Direção elétrica: veja os pontos positivos e onde tomar cuidado
Hoje a direção elétrica se tornou um padrão na indústria, mas ela também exige sua dose de cuidados e pode apresentar problemas
Hoje a direção elétrica se tornou um padrão na indústria, mas ela também exige sua dose de cuidados e pode apresentar problemas
Hoje a direção com assistência elétrica é o padrão da indústria automotivo. Apenas alguns carros com projeto mais antigo e carros esportivos ainda trazem a direção hidráulica.
Esse sistema utiliza um motor elétrico para aliviar o peso da direção no lugar da bomba hidráulica. Ele é mais simples e permite uma amplitude maior de regulagens, podendo ser extremamente leve em manobras.
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O motivo dessa popularização da assistência elétrica nem é tanto pela comodidade. Como ela não usa a força do motor para aliviar o peso da direção, há uma redução no consumo e nas emissões.
A direção hidráulica estreou no Brasil em 1967 com o Ford Galaxie. Esse sistema utiliza uma bomba hidráulica para aliviar o esforço necessário para esterçar o carro. Essa bom é tocada por uma correia ligada ao motor, “roubando” um pouco da força dele.
A assistência elétrica é, basicamente, um motor elétrico que faz esse serviço de aliviar o esforço. Ela tem a vantagem de ser mais compacta, sobrando espaço no cofre do motor para outros acessórios. Por não precisar de um fluído hidráulico, não é preciso ter a preocupação com vazamentos e trocas do óleo do sistema.
Sobre o peso da direção, isso depende muito do acerto feito pelo fabricante. Existem carros com assistência hidráulica levíssima enquanto outros oferecem a elétrica e têm acionamento mais pesado.
A direção elétrica pode ter regulagens distintas para diferentes de modos de condução, podendo ser mais pesada em um modo esportivo ou mais leve em um voltado para o conforto. O Fiat Stilo, por exemplo, possui o botão “City” que a deixa mais leve em baixas velocidades.
A Renault adotou em sua linha nacional, com exceção do Kwid e da nova geração do Duster, a assistência eletrohidráulica. Ela mantém a bomba hidráulica para aliviar o peso, mas no lugar de usar a força do motor ela usa um motor elétrico para ser acionado.
Por isso, o feedback da direção lembra mais o da hidráulica, mas sem ter a potência “roubada” do propulsor. O lado negativo fica por conta de ainda ser preciso preocupar com o fluído do sistema. O Ford Focus de segunda geração e os Chevrolet Astra e Zafira também usaram esse sistema. Na dupla da GM ele foi trocado pela hidráulica tradicional após um tempo.
Uma desvantagem da direção com assistência elétrica é ser menos direta na hora de avisar que está com problema ou que vai dar um. Na hidráulica é possível notar antecipadamente com vazamentos e barulhos.
Mesmo assim, ainda é possível detectar um problema na assistência elétrica antes que o pior aconteça. O mais fácil de detectar são os estalos e ruídos gerados ao esterçar, vindo da região do painel. Isso pode indicar desgaste em algum componente do sistema de direção, mas não é exclusivo desse tipo de assistência.
Trepidações ao esterçar, principalmente em baixas velocidades, são outros sintomas de problemas gerados por desgaste no sistema de direção.
A sujeira pode causar problemas diretamente no motor elétrico que alivia o peso da direção. Isso pode até fazer que o motor queime, tirando toda a assistência e deixando o volante duro.
Outros problemas na parte elétrica do carro podem afetar a assistência da direção. Quando isso ocorre, a direção também fica pesada.
Não existem cuidados preventivos relacionados diretamente à direção elétrica. Os cuidados com alinhamento e evitar buracos são universais e ajudam na longevidade desse sistema e também do conjunto de suspensão.
Entretanto, mexer na parte elétrica do veículo pode criar um risco para a direção. Quando for instalar um sistema de som mais potente ou algum acessório, leve o carro em um eletricista confiável e que não faça gambiarras. Também é importante respeitar as capacidades do sistema elétrico do veículo.
Hoje em dia, praticamente todos os carros zero-km trazem direção com assistência elétrica, é mais fácil citar quais não tem. Essas exceções são os Fiat com motor Fire (Mobi, Strada 1.4 e Fiorino), o Peugeot Partner Rapid, os Renault Sandero, Logan, Oroch e Captur, a Volkswagen Saveiro e as picapes médias Toyota Hilux, Nissan Frontier e Mitsubishi L200.
Se você está atrás de um carro usado e exige a direção elétrica, existem algumas boas opções no mercado: Honda Fit, Citroën C3, Fiat Stilo, Toyota Corolla (a partir de 2008), Honda Civic Si e Kia Soul trazem esse tipo de assistência.
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