Carros feios: 7 modelos que pioraram com o passar do tempo
Selecionamos alguns veículos que não agradaram muito no desenho, seja em remodelações, seja em novas gerações
Selecionamos alguns veículos que não agradaram muito no desenho, seja em remodelações, seja em novas gerações
Achar um carro feio ou não é subjetivo, mas é fato que alguns carros pioram com o passar do tempo. Às vezes, porque já não dá para mexer em um projeto muito antigo e que insiste em perdurar no mercado. Outros por excesso de ousadia dos designers em mudanças de geração.
Esse tema voltou à tona com os últimos lançamentos da Mini. Como o novo Cooper e, mais recentemente, com o inédito Aceman. Mas o que não faltam são casos de carros que ficaram controversos, ou mesmo feios para falar no popular, com o passar do tempo.
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Quando foi lançado como Corsa Sedan em 1996 o modelo era um carro muito bem resolvido. Tinha a plataforma moderna do compacto global da General Motors (de origem Opel), motor com injeção eletrônica e bom porta-malas.
O modelo caiu nas graças do mercado e quando lançou a segunda geração do Corsa, em 2002, a General Motors viu no velho sedã uma oportunidade de expandir o portfólio. Manteve o carro como Corsa Sedan Classic e, em 2004, passou a designá-lo apenas como Classic.
O design continuava simpático para a virada do século, mas a montadora esticou a corda do Classic para ele ser o seu três-volumes acessível no país. Uma reestilização era necessária e foi aí que o carro ficou mais feio com o tempo.
Em 2010, o Classic foi redesenhado especialmente na frente e na traseira. A grade mais estreita ficou um tanto controversa. Já as lanternas traseiras, igualmente esquisitas, remeteram ao chinês Sail.
A primeira geração do Palio foi um investimento e tanto da Fiat em um projeto global para tentar fazer frente ao Gol no Brasil. O hatch foi lançado em 1996 e quatro anos depois ganhou sua primeira remodelação, em 2000, assinada pela ItalDesign, de Giorgetto Giugiaro.
O renomado e famoso projetista também foi o responsável pela segunda reestilização, realizada em 2003, quando trocou os faróis mais retilíneos e a grade diminuta por lentes irregulares com base mais arredondada e grade maior, com as extremidades em um leve arco. As lanternas recortadas na traseira, contudo, não foram unanimidade.
Mas o caldo entornou mesmo em 2007 e foi a prova de que a sobrevida desse Palio no mercado deixou o carro mais feio com o passar do tempo. Os faróis em forma de folha e a grade baixa lembraram o Civic… de 1995.
Na parte de trás, as lanternas nas extremidades e também posicionadas mais rentes ao para-choques ficaram bem esquisitas. As comparações eram com o Daihatsu Charade dos anos 1990. Dizem que o estilo adotado foi para agradar ao mercado chinês.
Não que o Ford Focus seja um dos carros feios com o passar do tempo, mas ele ficou sem graça em sua derradeira geração. Se nas duas primeiras se destacava pelo design mais arrojado, com as lanternas paralelas ao vidro traseiro, o modelo lançado em 2013 ficou pasteurizado.
O capô abaulado e curto é o que mais agrada. De resto, os faróis espichados e a grade com uma barra cromada fizeram o Focus parecer um New Fiesta maior. Atrás, como dito, as lanternas verticais na coluna deram lugar a um jogo com elementos irregulares invadindo as laterais, sem grandes bossas.
Tem gente que até hoje torce o nariz para a primeira reestilização do HB20. E olha que a primeira leva do hatch, lançada em 2012, é considerada bastante bonita, inclusive com um design mais refinado do que o visto em boa parte dos compactos à época. Algo que foi mantido na reestilização de 2015.
O problema foi a remodelação de 2019, que a Hyundai chama de segunda geração. O hatch compacto adotou uma grade trapezoidal abaixo da tampa do capô e totalmente destacada dos faróis. O estilo polêmico logo rendeu-lhe o apelido de “bagre”.
Falar que o Golf é um carro que ficou feio com o passar do tempo pode parecer uma blasfêmia, mas aqui falamos de uma solução brasileira para a quarta geração do hatch médio.
O Golf IV começou a ser produzido no Brasil em 1998 e, enquanto o mundo já andava no V, o daqui ficou como estava. Em 2006 a Volkswagen resolveu fazer uma reestilização própria no modelo, que jamais foi unanimidade. Tanto que o bichinho foi chamado até de Golfssauro…
O Mini manteve seu charme quando foi relançado em 2000 pela BMW. Os faróis redondos e o estilo retrô com os toques de requinte da fabricante alemã logo fizeram do carro objeto de desejo.
Isso se manteve mesmo após reestilizações e a nova geração, mostrada em 2014. Mas a chegada do novo Mini Cooper no ano passado já não agradou.
Os faróis redondos continuaram, porém com seções que parecem olhos franzidos. A grade baixa também parece desconexa. Mas o que desagradou aos fãs mesmo foram as lanternas traseiras em forma de leque – ao menos, mantiveram as faixas da bandeira britânica.
Aproveitando que estamos falando de Mini, ainda teve agora a estreia no Brasil do Aceman. Com faróis de cortes mais retos, o crossover se afastou das referências da marca.
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HB20: a primeira reestilização foi um desastre. O carro ficou com cara de bagre. A segunda reestilização ficou “menos ruim” que a primeira com as luzes de seta lá embaixo do parachoque dificultando a visibilidade. A primeira versão deixa saudades
No caso do Palio, eu faço um testemunho pessoal.
Comprei um zero-km em 1997, portanto da primeiríssima geração.
De fato essa geração do Palio foi a mais bonita de todas, com um design diferenciado e arredondado em uma época de modelos retilineos e quadradões.
E realmente todas as reestilizações posteriores foram verdadeiros retrocessos, uma mais sem graça que a outra.
Se fosse possível voltar no tempo, provavelmente a FIAT manteria o design da primeira geração o quanto fosse possível. E depois já comecaria a pensar um novo substituto, para quando o Palio começasse a dar sinais de “cansaço”no mercado.