Teste: Renault Duster CVT 1.6 16V Dynamique
Além da transmissão automática, Renault Duster CVT agregou itens de segurança; SUV mantém atributos e defeitos na linha 2018
Além da transmissão automática, Renault Duster CVT agregou itens de segurança; SUV mantém atributos e defeitos na linha 2018
As novidades da linha 2018 do modelo são o câmbio automático do tipo CVT, controle de estabilidade e tração, e o assistente de partida em rampa. Esses itens deixam o carro mais confortável e seguro. A grande altura do solo é um dos atributos do Duster CVT para trafegar em caminhos ruins sem cerimônia. Entretanto, a falta desse controle limita as aventuras. Assim, é possível encarar estradas enlameadas sem receio de ficar pelo caminho. Os bons ângulos de ataque (30 graus) e de saída (34,5) são um convite para incrementar o passeio.
O conjunto motor/propulsor vem da Nissan: motor 1.6 de segunda geração com comando variável na admissão e no escape. O câmbio é o CVT de infinitas relações de transmissão, com opção de troca manual sequencial movimentando-se a alavanca para frente ou para trás. Seis marchas foram marcadas para quem não resiste em trocá-las. O desempenho é razoável para um carro de 1.240 kg impulsionado pelo motor 1.6 que usa corrente em vez de correia dentada, o que é muito bom por evitar ida à oficina.
O CVT funciona assim: uma correia metálica liga duas polias com sulco em forma de V e largura variável. A engrenagem primária recebe o torque do motor e a secundária o transmite ao diferencial. Cada polia tem dois cones que se afastam ou se aproximam por meio de um sistema hidráulico, aumentando ou diminuindo a largura do canal por onde passa a correia. Isso aumenta ou diminui a velocidade do carro. A aceleração é contínua, sem trancos, dando a impressão de que as marchas nunca são trocadas.
Como se trata de um carro com grande altura do solo (21 cm) o fabricante adverte no adesivo fixado no parassol sobre o risco de capotagem em curva e manobras bruscas. O manual do proprietário enfatiza bem essa observação para preservar a integridade física dos ocupantes. O Duster CVT exige comportamento familiar ao volante. O câmbio retarda um pouco a resposta ao comando do acelerador. Não tem imediatismo. Até a metade do acelerador o conjunto é silencioso, mas barulhento com o acelerador totalmente pressionado. Desempenho piora sensivelmente com ar-condicionado ligado. Para arrancar em aclive, o assistente de partida em rampa mantém o carro parado por alguns instantes.
Espaço interno e porta-malas avantajados são o melhor do Duster. Além disso, tem calibragem da suspensão excelente ao filtrar muito bem as imperfeições do solo para o habitáculo. Pneus de perfil mais alto (65) ajudam muito. Entrar e sair do carro não exige contorcionismo. Acabamento interno é simples com plástico duro no painel central e forrações de porta. Coluna de direção tem apenas regulagem de altura e ao destravá-la desce bruscamente até o ponto mais baixo por falta de amortecimento. Fabricante precisa corrigir essa mancada. A assistência eletro-hidráulica exige mais manutenção, tira potência do motor e é pesada em manobras. Volante forrado com material liso provoca deslize acidental, mas tem ótima pega. É boa a posição de dirigir, com regulagem de altura do banco, apesar de a perna do motorista esbarrar na caixa do alto-falante, onde também ficam comandos elétricos de vidros e retrovisores.
O Duster CVT se divide entre o moderno e o antigo. O tanquinho de partida a frio ainda está presente. É preciso mantê-lo abastecido para evitar trincas. Apesar do bom espaço interno, o assento central traseiro tem apenas cinto abdominal. Avareza em carro de quase R$ 80 mil e que acomoda três adultos atrás. Ainda bem que o apoio de cabeça está lá. A palheta do limpador de para-brisa é simples e pouco eficiente em chuva forte, e o ruído do motorzinho incomoda. Assentos curtos não apoiam totalmente as pernas.
A simplicidade do projeto está na fixação aparente do capô à carroceria, nas folgas mais largas entre a carroceria e partes móveis. O Duster é projeto de baixo custo, mas bem equipado. A versão Dynamique é topo de linha. O único opcional é forração dos bancos em couro sintético e natural bicolor. Impressiona e enriquece o interior. Porém, não permite transpiração. Vidros elétricos com um toque para subir e descer em todas as portas, sistema multimídia com rádio, telefone, GPS e modo de direção driving Eco, que tira força do motor para consumir menos. Controle de velocidade é o único comando no volante, facilitando a ergonomia. Freios são suficientes e faróis iluminam muito bem.
O Duster tem lá seus problemas, mas qualidades superam deslizes. Não por acaso figura entre os SUVs mais vendidos este ano no mercado nacional. O visual mais rústico e masculino agrada. E tem comprimento equivalente ao do hatch médio Ford Focus. Manobra bem em espaço apertado com diâmetro de giro de carro menor: 10,7 metros. O preço sugerido do Duster CVT Dynamique é de R$ 75.990 e com forração em couro bicolor natural e sintético, de R$ 77.690. A garantia é de três anos.
