Conheça os carros nacionais que já viraram ‘série olímpica’
Os Jogos de Tóquio estão aí, finalmente, e é hora de recordar edições limitadas de automóveis que nem sempre ganharam o ouro
Os Jogos de Tóquio estão aí, finalmente, e é hora de recordar edições limitadas de automóveis que nem sempre ganharam o ouro
Com mais de um ano de atraso, as Olimpíadas de Tóquio, enfim, começam com a esperança de ser um marco de novos tempos pós-pandemia. Os Jogos não terão público desta vez, assim como não haverá uma série limitada olímpica de algum carro no Brasil depois de muito tempo. Mas a gente recorda para vocês momentos olímpicos “motorizados”.
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Uma das muitas séries especiais que a Volkswagen fez para homenagear diferentes Olimpíadas, mas que só levou o ouro muito tempo depois. É que essa edição limitada do sedã compacto, lançada em 1984, empacou nas concessionárias. Mas hoje é carro de colecionador.
O Voyage Los Angeles foi apresentado pouco antes dos jogos olímpicos realizados na cidade californiana. A Volks vinha embalada pelo bom retrospecto do Gol Copa, em referência ao Mundial de Futebol de 1982 disputado na Espanha, e pretendia fazer 3 mil unidades da série.
O Voyage Los Angeles era baseado na versão LS e usava motor 1.6 a álcool da família MD270, com 81 cv de potência e câmbio manual de quatro ou cinco marchas.
Dentro, a série especial recebeu volante do Passat GTS, bancos Recaro e carpete no porta-malas. Por fora, spoiler dianteiro e traseiro, faróis de neblina quadrados da Cibié (iguais ao do Santana), para-brisa degradê, rodas de liga leve, vidros verdes e faixas laterais.
Mas foi a carroceria que atrapalhou a vida do Voyage Los Angeles. Na verdade, a cor dela. Se hoje brasileiro ainda vê carro como investimento, imagine nos anos 1980 o cara querendo vender o sedã naquela cor azul Enseada metálica?
Nos bastidores, dizem que o carro encalhou nas lojas e que muitas concessionárias chegaram a repintar os modelos da série para tentar se livrar do estoque. E que a Volks só produziu 10% do que pretendia fazer do Voyage olímpico. Hoje, obviamente, é uma raridade valorizada entre os usados.
Em 1992 foi a vez de a General Motors criar uma edição em homenagem a Olimpíadas para a segunda geração do Monza – conhecida como Tubarão. A série Barcelona vinha com faixas decorativas laterais nas cores vermelho e amarelo, em alusão às cores da bandeira espanhola, e com o nome do modelo estampado.
O Monza Barcelona era vendido sempre na cor prata Argenta e também era equipado com rodas de liga leve aro 14” exclusivas. As capas dos retrovisores externos e as molduras seguiam o tom da carroceria. Na cabine, moldura vermelha na gravatinha símbolo da Chevrolet no volante, encostos de cabeça vazados e preparação para som, com quatro alto-falantes e antena.
A série especial era baseada na versão SL. Foi oferecida com duas opções de motores, 1.8 e 2.0, a gasolina ou a álcool e com injeção eletrônica – algo incipiente no mercado braszileiro à época.
Em 1996 as Olimpíadas voltavam para os Estados Unidos no centenário dos jogos da era moderna. E a Volks voltou a investir em uma série alusiva ao evento esportivo. Na época, a marca alemã fez um aporte de US$ 5 milhões para criar as edições limitadas para Gol e Parati “bolinhas”.
O desenho por fora era bem discreto, sem muitas diferenças em relação ao hatch e à station-wagon vendidas normalmente. O nome da série estava nos para-lamas traseiros e na tampa do porta-malas, em listras horizontais vermelhas e brancas e ornamentada por uma tocha olímpica. As rodas aro 14” eram de aço, mas tinham desenho exclusivo e eram calçadas por pneus mais largos.
