Carro usado: 10 fatos sobre o Toyota Corolla híbrido 2020
Sedã é cultuado pela mecânica confiável e nível de conforto, e na versão eletrificada ainda é um carro econômico
Sedã é cultuado pela mecânica confiável e nível de conforto, e na versão eletrificada ainda é um carro econômico
Lance a palavra Corolla em qualquer mesa de bar, debate automotivo ou clínica de mercado. Durabilidade e conforto provavelmente vão ser as primeiras qualidades que vão surgir na conversa. E essas virtudes ainda podem ser acompanhadas de economia de combustível no caso do Toyota Corolla híbrido.
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Quando lançou a atual geração do sedã médio, em 2019, a fabricante japonesa apresentou uma inédita versão híbrida flex com apelo na eficiência energética e na redução de emissões. Mas também bem equipada para ser boa opção de carro usado para a família.
Confira agora 10 fatos sobre o Toyota Corolla híbrido.
A 12ª e atual geração do Toyota Corolla foi lançada no Brasil em setembro de 2019. O sedã médio adotou a plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture) e foi apresentado inicialmente em quatro versões de acabamento, três com motor de combustão e uma Hybrid.
O inédito Toyota Corolla híbrido já surgiu como opção topo de linha dentro da gama. Inicialmente produzido em Indaiatuba (SP) – que recebeu investimentos de R$ 1 bilhão para fazer a nova geração do sedã -, combina motores elétricos com outro de combustão que bebe gasolina e etanol.
Desde então, o Toyota Corolla passou por mínimas mudanças. Em 2021 a marca lançou uma versão GR-S, mas apenas com detalhes esportivos e baseada na XEi. Na linha 2024, o três-volumes teve a grade redesenhada e adotou painel de instrumentos digital.
Uma nova remodelação está prevista para breve no Toyota Corolla a combustão e híbrido, já como linha 2025. Tudo para manter o carro em evidência no mercado – como se precisasse – até a chegada da nova geração, prevista para 2026.
Se fosse a Caoa, não ia perder tempo. Mas é isso. O Toyota Corolla é o primeiro híbrido flex do mundo. O motor 1.8 16V de ciclo Atkinson gera 101 cv com etanol e 98 cv, com gasolina, e 14,5 kgfm de torque máximo com qualquer um dos combustíveis. Os dois motores elétricos somam 72 cv.
O conjunto híbrido do Corolla é montado na fábrica de motores da Toyota de Porto Feliz (SP). O mesmo sistema eletrificado, a propósito, passou a equipar o SUV médio Corolla Cross, a partir de 2022.
Detalhe é que só recentemente um novo híbrido flex surgiu no mercado. Os Fiat Pulse e Fastback. Mas os conjuntos dos dois são os chamados híbridos leves, ou seja, têm o apoio de um motor elétrico auxiliar mas este não traciona as rodas, funcionando apenas como um gerador.
O carro não só é o único sedã médio híbrido flex do mercado, como o único sedã médio ainda feito no país. A Honda desistiu de produzir o Civic por aqui e passou a importá-lo em uma versão eletrificada acima dos R$ 200 mil, enquanto a General Motors descontinuou o Cruze.
Na seara dos híbridos, o único concorrente que mais chega perto em preço do Toyota Corolla é o BYD King, lançado em 2024. O sedã chinês, contudo, leva a vantagem de ser um modelo plug-in.
De qualquer forma, o Toyota Corolla reina sozinho na categoria dos sedãs médios. De janeiro a novembro teve 34.113 unidades licenciadas no mercado. O Nissan Sentra, segundo colocado, registrou 5.362 emplacamentos no mesmo período.
Com potência combinada de 122 cv, o Toyota Corolla híbrido acompanha a racionalidade tradicional do sedã médio. As acelerações evoluem bem, mas são graduais e cadenciadas pelo câmbio automático do tipo CVT – que não tem qualquer simulação de marchas.
Desta forma, o carro mantém a pegada pacata que o consumidor típico do Toyota aprecia. O carro precisa de 12 segundos para sair da inércia e colocar o ponteiro do velocímetro nos 100 km/h. Nem mesmo no modo Sport a coisa foge do padrão Corolla – o motor apenas trabalha em giros discretamente maiores.
Se não há emoção, uma das grandes vantagens do Toyota Corolla híbrido é justamente o rodar confortável. Não há trancos e mesmo o motor de combustão roda suave e macio, sem se fazer notar na cabine em trajetos urbanos.
Um dos trunfos do Toyota Corolla híbrido é sua eficiência energética. Nos primeiros anos do modelo, o consumo urbano fica em 10,9 km/l com etanol e 16,3 km/l com gasolina. O que confere uma autonomia de respectivos 447 km e 662 km.
