Comprar carro elétrico: o que observar antes de tomar a decisão?
Modelos ainda representam parcela ínfima do mercado, mas interesse pelos EVS aumenta e implica em novos hábitos
Modelos ainda representam parcela ínfima do mercado, mas interesse pelos EVS aumenta e implica em novos hábitos
“Carro elétrico, um dia você vai ter um” soa meio démodé, mas é uma realidade que as futuras gerações estão fadadas a comprar esse tipo de veículo. Com as políticas de restrição de países a modelos puramente a combustão, normas cada vez mais severas de emissões e estratégias dos fabricantes, ter um automóvel elétrico será inevitável em um futuro não tão distante.
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Porém, este novo amanhã que se desenha acarreta também em novos hábitos. O uso do carro elétrico tende a ser como com qualquer outro, mas devido à infraestrutura atual é preciso observar alguns detalhes, que vão desde carregamento e autonomia, até manutenção.
Por esta razão, selecionamos o que observar na hora de comprar um carro elétrico.
O primeiro ponto para quem vai comprar um carro elétrico é definir qual será a utilidade do veículo para o seu dia-a-dia.
É para ir todo o dia para o trabalho? Só para o lazer no fim de semana? Para levar as crianças na escola ou fazer compras? O tipo de uso é importante para você escolher o tipo de carro elétrico que precisa, tanto em termos de tamanho, como espaço interno e autonomia.
Muita gente morre de medo de comprar carro elétrico porque acha que vai ficar na rua sem bateria. Só que a maioria das pessoas não tem a menor ideia de quanto roda por dia.
Vamos considerar que você, para ir e voltar do trabalho diariamente, percorra 60 km. A maioria dos veículos plugados têm autonomia na casa dos 300 km. Ou seja, você provavelmente rodará uns quatro dias sem preocupações.
Por isso, é importante verificar o quanto você trafega por dia para determinar os carros elétricos que podem atender melhor em termos de autonomia e de tempo de recarga.
Isso vale para qualquer compra de carro e com automóvel elétrico ainda mais. Pesquise não só os preços dos veículos, mas também condições de pagamento, se o negócio envolve carregadores e suporte para instalação elétrica, garantia das baterias, autonomia e pós-venda.
Observe também o tipo de plugue que o carro elétrico utiliza para o carregamento. E não esqueça de fazer um test drive para ver se o automóvel agrada em termos de desempenho e dirigibilidade.
Carro elétrico tem fama (e marketing) de manutenção mais simples e barata do que modelos a combustão. Contudo, pesquise sobre os custos fixos das revisões obrigatórias, fundamentais para você manter a garantia do veículo.
E lembre-se que, passada a cobertura de fábrica, não dá para levar o EV para fazer a manutenção em qualquer oficina. Ainda são pouquíssimos os estabelecimentos independentes que mexem em carros elétricos. Ou seja: provavelmente você terá que continuar fazendo a revisão na concessionária.
É importante fazer um mapeamento com os principais pontos de recarga nos trajetos que você faz no dia-a-dia. Verifique se o plugue do cabo de carregamento do carro elétrico que você vai comprar é compatível com aquele eletroposto.
Além disso, baixe aplicativos especializados em pontos de recarga de EVs. Muitas empresas e startups têm guias atualizados de localização de carregadores, e também de monitoramento para auditar se os mesmos estão em pleno funcionamento e se estão ocupados ou não naquele momento.
É importante ter um wallbox em sua casa ou trabalho para um carregamento mais ligeiro do que se feito em tomadas comuns de 220V. Muitos carros elétricos já são negociados com esse tipo de carregador incluso. Outros são cobrados à parte.
Importante que você contrate uma empresa especializada – ou homologada pelo fabricante do carro elétrico – para fazer a instalação correta do wallbox em sua residência ou no condomínio.
Se você roda muito e não tem uma rotina fixa de quilometragem diária, pondere a compra de um carregador portátil, que pode ser levado no porta-malas. Custa de R$ 2.500 a R$ 5 mil.
É preciso se acostumar a algumas peculiaridades do carro elétrico. Antes de mais nada, ele não faz barulho. Fique atento porque você vai apertar o botão start do motor e, no máximo, ele vai emitir um sinal na cabine para avisar que o conjunto está em funcionamento.
