Carros de leilão: vale a pena comprar com essas condições?
Os carros de leilão são mais baratos que a média do mercado, mas não oferecem garantia, direito de troca ou devolução
Os carros de leilão são mais baratos que a média do mercado, mas não oferecem garantia, direito de troca ou devolução
Quando falamos em carros de leilão, alguns pensam nos riscos, outros nas oportunidades. Por um lado, os bens vendidos dessa forma se caracterizam por um preço abaixo do praticado pelo mercado. Por outro, não oferecem garantia, troca ou devolução. Além disso, no caso de comprar carros, nem mesmo se permite que os interessados virem a chave do veículo na hora de avaliá-lo.
Antes de tudo, é preciso entender o que é essa categoria de venda e compra de carros.
Os veículos oferecidos em leilões podem ter diversas origens, e saber qual delas é a do carro de interesse é importante na hora de saber se vale a pena fazer o negócio. Confira, abaixo, o que pode levar um veículo a ser vendido sob o martelo:
Muitos leilões são feitos pela internet, mas o processo é o mesmo quando ocorrem pessoalmente. A gerente comercial da Sold Leilões, Ana Matheus, explica que a casa é especializada em vender carros de frota de empresas diretamente para o consumidor final.
Ela conta que a maioria dos veículos disponíveis no site tem essa procedência. Para participar de um leilão, o comprador deve se cadastrar no site da Sold, processo no qual deve enviar documentos que comprovem sua idoneidade. Em seguida, ele poderá dar uma olhada nos carros de leilão registrados na página da empresa, utilizada aqui como exemplo.
Se quiser comprar um dos carros, o interessado pode dar seu lance, mas apenas nos últimos 60 segundos do leilão é que o novo dono será definido, explica Ana sobre o período final do processo. A maioria dos lances é dada nesse momento e uma oferta pode ser rapidamente coberta por outra.
Se o comprador der o lance vencedor – ou seja, fizer a maior oferta pelo carro – ele poderá comprá-lo. O pagamento, então, é feito à vista. “Todos os leilões são à vista”, esclarece a gerente. Se o vencedor não pagar o montante exigido, seu nome será registrado nas listas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa, e ele também terá que pagar uma multa à casa de leilões.
“É preciso ser rígido, porque até uma criança pode brincar de leilão”, justifica Ana, falando de uma política que julga ser comum ao setor.
Feito o pagamento, o comprador toma posse do veículo, momento no qual deve assinar um termo de recebimento. A partir do momento em que retira o carro, ele se torna responsável por todos os problemas e débitos que este vier a apresentar, e não tem direito a garantia, troca ou devolução.
Quanto ao processo de transferência dos carros de leilão, é feito da mesma forma que na compra de uma revenda.
Além do valor acertado pelo automóvel, o novo dono também deverá arcar com a comissão do leiloeiro de 5% sobre o valor pago, além de uma parcela por despesas administrativas. Esta última é determinada por órgãos estaduais e também depende do montante negociado na transação. Em São Paulo, por exemplo, em um arremate de até R$99,99, o comprador deve pagar, adicionalmente, R$30.
Se o valor for de R$ 20 mil a R$ 24.999, essa taxa será de R$ 1.750. Por isso, Paulo Garbossa, consultor da ABK Automotive, destaca que se uma pessoa tem interesse em comprar carros de leilão, ela deve conhecer tudo sobre o processo e sobre os veículos ofertados.
A modalidade dos leilões é definida por lei no Brasil. Segundo o texto, o leilão é a única categoria onde um bem pode ser vendido no estado em que se encontra e sem garantia. Assim, alguns carros são vendidos com defeitos conhecidos, que são explicados na descrição do lote. A lei determina que seja informado se o carro sofreu sinistros de pequena, média ou grande monta, e outros eventos de seu histórico, conta Garbossa.
Assim, um comprador não deve fazer um lance sem obter todas as informações que puder. Antes de tudo, ele deve conhecer a empresa que está ofertando o leilão, e deve ler o edital do processo. O documento é disponibilizado pelo organizador do evento e detalha todos os direitos e deveres do comprador.
Uma vez ciente destes compromissos, é necessário que o comprador investigue os carros de leilão que lhe interessam da forma mais completa possível. Garbossa sugere que se leve um mecânico ou outro especialista para ver o veículo pessoalmente. Mesmo com a impossibilidade de ligar o veículo, o profissional poderá avaliar a pintura e dizer se ele sofreu colisões; checar o reservatório de óleo, que dá sintomas de problemas mais graves; inspecionar as suspensões; observar se o carro sofreu algum tipo de modificação, e muitos outros detalhes.
“Sempre há riscos, mesmo fora de um leilão. O comprador deve minimizar os prejuízos”, declara o consultor. Além de uma avaliação do carro, o interessado também deve checar a placa do veículo no Detran do estado em que ele está registrado. O órgão tem um histórico do carro, que pode revelar acidentes, roubos, multas e inadimplências de donos anteriores.
Havendo débitos, o comprador pode tentar negociá-los com o ofertante. Além disso, as casas de leilão declaram, na descrição do lote do carro, se IPVA e outras documentações estão quitadas ou não. Estes custos também devem ser levados em consideração.
Ciente de todos estes riscos, um comprador pode conseguir fazer um bom negócio ao comprar carros de leilão. Muitos nunca sofreram avarias, mas foram recuperados de donos que não pagaram as prestações de um financiamento, explica Garbossa. Eles podem ter baixa quilometragem e, com um histórico devidamente verificado pelo cliente, podem se mostrar interessantes.