O Gol e a Parati Atlanta recebiam faróis com refletor duplo. Além disso, as capas dos retrovisores eram na cor do veículo. Para-brisa degradê e vidros verdes eram outros itens presentes na série. No interior, revestimento diferente dos bancos e volante de três raios trazido do esportivo Gol GTI.
A série olímpica do hatch e da perua também teve duas variantes de motor: 1.6 e 1.8. Durante a realização dos Jogos, o filme publicitário do Gol teve participação do treinador Zagallo e do goleiro Dida, ambos da seleção olímpica, que foi eliminada pela Nigéria nas semifinais (“olha o Kanu, ele é habilidoooooooooso…”, lembra?) e foi bronze na modalidade.
Relembre o comercial:
Em 2000 a Volks repetiu a dose e repetiu o Gol como carro para receber uma edição olímpica. Só que, desta vez, o compacto não ostentava o nome da cidade-sede dos Jogos, Sidney. A marca alemã adotou o nome Ouro para batizar a série especial, que tampouco significava que o carro era vendido apenas na cor dourada.
Mesmo assim, a marca dos Jogos Olímpicos disputados na Austrália estavam lá nas laterais do Gol Série Ouro e também na tampa do porta-malas e no spoiler traseiro – este com brake-light embutido e um diferencial externo da edição limitada a 11 mil unidades.
O Gol Ouro – já na fase “G3” do hatch – foi vendido em configurações duas e quatro portas, e sempre com o motor 1.0 16V de 69 cv. Entre os equipamentos, direção hidráulica, volante esportivo, cintos de segurança e banco do motorista com regulagem de altura, aquecimento interno, limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro e vidros verdes escurecidos. Curiosamente, nesta Olimpíada, o Brasil não ganhou nenhuma medalha de ouro para contar história…
O Polo era o símbolo de carro moderno da Volkswagen no início do milênio e a montadora não perdeu tempo para usar o seu então compacto premium para reeditar a série Ouro. Desta vez, a edição era alusiva aos Jogos que seriam disputados em Atenas, berço das Olimpíadas da era moderna.
Limitada a 2.160 unidades, o Polo Ouro (ainda com o inesquecível conjunto ótico com lentes redondas duplas) também era dotado de spoiler traseiro com brake-light integrado, mas trazia rodas de liga leve com aros de 15” e setas indicadoras de direção com lentes brancas.
Vidros escurecidos e frisos laterais na cor do veículo completavam o pacote visual. O recheio empolgava bem mais que o Gol de quatro anos antes. A edição era equipada com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, banco do motorista com regulagem de altura e alarme.
Patrocinadora das primeiras Olimpíadas disputada no Brasil, a Nissan não perdeu tempo. Em 2016, lançou o March Rio. O compacto produzido em Resende (RJ) teve mil unidades – com numeração na grade frontal – desta série especial olímpica.
A marca dos Jogos Olímpicos do Rio estava na tampa traseira e o nome Rio 2016 aparecia em laranja nas laterais. O mesmo tom estava presente em detalhes nas capas dos espelhos, na grade dianteira e nos para-choques da frente e de trás. O carro também trazia spoiler traseiro, saias laterais e rodas de liga leve com aros de 16”.
Baseado na variante SL, o March Rio era negociado somente com o motor 1.6 16V de 111 cv. Os equipamentos realçavam o custo/benefício da série especial. Ar-condicionado digital, câmera de ré, direção elétrica, central multimídia com GPS, tela sensível ao toque e comandos no volante estavam entre os equipamentos principais.
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Olimpíadas… vish… nem sabia que ia haver… o lixo da globo transmitindo… nao assisto… É UMA FALTA DE RESPEITO AS MORTES DE COVID realizar um evento desse porte com tanta gente aglomerada #passo #globo_vai_ falir
CALA A BOCA
nissan march rio era um fogute