Também preste atenção ao acelerar. Por ter torque instantâneo, ao pisar no pedal as respostas são imediatas e, muitas vezes, tendem a ser mais brutas do com o que você está acostumado nos veículos a combustão.
Como é dirigir um carro elétrico pela primeira vez? Assista ao vídeo e descubra!
Por falar em acelerador, se você quer economizar bateria, pegue leve no pedal da direita. O seu modo de dirigir impacta diretamente na autonomia, especialmente para menos se você tiver uma direção mais agressiva.
Muitos carros ainda oferecem modo Eco, ideal para trafegar na cidade ou no trânsito pesado. Já o Sport deixa as acelerações mais espertas, porém também demanda mais da bateria.
As desacelerações em carros elétricos dão aquela forcinha para as baterias. A recuperação de energia nessas situações obviamente não vai dar uma carga expressiva ao conjunto, mas contribui para estender a autonomia em preciosos quilômetros.
A maioria dos carros elétricos oferece o modo de condução “B” na alavanca do câmbio. É um dispositivo que otimiza ainda mais essa regeneração da energia das desacelerações e funciona como um freio motor forte.
Conforme a situação no trânsito, com o modo acionado talvez nem seja necessário frear. Ao tirar o pé do acelerador, o sistema já segura bem o carro – pode até parar por completo, dependendo da velocidade – e recupera a energia. Isso fica ainda mais perceptível em descidas de serra, onde vale usar o “B” inclusive para poupar o freio.
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Se cada usuário de carro elétrico instalar energia solar em sua residência , o problema da poluição estaria resolvido (simples e barato)
Na verdade os interesses escusos estao na industria de petroleo. Varias essas analises estao erradas. O carro eletrico e infinitamente superior. Mas tem uma parte da midia que ou nao compreende a tecnologia ou esta sendo paga pra emitir analises erradas como essa.
• O DILEMA DO VEÍCULO ELÉTRICO •
Dilema é algo complicado, para cuja solução é indispensável escolher entre duas opções contraditórias, entre duas opções opostas.
Evidentemente eu concordo que veículos elétricos são muito superiores – em termos de qualidade intrínseca – aos de combustão interna.
Entretanto, mesmo quando resolvidos todos os percalços que dificultam a produção massiva de veículos elétricos, resta lembrar de onde vem a ELETRICIDADE consumida por nós habitantes da Terra, cerca de 75% DELA produzida em usinas termoelétricas, através da queima de combustíveis fósseis derivados do petróleo, salvo raras exceções, mas sempre QUEIMANDO alguma coisa.
Um dos maiores impactos ambientais vivenciados atualmente por nosso planeta – senão o maior deles – advém da termoeletricidade, citando como exemplos o recrudesicimento do efeito estufa (e, por conseguinte do aquecimento global), da chuva ácida, etc., etc.
Assim, imaginemos uma frota de veículos não 100%, mas ‘apenas’ 50% elétrica: DE ONDE VIRIA TANTA ELETRICIDADE? É óbvio que +/- 75% das usinas termoelétricas!
Permitam-me avançar no imaginário, aí os apagões iriam ‘pipocar’ pra tudo que é lado!
Solução racional para poluir menos nossa Terra, o nosso lindo globo azulado, surgiu aqui, no nosso amado Brasil: ERA O PROALCOOL, criado sob a égide do meu velho professor coronel Urbano Ernesto Stumpf. Houve um tempo no qual quase ninguém tinha carro a gasolina, tinha sim carro a álcool (SOMENTE A ÁLCOOL / DIFERENTE DE FLEX), tempo em que a frota de caminhões da Coca-Cola era de Chevrolet a álcool, quando a Volkswagen fabricava caminhões Dodge a álcool, e quando eu viajava até o estágio nos ‘ônibus vermelhos do CTA’, 100% a álcool; e – notem – o álcool combustível dos primórdios era péssimo comparado ao de hoje, rebatizado de ETANOL, nada além do nome científico do ÁLCOOL.
Na Suécia, onde é custoso fabricar ETANOL, uma frota de ônibus SCANIA-ETANOL serve o povo; no Brasil os ‘esquerdopatas’ SUCATEARAM O PROALCOOL por mera birra contra os militares, os ‘ônibus vermelhos do CTA’ foram vendidos a peso, jazem num ferro-velho de Cruzeiro-SP.
