[De carro por aí] O setentão Citroën 2CV

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Por Roberto Nasser
Publicado em 09/02/2018 às 11h25
Atualizado em 12/03/2018 às 22h53
Roberto Nasser Citroën 2CV

Festa maior do antigomobilismo francês, o Rétromobile, de 7 a 11 fevereiro, na referencial Porte Versailles, em Paris, reúne o fino do colecionismo de automóveis antigos. Venda de peças e acessórios para as máquinas, literatura nova e antiga, e marcante leilão tocado pela Artcurial fazem parte. É o maior evento francês da especialidade e uma das referências europeias no setor.

A Citroën aproveitou a ocasião e levou automóveis antigos para assinalar sua presença e, ante ocasião para festejos, lançou duas “iscas” no espaço histórico: dois de seus produtos icônicos têm comemoração neste ano. O mítico 2CV completa 70 anos e sua versão aventureira, o Méhari, meio século. A marca também aproveitou para encetar os festejos para sua festa maior: o centenário, em 2019.

A empresa arrematou com novidade conhecida por poucos: um dos quatro remanescentes do Projeto TPV – trés petite voiture – a origem do 2CV de produção abortada pela Segunda Guerra Mundial.

Em 1948, pós-guerra em uma Europa devastada, a Citroën apresentou o 2CV no Salão de Paris. De aparente surpresa, o curioso veículo logo mostrou seu brilho: era prático, com portas destacáveis, formas arredondadas, pequeno motor de dois cilindros, dianteiro e caixa de marchas comandada por alavanca no painel. Um exemplo de simplicidade genial. Por trás de sua criação, o engenheiro André Lefebvre. Lefebvre é pai de quatro veículos marcantes: o Traction, no Brasil conhecido como 11, e erroneamente tratando-o como Ligeiro; seu genial sucessor ID (e depois DS); o 2CV; o furgão H. Junto com o escultor Flamínio Bertoni, conseguiu criar veículos díspares, porém no pico máximo da utilidade.

Roberto Nasser Citroën 2CV
O setentão Citroën 2CV

O Citroën 2CV era o carro ideal para o pós-guerra: era o carro do agricultor, para levar família e cargas; da professora; do padre… Econômico, fácil de operar e manter, refrigerado a ar, criou um mito, superando 5,1 milhões de unidades vendidas em 42 anos em fabricação (entre 1948 e 1990). Mereceu, até, produção independente na Argentina como 3 cv.

Em 1968, em meio aos protestos de jovens por liberdade numa surpreendida Paris, a Citroën apresentou o Mehari. Era tão inovador em criatividade, materiais, uso e proposta quanto o 2CV. Não era substituto, porém versão com pretensões esportivas. Carroceria em plástico dava-lhe aparência fresca, desinibida, despretensiosa; rompia os parâmetros dos conversíveis da época. Pouco dinheiro para comprar e usar, um jato d´água para lavar, e a característica ímpar de andar à beira-mar sem sofrer oxidação. Sucesso popular.

Arte

Dada a sólida identificação dos automóveis com gerações de franceses, a Citroën encomendou duas obras de arte a Stéphane Gillot, diretor de TV com hobby de reviver o imaginário em torno de objetos industriais do passado, exibindo sua visão sobre o Méhari e o 2CV. A Citroën expôs também no Rétromobile o novo C3 Aircross e incentivou presença de clubes de marca.

ROberto Nasser Citroën 2CV Mehari
Citroën Méhari: um ícone jovem

Roda-a-Roda

Dupla aptidão – A Porsche começou a vender a nova geração de seu Panamera, dita Sport/Turismo.

Três versões: 4E – Hybrid: R$ 529 mil; Turbo: R$ 988 mil; Turbo S E-Hybrid: R$ 1.21 milhões. Observação: híbrido é substancialmente mais barato por não pagar imposto de importação.

Mais – Opção de bancos para dois ou três passageiros atrás; carroceria longa em versão Executive; maior capacidade no porta-malas, tipo viagem familiar com espaço e performance.

Nova rodada – Segunda geração do sedã Honda City implementou visual trocando para-choques, grade frontal e grupo óptico para dar impressão de maior volume ao pequeno sedã.

Foco – Objetivo é mostrar-se mais equipado em relação aos novos concorrentes no segmento, como o Fiat Cronos – a ser lançado dia 21 – e o VW Virtus, entrando em vendas.

Por dentro – Ampliou lista de equipamentos de série: trancas e vidros elétricos, ar-condicionado, direção  elétrica, ar-condicionado digital para as versões superiores, e quatro bolsas de ar frontais. Motorização padrão, quatro cilindros, 1.5 litro, flex, até 116 cv de potência. Transmissões mecânica ou CVT de cinco velocidades.

Quanto – DX, transmissão manual: R$ 60.900; Personal, para clientes com necessidades especiais, CVT: R$ 68.700; LX, CVT: R$ 72.500; EX – CVT: R$ 77.900; EXL – CVT: R$ 83.400.

