pandemia, o que ajuda a explicar o volume recorde de pessoas, carros expostos e à venda e negócios efetuados.
São dois eventos de relevância no Brasil: o outro é realizado em Araxá, organizado pelo Veteran Car de Minas Gerais e marcado este ano para 28 a 31 de julho.
Ao contrário de Águas de Lindoia, os mineiros reúnem em Araxá automóveis raríssimos e de padrão superior de qualidade. Limitado em 250 carros expostos, a comercialização de peças e veículos é também um atrativo mas não é destaque como a dos paulistas.
E o Fusca 1952? Negócios com fuscas semelhantes (vidros traseiros separados ou “Split Windows”) já chegaram próximo dos R$ 300 mil. Este estava anunciado por R$ 460 mil, mas dificilmente um vendedor resiste ao choro do comprador…
Alfa Romeo Montreal do Boris Feldman estava no evento de antigomobilismo em Águas de Lindoia: assista ao vídeo!
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Puta falta de respeito em, se informe melhor o Luciano e prefeito da cidade vizinha Lindoia.
Falando de respeito com esse linguajar …
Peço perdão se o ofendi, porém sou bronco amigo e não sei lidar com as palavras, desculpe.
Mas o nome do nosso prefeito não é Luciano Lopes.
Grato
Será que esses caminhões COE tinham o interior barulhento como os Mercedes-Benz 1111 e afins?