É certo que veículos elétricos serão completamente superiores a partir de quando gerarem a sua própria energia, oriunda (captada) do SOL.
Até lá devemos nos dar por satisfeitos em POLUIR O MÍNIMO POSSÍVEL!
Vocês, nobres amigos brasileiros, USEM SOMENTE ETANOL.
Vocês, nobres amigas brasileiras, IDEM!
Vosso carrinho teima em não ‘pegar’ nas manhãs frias?
BASTA NÃO ‘AFOGAR’ SEU CARRINHO COM ETANOL, NEM MISTURAR ETANOL E GASOLINA: É FLEX SIM, MAS, OU ETANOL, OU GASOLINA, POIS A MISTURA – bastando o carro ficar parado da noite para o dia – NÃO PRESTA.
Lembro que a VW resolveu o problema da partida a frio com etanol (álcool), “serpenteando” eletricamente (aquecendo) as peças de admissão de combustível.
VELHAS LEMBRANÇAS:
Sobre os primeiros automóveis a álcool brasileiros (aliás, mundiais), vendidos ao público desde 1980, destaque para os Ford Corcel e Landau, cujos respectivos motores ‘Sierra’ (francês / Renault) e ‘302-V8’ (americano / Ford) pareciam ter sido feitos para consumir álcool. Em tempo, o emblema com a identificação ‘ÁLCOOL’ era metálico nos primeiros Ford a álcool, ao invés de mero adesivo plástico (caso dos Volkswagen daquela época), indicação de que para a Ford o álcool era definitivo. A GM também encarou o álcool como definitivo e, igual à Ford, investiu capital inclusive para criar um emblema convincente. Os carros GM a álcool 1980 eram bons, levemente inferiores aos Ford; os carros Volkswagen a álcool 1980 eram péssimos, daí seu emblema ‘leguelhé’.
Rodrigo MARTINIANO.
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Curiosidade: Em cidades com muitas ladeiras, o carro elétrico tem mais vantagens: Recupera eletricidade nas descidas e poupa os freios … carros comuns tem que descer engrenado e não recupera nada.
Bom, os celulares evoluíram para smartphones, e la se vão 30 anos e as baterias e os aparelhos em media, duram cerca de 3 anos, se bem que entre um e dois anos a bateria começa a reduuzir drasticamente. Isso se tratando de smartphone, com bateeias da ordem de poucas dezenas are centenas de reais, nao foi resolvido, ou para forçar o usuário a teocar de aparelho ou por viabilidade mesmo. Com os veículo eletricos também se dará a mesma coisa, pois, o maior ganho em manutenção se dará pela troca das baterias que ate agora tem se mostrado um absurdo, chegando a custar mais da metade do valor do automóvel. E ainda tem a mão de obra que não sai barato visto ser necessário desmontar quase todo o veículo. As baterias hoje perdem eficiência a cada ano e em porcentagem diferentes dependendo do tipo de recarga. Tecnologia boa, porem ainda muito falha. Imagino o quanto poluidora será quando boa parte da frota estiver eletrificada, onde e como serão a extração, processamento e fabricação, e o descarte dessas baterias. São muitos SEs.
Não confio.
Não é um sistema suficientemente maduro para a massificação que se pretende em tão curto prazo.
Quais serão os interesses políticos e econômicos por trás dessa pressa toda???
Quero comprar um carro elétrico,pois é para o planeta e para própria pessoa que está dirigindo.
Muito bom. Os Condomínios terão que se adaptar para essa nova realidade, provavelmente, colocando tomadas nas vagas conectadas aos relógios dos aptos.
Espero nunca precisar de um.
Muito importantes
Tem que colocar um despositivo que gere o barulho do motor pg
Não confio e não alimento maiores otimismos nos atuais automóveis movidos à bateria, devido principalmente à pressa que se têm em implementa-los. Difícil acreditar que não existam interesses excusos, tanto políticos quanto econômicos, nessa pressa toda.
Ao se querer simplesmente proibir os motores a combustão, atinge-se também os motores que utilizam combustíveis limpos e renováveis nos sistemas híbridos e e-power (mais inteligentes e sustentáveis do que os atuais sistemas movidos a baterias).
É pra se pensar.