Roberto Nasser 2CV Honda CIty
Novo Honda City

4×4 automático – Para tornar o EcoSport mais competitivo, a Ford formulou versão Storm com solução exclusiva em sua faixa de preço: tração nas quatro rodas e transmissão automática de seis velocidades. Motor 2.0 Duratec, 176 cv. Suspensão independente nas quatro rodas.

Mais – Atenção para cuidados na decoração: grade frontal identificativa (embora com aspecto camional) e trato interno com couro, revestimento do painel macio ao toque, frisos acetinados, laranja. Preço: R$ 99.900.

NAsser 2CV EcoSport Storm
Storm: a volta do EcoSport 4×4

Trilha – Na Europa nova versão do Ka, aqui apresentada como Freestyle – nome de série especial do EcoSport, transformada em versão –  será chamada Ka+ Active. Será versão mundial, aqui em junho.

Quem comanda – O Fiat Cronos será feito em Córdoba, na Argentina, mas tem engenharia brasileira liderada por Claudio Demaria, o número 1 da área a partir de Betim (MG). O Brasil será seu maior comprador, absorvendo metade da produção.

Projeto – Cristiano Rattazzi, sempre número 1 da Fiat Argentina, tem grandes planos: exportar para o México parte dos 50% restantes da produção do Cronos. Sem o nome Fiat, mas Dodge. Segue o caminho da picape Strada, exportado como RAM 750.

Nasser 2CV Fiat Cronos
Novo Fiat Cronos

Enfim – Volkswagen acertou data de apresentação de sua picape Amarok com motor V6, 3.0, diesel: 23 de março.

Números – Abeifa, associação dos importadores de veículos, exibiu 2.422 unidades licenciadas em janeiro. Na dança das estatísticas, crescimento de 24,5% relativamente aos números do primeiro mês de 2017. Parece bom, porém 27,1% a menos ante dezembro de 2017. Setor mantém o otimismo da venda de 40.000 unidades durante este exercício.

Espelho – Veículos importados deveriam cumprir função institucional de balizar o mercado ao permitir comparação entre produtos estrangeiros e os nacionais. Mas isto não ocorre. Os importados custam mais caro se comparados com nacionais do mesmo porte e, assim, o mercado se restringe aos publicitariamente chamados Premium, os melhor equipados e mais caros.

Surpresa – Curando as feridas causadas pela retração de mercado, a Mitsubishi surpreendeu-se com premiação. Do sítio Reclame Aqui ganhou a láurea RA 1000 como empresa de mais rápido atendimento para sanar reclamações de clientes. É a primeira fabricante de veículos a receber a láurea.

A Sério – A General Motors quadruplicou sua fábrica de motores em Joinville, Santa Catarina. Passou de 15 mil para 61,8 mil metros quadrados de área coberta, ampliando capacidade produtiva de 120 mil para 420 mil motores.

Razão – Catarinenses agradecem novos empregos aos sindicatos do Vale do Paraíba, São Paulo, onde movimentos grevistas convenceram a GM a buscar operação distante, porém sem maiores sustos.

Costumes  – Decisão histórica da Arábia Saudita, que permitiu mulheres a dirigir, abriu novo mercado mundial. A Nissan inaugurou temporada de conquistas com vídeo no qual incentiva mulheres a experimentar condução instruídas por parentes. O vídeo pode ser encontrado em My.Nissan/She-Drives.

Ecologia – No Distrito Federal, dentro de um ano, os lava-jatos não poderão utilizar água na limpeza dos veículos, apenas produtos ecológicos. Medida é a Lei Distrital 6,089/18, já contando prazo.

No Girls – Moças posando junto a carros de Fórmula 1 serão referências do passado. Liberty Media, atual controladora dos direitos da categoria, buscando meios de atrair maior atenção às provas, mudou o sistema.

But Kids – Em seu lugar, jovens pilotos de fórmulas inferiores e karts. Justificativa: divulgar o automobilismo e festejar os melhores pilotos – na cadeia aspiracional à Fórmula 1, pico do automobilismo de competição.

Gente – Charles Marzanasco, jornalista, 25 anos na assessoria de imprensa da Audi, detentor da cultura da marca no Brasil, saiu. OOOO Tim Kunisis, 51, executivo, novo presidente das marcas Maserati e Alfa Romeo. OOOO FCA entende completo o projeto básico de refundação das marcas com novos produtos. OOOO Enfatizará vendas nos EUA e produção SUVs, como o Maserati Levante e o Alfa Stelvio. OOOO

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CLAUDIONOR MATOS 10 de novembro de 2020

Boa tarde Boris ;

Tenho uma dúvida : Tenho um Honda City ano 2010 automático . Ele está com 160.000 km rodado, faço toda manutenção preventiva com peças da melhor qualidade . Gostaria de saber até quando posso rodar com este carro sem ter problema de desgaste do motor e seus componentes ?

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