Fiat Toro Freedom 1.8 16V AT6 2019 x Toyota Hilux SR 2.7 16V 2017
Duelo de picapes da Fiat e da Toyota põe frente a frente o arrojo da Toro e a robustez da Hilux; qual leva a melhor?
Duelo de picapes da Fiat e da Toyota põe frente a frente o arrojo da Toro e a robustez da Hilux; qual leva a melhor?
A Toro foi a cartada certa da Fiat para ficar no meio-termo entre as picapes compactas e médias. O modelo vende bem – é a picape mais comercializada do país – e se destaca pela dirigibilidade, boa capacidade de carga e pela melhor facilidade para lidar com o trânsito urbano. Na versão flex, a Toro Freedom, tem bom custo-benefício. Pelo mesmo preço, é possível levar a Toyota Hilux, ícone dos picapeiros, com menos de dois anos de uso, maior, mais potente e com boa liquidez no mercado. Ambas estão na faixa entre R$ 100 mil e R$ 105 mil.
Toro | Hilux |
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3 ★★★☆☆ | 4 ★★★★☆ |
Com o motor flex de 139/135 cv a Toro Freedom tem um desempenho que não decepciona, mas também não empolga. As arrancadas são um pouco morosas. Pelo menos, o 1.8 E.torQ começa a despertar próximo das 3.500 rpm, o que beneficia a performance em velocidades médias e na estrada. O problema maior parece estar no câmbio automático de seis marchas e em sua calibração para mover um veículo com 1.619 kg. As mudanças são um tanto vacilantes, principalmente em situações de retomada, quando o propulsor mostra vontade, mas a caixa segura demais os giros.
Na Hilux é justamente o câmbio automático de seis velocidades – que chegou junto com a oitava geração, em 2015 – que deixa a picape da Toyota mais desenvolta. As mudanças são ágeis e suaves, o que beneficia as saídas de semáforo e, principalmente, as retomadas. Mesmo trabalhando melhor em altos giros, basta pisar que a transmissão encaixa logo a marcha correta e o motor 2.7 16V proporciona ultrapassagens certeiras. Na rodovia, porém, é preciso pé mais fundo para chegar à máxima permitida de 110 km/h. Vale por na opção Sport da caixa, enquanto a Eco segura demais o desempenho do modelo.
Toro | Hilux |
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4 ★★★★☆ | 4 ★★★★☆ |
A Toro usa como base parte da plataforma do Jeep Renegade, o que explica o bom comportamento dinâmico do modelo. Com caçamba cheia ou vazia, nem parece que se está a bordo de uma picape, tamanho o equilíbrio da carroceria. Nos testes do Latin NCAP, a Toro levou quatro estrelas em um máximo de cinco na proteção para adultos e crianças.
Além disso, a Toroo Freedom sai de fábrica com equipamentos interessantes, como controles de estabilidade e tração, assistente à partida em rampas, câmera e sensores de ré e Isofix. Para ter airbags laterais, de cabeça e para joelho do condutor é preciso pagar R$ 6.390 a mais no Pack Safety opcional, que soma bancos de couro.
A picape da Toyota é maior e levemente mais desengonçada nas curvas, como a maioria dos modelos médios. Mas nada que assuste e o acerto da carroceria é uma clara evolução desta geração em relação à anterior.
Além disso, a Hilux gabaritou no Latin NCAP e conquistou a máxima pontuação de cinco estrelas na proteção a adultos e infantil. Em itens de série, a SR fica devendo controles de estabilidade, assistente à subida e mais airbags. Só recebe as bolsas obrigatórias frontais, além de câmera de ré, ajuste de altura dos faróis e Isofix.
Toro | Hilux |
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3 ★★★☆☆ | 3 ★★★☆☆ |
A Fiat Toro tem o porte que as antigas médias ostentavam. Desta forma, oferece espaço satisfatório para pernas, ombros e joelhos do motorista e do carona. A posição de dirigir agrada bastante, o volante tem boa pegada e a ergonomia é funcional. Atrás, dois adultos e uma criança conseguem viajar, mas o vão para joelhos e pernas é bem no limite. A direção elétrica é suave para manobras e a suspensão independente multibraço é um dos destaques ao absorver bem as irregularidades da pista sem fazer a cabine quicar que nem uma gelatina. O isolamento acústico é falho, mas o acabamento é correto a maior parte do tempo.
Na Hilux o espaço é mais generoso e os ocupantes têm folgas para pernas. É possível levar três adultos normais no banco traseiro, mas o encosto continua muito vertical e os joelhos ficam ligeiramente articulados, o que pode cansar em longas viagens. Com eixo rígido e feixe de molas no jogo traseiro, a cabine sacoleja um pouco nos buracos, mas nada que se compare à geração anterior da Hilux.
Um porém é a ausência de estribo, o que dificulta a entrada na cabine – são 22 cm de altura do solo. O isolamento acústico é bom, mas o acabamento da SR é simples demais e o painel de plástico rígido com “costuras”, totalmente dispensável.
