Os carros esportivos da Audi no Brasil nos anos 2000
Linha da marca alemã das quatro argolas tinha modelos de alta performance para todos os gostos: hatch, sedã, station wagon e cupês
Linha da marca alemã das quatro argolas tinha modelos de alta performance para todos os gostos: hatch, sedã, station wagon e cupês
Prestes a completar seu aniversário de 30 anos no mercado brasileiro, a Audi segue carregando o título de uma das marcas premium que mais vende por aqui. E, além dos modelos mais “tradicionais”, com bastante luxo, requinte e tecnologia de ponta, os esportivos da Audi sempre mereceram um capítulo a parte na história da marca, principalmente quando se fala em carros rápidos e modernos, sem perder a essência luxuosa.
Desde os pequenos TT, importados ainda no final dos anos 90, até os grandalhões como o S8, há muito o que falar dos esportivos da fabricante alemã, e, por isso, década a década, vamos falar um pouco de cada um deles, agora sobre os dos anos 2000.
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Pequeno, com duas portas, baixo peso e muita agilidade, o S3 foi o primeiro esportivo derivado do hatch A3, e debutou no Brasil logo depois da virada do milênio, no comecinho de 2000.
Com rodas grandes e apêndices aerodinâmicos, o hatch trazia de série o motor 1.8 turbo com quatro cilindros, em duas variações: 210 ou 225 cv de potência, dependendo da vontade de acelerar de seu feliz proprietário.
Nele também havia a tecnologia da tração integral quattro, que distribuía a força de forma automática e segura para as quatro rodas, e quem administrava esse time era um curto câmbio manual. Na versão mais poderosa, tínhamos um “canhãozinho” que podia até ir de 0 a 100 km/h em menos de 6,5 segundos. Anos depois, já no final da década, recebeu o sobrenome Sportback, motor 2.0 turbo e passou dos 250 cv de potência.
Seguindo a linha de stations mais poderosas que as da linha S, e para continuar o legado da inesquecível RS2 Avant, entre junho e julho de 2000 chegava ao mercado nacional a RS4 Avant, derivada da S4 Avant, que, por sua vez, derivava da perua “tradicional” do Audi A4.
Com a praticidade de se ter uma perua espaçosa e confortável para o uso diário, os (poucos) proprietários das RS4 Avant podiam desfrutar de um conjunto de 380 cv de potência com muita tecnologia emprestada pela Fórmula 1. Não ao acaso, quem aprimorou e desenvolveu o motor 2.7 V6 para a RS4 Avant foi a Cosworth, preparadora de sucesso nas competições automobilísticas mundiais.
Desde cabeçote até o acelerador, tudo foi aprimorado para que a perua tivesse um nível esportivo digno de modelos da italiana Ferrari, tanto que, em testes no Brasil, o bólido chegou a cravar nada mais que 4,7 segundos no 0 a 100 km/h. Apenas algumas, e exclusivas, unidades desembarcaram em solo nacional, cada uma custando R$ 250 mil (época em que o salário mínimo era de cerca de R$ 150), e não mais do que 6.000 unidades do RS4 Avant foram fabricadas no mundo.
Enquanto os demais esportivos da Audi caminhavam em suas evoluções, a exemplo dos S3, S4 e TT, no mês de julho de 2003 era apresentada ao mercado brasileiro a mais nova linha esportiva da fabricante alemã: RS6 Sedan e RS6 Avant (perua), os mais apimentados da “série 6” da Audi.
Além de terem visual típico de um esportivo europeu, os RS6 inovavam com tecnologias como as suspensões independentes com controle automático da pressão dos amortecedores (que ficam mais firmes ou suaves, dependendo da situação), poderosos canos duplos de escapamento e tecnologia biturbo, até então inédita em um motor V8 da marca, caso daquele 4.2 que movia os RS6.
Ainda que fugissem do padrão com o câmbio automático de cinco marchas fornecido pela ZF alemã, eram carros com tração integral, 450 cv e disposição para andar juntos de superesportivos. Assim como no RS4 Avant, sua aceleração de 0 a 100 km/h ficava na casa dos baixos 4,7 segundos, segundo os dados oficiais da marca.
Chegou uma época que não só sedans e peruas faziam a cabeça dos aficcionados por carros, e a Audi, sabendo disso, logo criou seu esportivo de motor central e apenas dois lugares: o R8, proposta inédita dentro da fabricante alemã, que a partir de meados de 2008 já estava também em solo nacional.
O R8 de primeira geração fazia valer suas generosas dimensões com uma carroceria baixíssima, de revolucionárias linhas contínuas e excelente comportamento dinâmico (e aerodinâmico, vale falar). Compartilhava, em sua primeira geração, vários componentes com modelos superesportivos da Lamborghini (integrante do mesmo grupo da Audi), e tinha como missão peitar os melhores Porsche usando o poderoso e tradicional V8 de 4.2 litros.
No R8, ele ganhava sistema de injeção eletrônica estratificada e outras melhorias, que, juntas, faziam sua potência saltar para 420 cv, com torque próximo dos 45 kgfm nas menores faixas de rotação. Por ser um carro de, na época, mais de R$600 mil, nem é preciso dizer seu nível tecnológico, com transmissão automatizada de dupla embreagem, tração nas quatro rodas, suspensões independentes e outras soluções refinadas.
Foi, na época, um dos Audi mais rápidos da história: a versão vendida no mercado nacional passava dos 300 km/h e podia acelerar de 0 a 100 km/h em algo próximo dos 4,5s. Cerca de um ano e meio depois, a linha R8 crescia com a chegada do conversível Spyder (“aranha”, em inglês), tão esportivo quanto o de teto fechado, e ainda próprio para passeios mais agradáveis de final de semana.
Era final de 2009, o TT já estava mais do que consagrado no mercado, e possuía muitos outros atributos além daqueles da primeira geração, a exemplo do motor com injeção direta de combustível e turbo com geometria variável.
Em dezembro daquele ano, quem buscava uma opção mais esportiva do pequeno coupé passava a ter a TTS, que, além da sigla “S” tradicional dos carros mais apimentados da marca, entregava bem mais potência em seu motor 2.0 turbo (o consagrado EA-888, em produção até os dias de hoje): eram 275 cv de potência, ante 200 dos TT “convencionais”, e força abundante, de mais de 35 mkgf, tudo isso em uma carroceria leve, de menos de 1.400 kg.
Além das novas calibrações mecânicas, da tração integral e transmissão automatizada de dupla embreagem como itens de série, o TTS fazia parte do seleto time de esportivos que podiam acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 5,5 segundos. Meses depois, chegava o TTS Roadster, conversível, numa pegada similar a do R8 Spyder.
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