Carro usado: 10 fatos sobre o Chevrolet Tracker 1.4 turbo
SUV compacto oferece bom desempenho e chamou a atenção por adotar corrente no lugar da polêmica correia banhada a óleo
SUV compacto oferece bom desempenho e chamou a atenção por adotar corrente no lugar da polêmica correia banhada a óleo
A segunda geração do Chevrolet Tracker foi um carro bem peculiar. Na metade de sua vida, o SUV compacto da General Motors adotou o interessante motor 1.4 turbo, que deu um upgrade e tanto no seu desempenho.
VEJA TAMBÉM:
Mas algo que foi bastante comentado foi outro detalhe mecânico. O Chevrolet Tracker 1.4 turbo trocou a questionada correia banhada a óleo por corrente metálica.
Neste conteúdo, evidenciamos 10 fatos sobre o Chevrolet Tracker com motor 1.4 turbo, suas qualidades, pontos negativos e aspectos que você deve considerar na hora de procurar um modelo usado do SUV.
A segunda geração do Chevrolet Tracker foi lançada no Brasil em 2013. O carro chegou quatro anos depois da primeira leva do SUV, que nada mais era o Suzuki Vitara feito na Argentina com a gravatinha da marca estadunidense.
Este utilitário esportivo era importado do México, inicialmente com motor 1.8 16V aspirado e só na opção LTZ automática. Alguns meses após o lançamento é que passou a vir na LT e com câmbio manual.
Só na reestilização de 2016, já linha 20217, o Chevrolet Tracker ganhou motor 1.4 turbo. Nos anos seguintes teve mudanças nos nomes das versões, série especial e adotou equipamentos de segurança até dar lugar à terceira geração, em 2020.
A adoção do 1.4 turbo no Chevrolet Tracker deu outra experiência ao volante do SUV. O propulsor da família Ecotec desenvolve bem com seus 153 cv de potência com etanol e 150 cv, com gasolina. O 0 a 100 km/h fica abaixo dos 10 segundos – com o 1.8, passava fácil dos 11 s.
A caixa automática de seis marchas GF6 ajuda nesse desempenho. A transmissão também responde bem nas retomadas, com aquele kickdown ágil, e o torque de 24,5/24 kgfm já enche o motor nas 2.000 rpm, o que garante boas ultrapassagens na estrada.
Com a adoção do novo powertrain, o Chevrolet Tracker ficou mais esperto, porém não tão econômico. Veja as médias de consumo do modelo pela tabela 2017 do PBEV.
Uma das modificações mecânicas no Chevrolet Tracker com o 1.4 turbo foi a adoção de corrente metálica de distribuição. A peça substituiu a polêmica correia dentada banhada a óleo, que foi fonte de dor de cabeça para a GM.
Isso porque o componente, mais leve que a corrente, menos ruidoso e mais durável que as correias secas, demanda a adoção de lubrificante específico e correto nas revisões. Algo que foi negligenciado, especialmente por pequenos frotistas e pessoas que usavam o SUV para o trabalho.
Recentemente, a montadora chegou a aumentar a garantia da correia dentada banhada a óleo para 240 mil km em todos os modelos que usam a peça – antes, eram três anos, junto com a cobertura do veículo. No Tracker turbo de segunda geração, porém, a Chevrolet optou pela corrente.
Outra mudança no Chevrolet Tracker com a chegada do motor 1.4 turbo na linha 2017 foi a adoção de assistência elétrica na direção. Com boa variação, ela ficou mais direta e precisa, especialmente em altas velocidades e nas curvas.
Esse é um dos poréns no Chevrolet Tracker de segunda geração, independentemente do motor. Feito sobre a plataforma Gamma, o SUV mexicano oferece até boa posição de dirigir, alta e com ergonomia razoável. Os bancos, porém, poderiam acomodar melhor as costas.
Mas o problema maior está no banco traseiro, mais acanhado. Há poucas sobras para os ombros e os assentos são mais recomendados para levar dois adultos. Até uma criança de 10 anos ficará desconfortável no meio do banco.
Outra questão é o porta-malas com 306 litros, menor que o da maioria dos SUVs compactos de então. Pouco maior do que o de um Fiat Argo, por exemplo.
Em compensação, o acerto da suspensão para o Chevrolet Tracker receber o motor 1.4 turbo melhorou. Os amortecedores com calibragem mais firme deixam o SUV mais estável nas curvas e menos molengão nos buracos e oscilações.
O acabamento também melhorou na reestilização. O plástico duro ainda reina, mas há um revestimento de couro no painel e detalhes com revestimento macios e de alumínio na cabine que melhoram o ambiente. O preto brilhante na base da alavanca do câmbio, porém, dispensa papiloscopistas para colher digitais.
O cluster felizmente adotou instrumentos analógicos no lugar dos mostradores digitais, que eram herança da linha Onix. No painel, só uma telinha digital sobrevive com informações do computador de bordo e velocidade.
Vamos de Chevrolet Tracker Premier 1.4 turbo já na linha 2018, que é quando o SUV recebeu controles eletrônicos de estabilidade e tração. Ainda na segurança, os airbags laterais e de cabeça eram opcionais – só as bolsas frontais eram de série.
O modelo topo de linha recebe ainda câmera de ré e alguns itens de assistência à condução, como sensor de ponto cego e alerta de tráfego cruzado – o aviso de colisão frontal também era opcional. Sensor de ré, assistente à partida em rampas e Isofix são outros equipamentos relevantes na segurança.
A central multimídia é a MyLink, com conexão com Android Auto e Apple CarPlay, e o carro já vinha equipado com OnStar. Ar-condicionado, chave presencial, retrovisores externos com aquecimento, start/stop do motor, bancos revestidos de couro, controle de cruzeiro, trio elétrico, teto-solar e rodas de liga leve aro 18” completam a lista.
Veja os preços do Chevrolet Tracker Premier 1.4 turbo AT no mercado de usados, segundo a KBB Brasil:
Manutenção de motor turbo sempre requer mão de obra especializada e ainda mais atenção aos óleos e fluidos usados no veículo.
Veja os valores de peças do Chevrolet Tracker 1.4 turbo:
A primeira coisa a se conferir em um Chevrolet Tracker 1.4 turbo usado é justamente o desempenho. Quedas abruptas nas acelerações e no rendimento do motor podem estar ligadas à folga no eixo ou a defeitos na vedação na válvula de alívio, problema muito relatado em fóruns e grupos de discussão sobre o SUV.
Falhas na marcha lenta, defeitos na bomba de óleo e infiltração no teto solar também fazem parte da lista de queixas mais frequentes em relação ao Chevrolet Tracker de segunda geração.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
![]() |
![]() |