Toro | Hilux |
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4 ★★★★☆ | 2 ★★☆☆☆ |
A Toro Freedom, apesar de ser uma das versões mais em conta, recebe ar automático bizona, direção elétrica, trio, sistema start-stop, trocas de marcha sequenciais nas aletas atrás do volante – este com ajustes de altura e de profundidade -, controle de cruzeiro, computador de bordo, banco traseiro rebatível e bipartido, banco do motorista com regulagem de altura, rodas de liga leve aro 16” e faróis de neblina. A central multimídia Uconnect decepciona com a minúscula telinha de 5” (outras versões já receberam a de 8”) e reúne GPS, comandos de voz Bluetooth e entrada USB.
A versão de entrada SR da Hilux mira muito frotistas e é bem carente nesse sentido. É vendida com ar digital – mas convencional -, direção hidráulica, trio, ajustes de altura e de profundidade do volante, regulagem de altura do banco do motorista, rodas de liga leve aro 17”, faróis de neblina, porta-luvas climatizado e computador de bordo – encosto traseiro é rebatível, mas não bipartido. A central multimídia destoa do desenho do painel, mas é de fácil visualização, com tela de 7”, TV digital, reprodutor de DVD, GPS, entrada USB, Bluetooth e comandos no volante.
Toro | Hilux |
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2 ★★☆☆☆ | 3 ★★★☆☆ |
Pela Fipe, a Toro Freedom tem perda forte de 10,7% após um ano e não chega a ser uma picape difícil de vender. Lançada em 2015, ainda deve demorar a passar por alguma reestilização. A Hilux teve essa geração lançada também em 2015, mas que passou por mudanças discretas na linha 2019 – pelo menos, a versão SR ficou de fora do face-lift. Além disso, já tem desvalorização bem reduzida, de 4,3%, e sua liquidez é boa.
Toro | Hilux |
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3 ★★★☆☆ | 2 ★★☆☆☆ |
Jogo com 2 amortecedores traseiros: R$ 746,26; jogo com 4 pastilhas de freio dianteiro: R$ 457,53; bomba de combustível: R$ 1.202,90; corrente: R$ 238,22; farol dianteiro direito: R$ 632,85; lanterna traseira esquerda: R$ 650,42; retrovisor externo esquerdo: R$ 1.600,67.
Revisão | Preço |
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10.000 km | R$ 368 |
20.000 km | R$ 672 |
30.000 km | R$ 640 |
40.000 km | R$ 836 |
50.000 km | R$ 700 |
60.000 km | R$ 1.268 |
Jogo com 2 amortecedores traseiros: R$ 1.140; jogo com 4 pastilhas de freio dianteiro: R$ 525; bomba de combustível : R$ 694,58; correia dentada: R$ 604,74; farol dianteiro direito (conjunto): R$ 2.300,76; lanterna traseira esquerda: R$ 674,70; retrovisor externo esquerdo: R$ 146,09.
Revisão | Preço |
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10.000 km: R$ 350,89 | |
20.000 km: R$ 738 | |
30.000 km: R$ 633 | |
40.000 km: R$ 1.422 | |
50.000 km: R$ 633 | |
60.000 km: R$ 1.284 |
Toro | Hilux |
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2 ★★☆☆☆ | 1 ★☆☆☆☆ |
Toro Freedom 1.8 16V AT6 flex | Médias de consumo |
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Etanol cidade | 6,4 km/l |
Etanol estrada | 7,8 km/l |
Gasolina cidade | 9,5 km/l |
Gasolina estrada | 11,2 km/l |
Nota categoria | A |
Nota geral | C |
Selo de eficiência energética | Não |
Hilux SR 2.7 16V AT 4×2 flex | Médias de consumo |
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Etanol cidade | 4,8 km/l |
Etanol estrada | 5,6 km/l |
Gasolina cidade | 6,9 km/l |
Gasolina estrada | 8,1 km/l |
Nota categoria | C |
Nota geral | E |
Selo de eficiência energética | Não |
Toro | Hilux |
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2 ★★☆☆☆ | 4 ★★★★☆ |
A Toro Freedom tem caçamba com 820 litros e 650 kg de capacidade de carga. Em ímpeto off-road, a picape da Fiat tem 25,7 graus de ângulo de ataque, 28,3 de saída e 20,2 cm de vão livre do solo. Na Hilux são 1.030 litros e 850 kg de carga útil. Além de ângulo de ataque de 30 graus, de saída de 23 graus e 22,2 cm de distância do chão.
Toro | Hilux |
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23 | 23 |
O empate é justo pelas propostas bem distintas das picapes. A Toro Freedom é aquele veículo para picapeiro urbano, que não abre mão da carroceria, mas quer um modelo com desempenho suficiente para o trânsito da cidade, bem recheado, com boa mobilidade no dia dia e que permita escapadas no fim de semana com conforto e dirigibilidade.
A Hilux agrega robustez e é mais voltada para quem precisa mesmo de picape para o trabalho ou vai usá-la basicamente em estrada de terra. Tem ótima capacidade de carga, motor voluntarioso e caçamba generosa.
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S10 2.8 diesel infinitamente superior em todos os sentidos e Ranger 2.2 concordo
Infinitamente melhor é uma Ranger 2.2 automática!!
Melhor há Hilux usada em todos os sentidos