Sedã derivado do Gol herda do hatch solidez e mecânica simples para ser boa opção de usado para quem faz questão de espaço para bagagem
O Gol foi um sucesso indiscutível da indústria brasileira em todos os tempos. E muitos modelos derivados do hatch gozaram desse brilhantismo, como o Volkswagen Voyage. Tanto que, passados mais de dois anos do fim de sua produção, o sedã compacto é um usado com boa oferta e procura.
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Isso porque, também nesta segunda geração, o Volkswagen Voyage usa a mesma base robusta e motores do seu muito bem-sucedido irmão de plataforma. Com a vantagem de litros a mais no porta-malas.
Vamos entender agora 10 fatos sobre o Volkswagen Voyage 2015.
O Volkswagen Voyage ficou fora de cena por longos 12 anos. O primeirão foi lançado em 1981, mas quando a marca alemã estreou o Gol Bolinha não adotou a mesma mudança para o sedã, que saiu de linha em 1996. Ele só voltou em 2008, com a terceira geração (de fato) do hatch.
A reestreia foi com os mesmos motores 1.0 e 1.6 do Gol e a arquitetura PQ24. Em 2009, o sedã recebeu opção do dispensável câmbio automatizado i-Motion e, em 2013, passou pela primeira reestilização, com frente inspirada na do Fox e melhorias no motor 1.0.
Em 2014, teve uma série especial Seleção – sobre a qual falaremos melhor. Na linha 2015, o Volkswagen Voyage mudou suas versões e adotou nomes usados até hoje pela fabricante em seu portfólio: Trendline, Comfortline e Highline. Além de uma opção topo de gama Evidence.
Em 2016, mais uma atualização no desenho e adoção do motor 1.0 três-cilindros. Em 2018 ainda estreou configuração com motor 1.6 16V e opção de câmbio automático de seis marchas, que não vendeu nada.
Com a chegada dos SUVs compactos e sedãs mais modernos na concorrência, o fim do Volkswagen Voyage já era dado como certo quando a linha 2019 passou a disponibilizar apenas uma versão do sedã, com a frente do Gol Track e motores 1.0 e 1.6.
Em 2021, contudo, ficaram só as variantes com motor 1.0. Naqueles tempos, a produção do Volkswagen Voyage servia praticamente a encomendas de frotistas e locadoras. No fim de 2022, não teve jeito, e o sedã saiu definitivamente de linha.
O grande problema é que, além do hiato de mais de uma década citado, o Volkswagen Voyage chegou em 2008 com um conceito bastante distante dos sedãs de entrada da época.
Isso porque rivais como Renault Logan, Nissan Versa e Chevrolet Cobalt chegaram com muito mais espaço interno, e tamanho e preço de compacto.
Pois é, com 2,46 metros de comprimento, o sedã tem espaço diminuto na cabine. Motorista e passageiro tem boa posição de dirigir, mas vão limitado para pernas e joelhos.
No banco traseiro não é diferente e acomoda apenas dois adultos. Ao menos, o Volkswagen Voyage compensa com um generoso porta-malas de 480 litros.
No rodar, o acerto mais firme da carroceria e suspensão típicos do carros da fabricante alemã. Na cabine, acabamento simples, com muito plástico rígido e sem ousadias no design, e isolamento acústico ineficiente.
Em 2015, o Volkswagen Voyage usava os velhos motores da família EA 111, e não se engane pelo conjunto mecânico datado. O 1.6 8V com 104 cv com etanol e 101 cv, com gasolina, é sinônimo de boas arrancadas e retomadas.
O motor tem força impressionante em baixas rotações. O torque de 15,6 kgfm (E) e 15,4 kgfm (G) aparecem em 2.500 rpm. O 0 a 100 km/h é feito em 10 segundos.
Um dos destaques do desempenho do Volkswagen Voyage 2015 1.6 é o câmbio manual de cinco marchas. As marchas são muito bem escalonadas, com as primeiras relações entregando agilidade, e a alavanca de curso curto com seus engates precisos confere um prazer ao dirigir até hoje.
Mesmo com essa disposição, não dá para reclamar do consumo do Volkswagen Voyage 2015 com o motor 1.6 8V. Confira as médias.
Vamos de Volkswagen Voyage 2015 na configuração Evidence 1.6 8V. Esta versão tem airbag duplo frontal e freios com ABS e EBD, obrigatórios por lei à época. Ainda na segurança, sensor de ré, encostos de cabeça para todos os ocupantes e alarme.
Na parte de conforto, ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, ajustes de altura e profundidade do volante, tomada 12V, computador de bordo e som com CD player, Bluetooth e USB.
O banco do Volkswagen Voyage 2015 Evidence 1.6 8V podia receber couro, com revestimento em tom claro e o nome da versão bordado. Sensores crepuscular e de chuva e controle de cruzeiro também eram opcionais. Já as rodas de liga leve, com aro 16”, são de fábrica.
Preços médios do Volkswagen Voyage 2015 na versão Evidence, segundo a plataforma KBB Brasil.
A Volkswagen aproveitou que era patrocinadora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e lançou a série Seleção para o Voyage e outros modelos. A primeira fornada saiu em 2013 e pegou como gancho a Copa das Confederações daquele ano.
No design, o Volkswagen Voyage Seleção tem emblemas da CBF, detalhes nas cores verde e amarelo, faixa escura com o nome da edição limitada e o número 10 igual ao da camisa canarinho na época.
Faróis com duplo refletor e máscara escurecida, antena no teto, luz no porta-malas, maçanetas pintadas na cor do veículo e grade preta também são detalhes exclusivos da edição especial. No habitáculo, detalhes em amarelo, porta-objetos com o escudo da confederação e bancos com acabamento que lembra uma bola de futebol.
Deu sorte na Copa das Confederações, com o Brasil campeão, em 2013. Mas no ano seguinte testemunhou o fiasco da seleção na Copa de 2014, com o vexaminoso 7 a 1.
O Volkswagen Voyage tem fama de manutenção simples, que todo mecânico gosta de pegar, e peças com preços razoáveis.
Veja preços de alguns componentes do Voyage 1.6 8V ano 2015:
Em grupos de discussão, fóruns com donos do carro e no site Reclame Aqui os problemas mais comuns do Volkswagen Voyage recaem sobre defeitos na bobina de ignição. Porém, há muitas queixas em relação a vazamentos do fluido da direção hidráulica e defeitos precoces no conjunto da suspensão.
Recalls do Volkswagen Voyage:
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