Dieselgate: justiça francesa investigará Renault
Marca francesa é suspeita por envolvimento na fraude global de emissões
Marca francesa é suspeita por envolvimento na fraude global de emissões
E o dieselgate não para! A Renault é a fabricante da vez envolvida no escândalo de emissões de poluentes. De acordo com o Le Figaro, a montadora está sendo investigada pelas autoridades francesas por ter fraudado resultados de testes realizados em seus veículos – assim como a Volkswagen.
Apurações preliminares indicam que os automóveis emitiam 10 vezes mais óxido de nitrogênio que o permitido pelas leis europeias. Ainda segundo a publicação, a Renault garante que seus modelos estão dentro das especificações.
O grupo Volkswagen é protagonista do Dieselgate – um dos maiores escândalos da história da indústria automobilística – por ter fraudado as emissões de produtos tóxicos na atmosfera em 11 milhões de veículos. Em 18 de setembro de 2015, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) emitiu uma notificação de violação para o Grupo Volkswagen. O órgão havia descoberto, através de análises feitas pela Universidade de West Virginia, que a montadora vinha forjando os resultados de testes de emissão de veículos, para mascarar os verdadeiros números. O caso passou a ser conhecido como dieselgate, um termo cunhado pela imprensa norte-americana.
Segundo a EPA, veículos da Volkswagen movidos a diesel eram fabricados com um software que detectava se os automóveis estavam sendo testados. Quando isso ocorria, o dispositivo intervia no funcionamento do motor de forma a diminuir a quantidade de poluentes emitidos. Durante o uso comum, no entanto, os modelos liberavam químicos no ar em quantidades proibidas pela legislação norte-americana.
Entre as substâncias emitidas, os óxidos de nitrogênio (NOx) eram os maiores excedentes. Em alguns modelos, o químico ultrapassava o limite legal em até 40 vezes.
As investigações da EPA, em conjunto com informações fornecidas pelo Grupo Volkswagen, revelaram que o software estava presente em todos os veículos 2.0 e 3.0 movidos a diesel fabricados entre 2009 e 2015. A irregularidade envolvia modelos das marcas Volkswagen, Porsche, Audi, SEAT e Škoda controladas pelo grupo. Calcula-se que até 11 milhões de veículos tenham sido afetados no mundo.
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