Audi Q7 Quattro 3.0 turbodiesel
Avaliamos o Audi Q7. Um SUV de respeito, recheado de tecnologia e perfeito para encarar a estrada. Porém, nas cidades chega a ser incômodo
Avaliamos o Audi Q7. Um SUV de respeito, recheado de tecnologia e perfeito para encarar a estrada. Porém, nas cidades chega a ser incômodo
O SUV gigante da Audi mede mais de cinco metros de comprimento e abusa da eletroeletrônica. Em um carro de mais de R$ 500 mil até os bancos da terceira fileira têm comando elétrico para levantar os encostos embutidos no assoalho. Obviamente não é tarefa agradável dirigir um grandalhão desses no centro urbano. Difícil de estacionar pelas dimensões exageradas em que pese ajuda de câmeras em todos os ângulos, retrovisores grandes e avisos sonoros. Além do comprimento, o Audi Q7 é largo. Trata-se de utilitário estradeiro.
As linhas são convencionais e limpas no estilo Audi. Nada de recortes e rebuscamentos. Impera a sobriedade também no interior com painel central retilíneo e entradas de ar discretas. Único espaço reduzido na cabina é o destinado aos bancos da terceira fileira (opcionais). Muito apertado para criança e acesso difícil. O restante do habitáculo é espaçoso pela distância entre-eixos enorme de 2,99 metros. Bancos dianteiros têm regulagens elétricas de assento, encosto e lombar. A segunda fileira é um salão, com climatização própria. Tampa do porta-malas tem abertura e fechamento elétrico.
Motorista logo percebe a predominância de comandos elétricos e eletrônicos. A começar pelas regulagens elétricas do volante, os tipos de condução do carro que alteram motor, suspensão mais macia ou firme conforme escolha entre os modos conforto, individual, economia, fora de estrada e esportivo. Quadro de instrumentos digital com configurações diferentes de velocímetro e conta-giros. Comandos diversos estão no console, na parte central do painel, à esquerda do volante, além dos elétricos dos vidros na porta e no volante multifuncional. Isso complica a ergonomia ao obrigar o motorista a desviar os olhos da pista para acioná-los. Outra falha ergonômica do Audi Q7: o volante é revestido com material liso que permite deslizamento acidental das mãos.
Entre os muitos itens de segurança, conforto e conveniência se destacam a câmera de visão noturna instalada dentro de uma das quatro argolas na grade frontal e identifica objetos em grandes distâncias. A imagem é projetada em uma tela no centro do quadro de instrumentos. E o dispositivo de permanência na faixa de rolamento quando existe pintura no asfalto, a sinalização horizontal. Nessa situação, o motorista pode tirar as mãos do volante que o carro segure a trajetória imposta pela faixa, inclusive nas curvas. Se o motorista for mudar de faixa, o volante resiste vibrando. Quer seguir dentro da faixa. Há também alerta sobre distância do carro da frente, controles de tração e estabilidade, detector de ponto cego por meio de luzes piscando nos retrovisores, alerta sobre colisão traseira iminente, entre muitos outros.
Sistemas sofisticados de multimídia, com telefonia e DVD player, som Bose 3D, navegação, entre muitos outros completam o bem estar a bordo. O teto panorâmico de vidro tem cortina e uma das partes levanta tem pequena abertura no encontro com a outra. Acabamento interno é primoroso com encaixes e arremates caprichados.
Suspensão é independente, com multilink na traseira e barra estabilizadora nos dois eixos. E é adaptativa a ar (opcional) conforme os tipos de condução. Nem mesmo toda essa sofisticação põe fim ao dilema de rodas grandes, no caso aro 20, e pneus enormes. Sobre superfície irregular, ocorre movimento oscilatório lateral no sobe e desce do conjunto roda/pneu implicando em desconforto aos ocupantes.
Impressiona a eficiência do sistema de freios. O carro para em curto espaço de tempo mesmo estando em velocidade bem alta, e abaixa muito pouco a frente. O desvio de trajetória é mínimo. Impressiona por ter que parar quase duas toneladas.
Se os freios impressionam, o desempenho do motor turbodiesel de seis cilindros de 258 cv e absurdos 61 kgfm de torque não fica atrás. Esse SUV chega a 100 km/h em 6,5 segundos e a velocidade máxima é de 230 km/h, dados da Audi. A resposta ao comando do acelerador é sempre imediata. O carro acelera forte e há diversos tipos de som do motor para cada tipo de condução. As trocas de marchas da caixa ZF automática de oito velocidades podem ser feitas também manualmente por meio de toque na alavanca ou aletas no volante. Os engates nem sempre são suaves. Ocorrem trancos leves. Na descida, logo interpreta a situação e reduz a marcha. Poupa freio utilizando o freio motor para reduzir a velocidade.
O sistema de tração nas quatro rodas transfere o torque para cada roda conforme a necessidade. Apesar de toda a altura, o Audi Q7 transmite ao motorista a sensação de estar sempre na mão. Tantos recursos eletrônicos tornam a direção segura. O eixo traseiro é dinâmico. As rodas traseiras viram no mesmo sentido das dianteiras para incrementar a estabilidade em velocidades mais elevadas e no sentido oposto em velocidade baixa para tentar facilitar a manobra, apesar do diâmetro de giro grande (12,4 metros) exigir mais voltas no volante.
Todo esse aparato tecnológico tem preço para bolsos privilegiados: R$ 417.290. E com todos os opcionais, R$ 511 mil. Os itens opcionais são terceira fila de bancos com kit reparador de pneu, pacote tecnológico (visão noturna, eixo traseiro dinâmico e farol de LED), suspensão adaptativa a ar, assistência de permanência na faixa, controle de velocidade adaptativo, aviso de saída de pista e de colisão na traseira. O Audi Q7 obteve nota máxima no teste de segurança do instituto europeu EuroNCap, em 2015. Esse SUV é o verdadeiro banheirão. Estorvo na cidade, puro prazer na estrada.
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