Motor: quatro cilindros em linha, 1.597 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, 120 cv (álcool)/118 cv (gasolina) a 5.500 rpm e torque de 16,2 kgfm (a/g) a 4.000 rpm
Transmissão: tração dianteira e câmbio CVT de infinitas relações
Direção: tipo pinhão e cremalheira com assistência eletro-hidráulica
Freios: disco ventilado na dianteira e tambor na traseira; ESP (controle de estabilidade) e HSA (assistente de partida em rampa)
Suspensão: dianteira, independente, do tipo McPherson; traseira, eixo de torção e barra estabilizadora
Rodas/pneus: 6×16” de liga leve /215/65R16
Peso: 1.240 kg
Carga útil (passageiros+ bagagem): 500 kg
Dimensões: 4,32 m de comprimento; 1,82 m de largura; 1,68 m de altura e 2,67 m de entre-eixos
Altura do solo: 21 cm; ângulos de ataque/saída, 30°/34,5°
Porta-malas: 475 litros
Tanque de combustível: 50 litros
Velocidade máxima: não informado
Consumo (km/l): cidade – 7,1 (a) e 10,3 (g); estrada, 7,9 (a) e 10,8 (g)
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tenho uma Duste Go pro 2019/2020, muito satisfeito em todos os aspectos. CVT e motor nao deixam na mão em aclives, inclusive fiz as trilhas de Cambará do Sul no cascalho e muito bem, controle de estabilidade funcionando.
Fiz varias medias, de Londrina a Curitiba na gasolina fez 13,7 andando até 120, subindo a serra com congestionamento fez 11, minha surpresa foi de Curitiba até Londrina, estava bem tranquilo e não passei de 110 fez 15 por litro, até perguntei pro frentista se tinha enchido mesmo, com ar ligado e 4 adultos e bagagem. Na cidade que está meu problema, vou ver se melhora agora pois ficou em 6,0 no álcool e não chegou 8 na gasolina.
EU TINHA O NOVO POLO 1,6 ANDAVA MUITO BEM TROQUEI NO DUSTER 1.6 MOTOR SCE CARRO ANDA MUITO E ECONOMICO TO SUPER SATISFEITO
Subo a serra da BR 101 perto de Curitiba com um Logan 1.6 carregado 4 pessoas e malas ar ligado andando bem. Esse motor é excelente. Anda bem e é econômico.
Tenho um Captur 2.0 at… e o desempenho e bom…
Otimo motor… e não falta força em momento algum..
Assim nao preciso forçar o carro… o consumo na estrada e similar a um 1.6… e muito gostoso de dirigir…
Mecânica confiável… manutenção barata… nao falta peças… e seguro mais em conta…
Estou querendo comprar esta Duster 1.6 CVT também mas tenho receio em relação ao desempenho pois irei viajar na Rodovia e irei precisar fazer ultrapassagens de caminhões grandes constantemente pois aqui no meu Estado as rodovias são só de 1 faixa
Tenho um Duster 1.6 Dakar, excelente veículo, encara todo tipo de terreno sem cerimônia, desde estrada de terra até asfalto liso. O meu faz na estrada 14.5km/l na gasolina e no álcool 11.5km/l, na cidade faz na gasolina 10km/l e no álcool 7.5km/l. O motor 1.6 empurra bem o carro se vc levar em consideração que raramente estará com bagagem e 4 pessoas a bordo, no dia a dia isso não acontece e quando necessita do carro carregado geralmente é em estrada, onde o motor por ser 16v responde bem em alta, só não deixar a rotação cair. Viajo muito com ele e me atende perfeitamente. O peso de um Fiat Punto 1.6 é 1210kg, a relação peso/potencia está dentro da média, tendo em vista que o principal objetivo do carro não é desempenho. Aconselho muito a compra.
Comprei essa versão. Estou satisfeito
Boa tarde Euclides, Estou interessado na Duster, o motor 16 com o cämbio CVT est[a se comportando bem? Seu que o 1.6 é um pouco frato para todo o peso, mas gostaria de mais informações referente a sua experiência com o carro.
Os defeitos de desempenho do Duster automático 1.6 CVT se resolveriam se na versão 2.0 automática mudassem o câmbio automático de 4 para 6 marchas. Parece que a Renault está a fim de detonar o seu próprio carro SUV colocando um motor 1.6 120CV fraco em um carro pesado (considerando 4 pessoas e malas dentro do carro)
Experimenta subir uma serra com 4 pessoas no carro e malas ou 2 pessoas com malas usando a versao 1.6 para passar raiva.
Amigo, você já realizou o percurso proposto? Eu realizei não com 4 e sim 5 pessoas, foi extremamente tranquilo, fiquei até na duvida se estava realmente andando num 1.6 ou 2.0. (Detalhe não tenho uma duster nem sou defensor do carro…)
Fiz o teste e a minha 2018/2019 CVT foi muito bem, e olha que estávamos em 4 adultos de peso mais bagagem.