Chevrolet quer investir no Brasil, mas só se houver negociação
Após rumores de que deixaria a América do Sul devido a prejuízos, gigante norte-americana divulgou planos de investir, mas só se houver negociação
Após rumores de que deixaria a América do Sul devido a prejuízos, gigante norte-americana divulgou planos de investir, mas só se houver negociação
A Chevrolet divulgou, no sábado (2), um comunicado divulgando planos de continuar investindo no Brasil. O anúncio aparece após a chefe global da empresa, Mary Barra, afirmar que a marca poderia deixar a América do Sul após ter prejuízos. De acordo com o comunicado, a Chevrolet quer investir R$ 10 bilhões no país entre 2020 e 2024, mas só se houver negociação.
Enquanto isso, outras informações, divulgadas no site oficial da companhia, detalham planos de investimento globais da GM. De acordo com eles, a fabricante começa a lançar, a partir deste ano, uma nova família global de veículos para mercados estratégicos.
Estes novos modelos começariam a chegar ao mercado neste ano, passando a dominar o portfólio da marca até 2023. Ainda de acordo com essas informações, 75% desses veículos serão comercializados na América do Sul, e 20% na China.
Com o desenvolvimento da nova gama, de acordo com o comunicado, a Chevrolet quer investir na renovação de seus veículos, buscando se adequar às novas demandas que enxerga no consumidor.
“Os novos modelos vão oferecer visual atrativo, elevada eficiência energética e excelente dirigibilidade, além das mais avançadas tecnologias de conectividade e segurança, muitas delas inéditas em seus respectivos segmentos”, declarou Mark Reuss, presidente da GM.
O comunicado esclarece, ainda, que o primeiro desses lançamentos será feito na China, em março. Além disso, durante os 13 primeiros meses de produção, serão lançados cinco tipos de carrocerias pela marca, com oito variações regionais, para chegar a 40 países diferentes.
O anúncio de que a Chevrolet quer investir na América do Sul chega em um momento conturbado. A informação chega depois que a CEO da marca, Mary Barra, mencionou a possibilidade de que a GM deixasse a América do Sul.
Na sequência, Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul, afirmou que a GM teve um prejuízo acumulado entre 2016 e 2018. A informação pode surpreender, se considerarmos que o carro mais vendido do Brasil, há anos, é o Chevrolet Onix.
Meses antes, Mary Barra estava anunciando o fechamento de fábricas da marca nos Estados Unidos e Canadá. Em novembro, Barra declarou que fecharia cinco plantas na América do Norte e duas em outros países, e que demitiria 15% de seus funcionários, inclusive no nível executivo.
A razão é de que a Chevrolet quer investir na modernização de seu portfólio e desenvolver carros elétricos. A decisão, contudo, levou a revolta junto a sindicatos. Durante o último campeonato de futebol americano, o Super Bowl, uma das organizações pagou por um anúncio denegrindo a imagem da empresa, no Canadá.
“GM, você pode ter se esquecido da nossa generosidade, mas nós nunca esqueceremos da sua ganância”, dizia o anúncio. O sindicato condenava a montadora por investir em outros países, deixando os trabalhadores canadenses “para fora no frio”.
Com relação a notícias veiculadas nas mídias, a GM faz o importante esclarecimento a seguir:
- A GM está concluindo o plano de investimento de R$ 13 bilhões no período de 2014 a 2019.
- A GM está negociando condições de viabilidade para o novo e adicional investimento de R$ 10 bilhões no período de 2020 a 2024.
- Caso as negociações tenham sucesso, a GM investiria R$ 23 bilhões entre 2014 e 2024 (R$ 13 bilhões de 2014 a 2019 e R$ 10 bilhões de 2020 a 2024).
O plano de investimento que está sendo concluído, no total de R$ 13 bilhões de 2014 a 2019, contempla:
- Renovação completa da linha de produtos Chevrolet
- Desenvolvimento de novas tecnologias de eficiência energética dentro do Programa INOVAR Auto. Ressaltando que a GM alcançou neste processo os melhores resultados do programa, com uma média de economia de combustível de 22% na linha, muito superior à média do mercado, que foi de 15,9%.
- Novas tecnologias de conectividade incluindo a nova geração do sistema multimídia MyLink e o sistema de telemática OnStar.
- Expansões nas fábricas de São Caetano do Sul e de Gravataí.
- Ampliação da fábrica de Joinville, que teve a capacidade elevada de 120 mil para 450 mil motores por ano.
- Implementação de inovadoras tecnologias de manufatura 4.0 nas fábricas de São Caetano do Sul, Gravataí e Joinville.
Estes investimentos levaram a marca Chevrolet à liderança do mercado, posição que mantém desde outubro de 2015.
“Como líderes de mercado, estamos assumindo a responsabilidade de encarar de frente os desafios de competitividade que vive a indústria para viabilizar um futuro sustentável aos nossos negócios e o devido retorno aos acionistas. Continuamos trabalhando com os sindicatos, concessionários, fornecedores e governo com o objetivo de viabilizar este novo e adicional investimento de R$ 10 bilhões nas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos”, ressalta Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul.
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Se quer escravizar os Brasileiros volte para casa…pensei em comprar um Cruze. Vou optar por um Polo.
Quer trabalho escravo? Vai pra China. Depois dessa eu NUNCA comprarei um carro dessa montadora. Minha compra não vai fazer diferenca na vida da GM mas vai fazer na minha.
Isso mesmo… Ainda possuo um carro da chevrolet, Spin, apesar disso há algum tempo estou decepcionado com esta empresa. Lembram dos carros inseguros que só mudaram após serem denunciados pelos test crash? E das chantagens que junto com volks, Ford e Fiat faziam pra receberem concessões fiscais, entre outras do governo? Agora precisaram trocar os modelos, motores e etc… e querem que nos paguemos a conta…. ora! Frrrroda-se Chevrolet….