Hatch médio teve vida curta mas se destaca, no mercado de usados, pela dirigibilidade e espaço interno generoso
O Chevrolet Vectra GT foi um dos últimos hatches médios lançados no Brasil. O carro durou pouco tempo no mercado e causou certa confusão em relação ao nome, porém, é uma boa opção de carro usado gostoso de dirigir, relativamente equipado e para quem não acha sedã careta – ou não aguenta mais ouvir falar de SUV.
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Além disso, esse Chevrolet Vectra GT tem uma boa arquitetura oriunda dos tempos em que a General Motors ainda era dona da Opel (hoje a marca alemã é da Stellantis). O que se reflete no conforto e na dinâmica do hatch médio.
Veja agora 9 fatos sobre o Chevrolet Vectra GT.
O Chevrolet Vectra GT ficou só quatro anos no Brasil. Baseado no Opel Astra de terceira geração, foi lançado em 2007 em apenas duas versões de acabamento e sempre com motor 2.0 8V. A GT era a de entrada e a GT-X tinha um design com detalhes esportivos.
Apesar da passagem relâmpago, o Chevrolet Vectra GT ainda teve tempo para uma reestilização. Em 2009, o hatch foi atualizado e o motor quatro-cilindros teve a potência aumentada.
O Chevrolet Vectra GT durou só mais dois anos depois disso. Em junho de 2011 a GM encerrou a produção do hatch, que foi substituído pelo Cruze Sport6. Ao todo, o Vectra que era Astra teve pouco mais de 46 mil unidades vendidas por aqui.
Pois é, o Vectra nasceu aqui como um sedã médio (tal qual foi por toda a vida na Europa) em 1994, teve uma segunda geração em 1996, mas em 2005 foi substituído por uma solução caseira da GM do Brasil. A terceira geração do Vectra nada mais era que um “Astrão”.
O “novo Vectra” usava a plataforma do Astra H, a geração 3 do hatch médio na Europa lançada em 2004. Só que aqui a GM produzia o Astra G (ou fase 2) desde 1998, e o carro seguia firme e forte no mercado.
Em 2007 surgiu então a ideia de ter um hatch desse sedã. Para aproveitar o sucesso do nome, a Chevrolet do Brasil lançou-o o Vectra GT, que nada mais é que o Astra já exaustivamente citado. Com isso, o nosso mercado passou a ter duas gerações do Astra convivendo por quatro anos.
Não se engane com a sigla GT, já que esse Chevrolet Vectra hatch não tem qualquer trato esportivo. Mas também não dá para falar que ele é um carro sem graça e manco, uma vez que o motor Família II da GM rende bem.
Com 128 cv com etanol e 121 cv, com gasolina, o Chevrolet Astra GT tem arrancadas bastante satisfatórias. O 0 a 100 km/h fica pouco acima dos 10 segundos e o torque de 19,6/18,3 kgfm se apresenta em baixos giros, a 2.400 rpm.
Após a atualização de 2009 o motor teve a potência aumentada para 140/133 cv. As arrancadas ficaram mais espertas, mas a aceleração no 0-100 km/h baixa pouco em relação ao acerto anterior. Já as retomadas continuam garantidas pelos 19,7/18,9 kgfm disponíveis a 2.600 rpm.
As versões do Chevrolet Vectra GT com câmbio automático de quatro marchas ganham em conforto, mas perdem em performance. A caixa AF-20 tem certas imprecisões, demora nas retomadas e o 0-100 km/h vai para a casa dos 12 segundos. Além de afetar o consumo, como veremos a seguir.
A recalibragem no motor 2.0 não fez o Chevrolet Vectra GT ficar lá, digamos, eficiente.Nas configurações manuais pós-2009, o hatch anota médias urbanas de 5,9 km/l com etanol e 7,7 km/l, com gasolina. Na estrada, respectivamente, 8,3 km/l e 11 km/l.
Com a transmissão automática médias no ciclo urbano de 5,4 km/l com etanol e 6,8 km/l, com gasolina. No ambiente rodoviário, 7,9 km/l e 10,4 km/l, respectivamente.
O motorista tem boa posição de dirigir no Chevrolet Vectra GT e a grande parte dos comandos estão bem posicionados. Só não queira muito espaço no banco traseiro. O hatch tem entre-eixos 9 cm mais curto (2,61 m no total) que o do Vectra sedã e sobra pouco para joelhos e pernas dos ocupantes.
O acabamento interno é correto nos fechamentos e encaixes em boa parte do tempo, mas carece de sofisticação nos materiais e refino no design. Já o isolamento acústico deixa a desejar em velocidades mais altas.
O acerto da suspensão traseira (eixo de torção) isola bem os buracos e contribui para um bom comportamento dinâmico do Chevrolet Vectra GT em velocidades maiores na estrada. Só fique atento aos pneus de perfil baixo da variante GT-X.
Vamos de Chevrolet Vectra GT-X 2011, já com o 2.0 mais potente e câmbio manual de cinco marchas. Na segurança, airbag duplo frontal, freios com ABS e a disco nas quatro rodas, faróis com regulagem de altura, retrovisor eletrocrômico e cintos de três pontos para todos os ocupantes (muitos desses itens não eram obrigatórios à época).
Completam a lista de itens de série do Chevrolet Vectra GT-X 2011 ar-condicionado automático e digital, retrovisores rebatíveis eletricamente, revestimento de couro nos bancos, piloto automático, trio elétrico, chave com telecomando das portas, regulagens de altura e profundidade do volante e encosto traseiro bipartido.
O som é simples, mas tem conexão Bluetooth e leitor de cartão de memória (era algo avançado naqueles tempos…). Também pode ser operado pelos comandos no volante multifuncional.
A campanha publicitária de lançamento do Chevrolet Vectra GT chamou a atenção pelo hatch numa bela cor laranja. Só que a pintura Volcano Orange era só um tom… “conceito”. No catálogo, não tinha nenhum hatch disponível na cor. Ela só serviu às peças de propaganda e a carros de test drive na concessionária.
O Chevrolet Vectra com o manjado motor Família II não implica em grandes desafios de mecânica para oficinas e para os donos. Os preços dos itens estão na média e têm boa oferta no mercado de reposição.
Confira alguns preços de componentes do Chevrolet Vectra GT:
Em fóruns e no site do Reclame Aqui existem muitas queixas em relação a chaves que travam na ignição do Chevrolet Vectra GT. O sistema de embreagem do hatch médio da GM também costuma dar dor de cabeça, com desgaste acentuado e prematuro de discos e platô.
Faça também uma boa revisão na parte elétrica do usado que você está de olho. E observe se direção e transmissão estão com nível de vibração excessivo com o carro em movimento.
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