Contudo, testes de revistas especializadas à época e mesmo de relatos de donos apontam médias na cidade próximas a 11 km/l, com etanol. Quando abastecido mais com gasolina, tais médias passam de 17 km/l.
Importante lembrar que a engenharia da Toyota fez aprimoramentos no conjunto híbrido do Corolla ao longo dos últimos anos. As médias mais recentes do sedã eletrificado, pelo ciclo urbano aferido pelo Inmetro para o PBEV, falam em 15,7 km/l e 18,5 km/l, respectivamente.
A posição de dirigir discretamente mais baixa e o volante novo oferecem uma ergonomia melhor para o motorista nesta geração do sedã. Os bancos também abraçam melhor o corpo, enquanto os 2,70 m de entre-eixos garantem dois adultos bem acomodados no banco traseiro.
O porta-malas de 470 litros leva o mesmo volume da geração anterior. O ganho está na maior largura e no vão levemente mais baixo, o que facilita a colocação das bagagens. A suspensão com braços duplos na traseira absorve bem os buracos, porém, o isolamento acústico deixa a desejar na estrada em velocidades maiores.
O acabamento interno agrada na maior parte do tempo. Especialmente devido ao uso de peças emborrachadas e suaves ao toque no painel e no revestimento das portas – bem melhor que nos Corolla anteriores. O híbrido ainda tem partes revestidas de couro.
O Toyota Corolla híbrido está longe de ser um sedã alemão, mas a direção é bem direta nesta geração. A mudança na suspensão traseira também ajuda no comportamento dinâmico e empresta uma condução mais refinada do que o antigo jogo por eixo de torção.
Na estrada e nas curvas é que se sente melhor a evolução deste Corolla 12. A rigidez torcional foi aprimorada em 60%, segundo a Toyota. A carroceria entorta pouco e o carro parece estar sempre à mão.
Vamos de Toyota Corolla híbrido 2020 na versão Altis. Os preços oscilam entre R$ 120 mil e R$ 135 mil em sites como Webmotors, OLX, KBB Brasil e Mobiauto (levantamento feito na primeira semana de dezembro de 2024).
Na segurança são sete airbags (frontais, laterais dianteiros, do tipo cortina e um para os joelhos do motorista), controles eletrônicos de estabilidade e tração, câmera de ré, retrovisor eletrocrômico, assistente à partida em rampas, entre outros.
O grande destaque é o pacote Toyota Safety Sense do Corolla híbrido. Os sistemas de auxílio à condução reúnem controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão com frenagem automática de emergência, farol alto automático e alerta de permanência em faixa.
Entre os equipamentos de conforto, ar-condicionado automático, volante com ajustes de altura e profundidade, bancos de couro, chave presencial com partida do motor por botão e retrovisores rebatíveis eletricamente. Os faróis são full LED e há luzes de condução diurnas, também de LEDs.
A central multimídia tem tela de 8” destacada do painel e com conexão com Android Auto e Apple CarPlay. A navegação e as respostas não são das melhores, sina que parece perseguir os sistemas das marcas japonesas. E ainda tem uma capa esquisita na parte de trás do monitor que faz lembrar uma TV de tubo.
Mas o sistema mostra, por exemplo, o funcionamento do conjunto híbrido em tempo real. Tais informações também são exibidas em uma reprodução da estrutura do carro na tela TFT de 7” que fica dentro do quadro de instrumentos do Toyota Corolla híbrido.
O Toyota Corolla híbrido leva a mesma boa fama de “carro que não dá problema” da linha do sedã médio. Mas é bom ficar atento que alguns componentes são mais caros que as versões a combustão. Vale lembrar que exemplares 2020 ainda estão dentro da garantia de cinco anos.
Preços de peças do Toyota Corolla híbrido Altis 2020:
Especialmente nestes primeiros anos do Toyota Corolla de geração 12 é importante observar se não há infiltrações nos faróis. O problema fez muito dono do sedã ter de voltar à concessionária diversas vezes e ainda sofrer com lâmpadas de LEDs “queimadas”.
Observe, ainda, se a coluna de direção apresenta estalos, se há trepidação excessiva ao frear e o estado de partes do acabamento. Volantes descascados e surgimento de bolhas nos bancos e partes dos painéis são relatos comuns de donos do sedã.
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Caraca!!! Alguém resolveu falar/escrever que o Corolla tem problemas??? Assim o mundo dos fanzocas que acham ele perfeito/inquebrável vai acabar…kkk
Todo carro apresenta defeitos, uns mais, outros menos…vai muito do cuidado e zelo do proprietário…