Assim, em resumo, confira as seguintes recomendações antes de fechar negócio:
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Meu irmão comprou um carro Renault Duster em uma revendedora conhecida da minha cidade, e depois de um tempo, verificou-se, que o carro já tinha sido batido, e feito um trabalho na estrutura!
Desde que começou a pandemia de Covid-19 todos os leilões de que participei estavam fechados para visitação, e nem mesmo informavam a placa do veículo para o interessado fazer uma simples pesquisa no Detran/Internet antes de dar lances, como seria o normal nos leilões presenciais. Pouca gente sabe mas veículos oriundos de leilão não são aceitos pelas seguradoras na hora de fazer o seguro, ou elas pedem um prêmio muito maior para aceitá-los. Muitos estados cobram ICMS e outros valores sobre os veículos leiloados. O prazo de transferência é de 30 dias, mesmo para veículos acidentados, que necessitam de laudo técnico antes da vistoria obrigatória. Tem ainda o grave problema dos “ofertantes” que participam apenas para inflar os lances, e consequentemente aumentar a comissão do leiloeiro, assim como ocorre no leilão presencial, só que impossível de detectar. Enfim, todos os riscos e ônus são do comprador e todos os lucros e isenções de reponsabilidade são do leiloeiro e do comitente vendedor. É preciso regulamentar melhor os leilões, especialmente os virtuais, para não prejudicar ainda mais quem está arrematando o bem de boa fé, acreditando estar fazendo um “bom negócio”, quando de fato, na maioria das vezes, está sendo lesado ou passado para trás…
ja comprei carro em leilão e digo , 90% dos carros de leiloes da compra até acertar todos os tramite pro carro circula ele sai mais caro que comprar um carro direto na concessionaria
o melhor carro pra se comprar é de çeilao
se vc comprar um carro de leilao ele ja passou pelo imetro , pelo detran ou seja é um otimo carro pro uso
nao corremos o risco do carro ser clonado,nao corremos o risco de termos multa em efeito suspenssivo nao corremos o risco de ter quilometragem adulterada
e muito mais
acha que os carros de agencia sao garantidos é ruim caro leitor
60% dos carros de agencias tem quilometragem adulterada
conheço carro que foram cortados ao meio e depois foram ser vendidos em agencia
e aí caro leitor
o leilao os veículos tem 100% de transparencia
nas agencias tem 60%de transparencia
TEM ESPERTO DE TODO O LADO. OS ARGUMENTOS DE VENDEDOR DE AUTOMÓVEL SÃO PERIGOSOS.
NÃO EXISTE ÉTICA NO MERCADO DE AUTOMÓVEL, SÓ MALANDRAGEM.
Quero saber como faço pra participar
O indivíduo tem que ser muito “ingênuo ou burro demais” para adquirir carro de leilão.
_ NÃO TEM GARANTIA, NÃO TEM TROCA, NÃO TEM DEVOLUÇÃO.
_ TEM MULTA PARA O COMPRADOR SE DESISTIR DA COMPRA.
_ O COMPRADOR TEM QUE PAGAR 5% DE COMISSÃO PARA O LEILOEIRO + COMISSÃO ADMINISTRATIVA + GUINCHO +DESPACHANTE DO LEILOEIRO PARA ENTREGA DOS DOCUMENTOS DO VEÍCULO.
_ PAGAMENTO A VISTA.
O “preço final do carro” sairá mais caro do que na agência de veículos.
Boa sorte aos compradores e BONS PREJUÍZOS COM O CARRO ???
Sabe de nada, inocente.
Não compre. Deixa eu comprar
a sua empresa teria interesse ter um imovel comercial no bairro do tatuape, se interessar mande seu watsap que enviarei as fotos,obrigado a pela atenção
Estou procurando hr para comprar
Leilão é um negócio como outro qualquer. Carro ruim em loja tem aos montes e ninguém fala nada. Tem de tudo nos leilões e quando falo de tudo é tudo mesmo. De sucata a carro zero. Isso mesmo caroo Zero.
Em nov/16 comprei um Corolla XEI 16/17 com 07 (sete) km rodados. Tinha um pequeno amassado no teto. O reparo me custou 300,00 e o carro não tinha garantia de fábrica. Economizei cerca de 10% em relação ao zero km na loja.
Quanto melhor o estado do carro menor a diferença em relação ao novo. A internet tá aí pra isso. Pesquise, estude, não falta coisa boa à venda nos leilões. Leilão é como qualquer outro ramo de atividade humana. Forte Abraço a todos
boa junior
tenho uma oficina mecanica o meu cliente comprou um celta 2012 e levou pra eu ver o carro
o velocimetro marcava 68.000km desconfiei da quilometragem e entrei com meu scaner e que surpresa o carro tinha 232.432km
que decepçao
Conheço algumas pessoas que frequentam os leilões e até fazem deles meio de vida. Pessoalmente, quero distância.
Frequentei eventualmente leilões por um bom tempo. Só vale a pena se o valor total ficar pelo menos 35 % abaixo do preço de mercado. Os riscos são muitos.
A maioria dos leiloeiros age de forma correta e imparcial, mas há excessões. Existem grupinhos que formam as tais panelinhas, pra arrematar e repassar os carros que interessam . Se não conseguem, fazem com que o valor do bem fique próximo ou até maior que o valor aquí fora.
Houve uma situação no maior pátio de leilões do Brasil, onde me interessei por um Fiat Siena que se encontrava em ótimo estado.
Eu dando lances e um dos ” amiguinhos ” do leiloeiro também, pau a pau. O leiloeiro descarado bateu o martelo favorecendo descaradamente o outro sujeito.
Nunca mais coloquei meus pés naquela arapuca.