Volkswagen faz última homenagem ao Fusca; relembre fatos curiosos sobre o ícone
Depois de encerrar a produção do modelo e confirmar que não há planos para reinventá-lo, marca lança vídeo de despedida
Depois de encerrar a produção do modelo e confirmar que não há planos para reinventá-lo, marca lança vídeo de despedida
Um ano depois de anunciar oficialmente o fim da produção do Fusca, a Volkswagen desenvolveu uma última homenagem ao ícone. O carro que fez história pelo mundo teve sua trajetória octogenária narrada em um curta-metragem intitulado “The Last Mile” (O Último Quilômetro).
Produzido pela agência Johannes Leonardo, o filme de animação detalha a história de um garoto cujos principais eventos da vida – desde a infância até a idade avançada – são modelados e influenciados pela presença de um Fusca.
Os fãs do clássico podem reconhecer detalhes de campanhas publicitárias passadas, bem como referências da cultura pop, como participações especiais do personagem de Kevin Bacon em Footloose e do artista Andy Warhol.
Uma versão de “Let it Be”, executada pelo Pro Musica Youth Chorus, serve como trilha sonora da animação.
O filme em homenagem ao Fusca termina com uma piscadela não tão sutil e acena para o futuro eletrificado da Volkswagen.
“O Fusca é facilmente um dos carros mais reconhecidos da história dos automóveis”, disse Saad Chehab, vice-presidente sênior de marketing da marca Volkswagen. “Honrá-lo adequadamente exigia um meio com tanta versatilidade e apelo universal quanto o próprio carro”, completou.
O Fusca foi encomendado por Adolf Hitler, antes da Segunda Guerra Mundial, em 1938. A ideia era que o modelo fosse o “carro do povo” alemão.
Em 1950, o besouro começou a ser importado para o Brasil. Já a produção nacional do veículo começou em 1959.
Além dos recordistas 81 anos de produção, o modelo conquistou o maior número de unidades vendidas da história.
A última unidade do Fusca foi produzida na planta da Volkswagen em Puebla, no México, em julho de 2019.
O Beetle deixou de ser vendido no Brasil em 2017. Esse último modelo foi lançado em 2011, sendo a terceira geração do “besouro”.
Em entrevista aos jornalistas do Motor Trend, o CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, afirmou categoricamente que a marca não tem planos de reinventar o Fusca.
Ao contrário do que já foi noticiado, o clássico de grande apelo emocional não ganhará uma versão elétrica.
Ainda segundo o executivo, a fabricante não pode cobrir seu portfólio histórico com carros elétricos – e não vai fazê-lo. A declaração tirou também a esperança de uma nova geração movida a combustão ou uma releitura híbrida do Fusca.
O Fusca ganhou a opção de teto solar em 1965 – e foi o primeiro nacional a oferecer esse item.
A escotilha era feita de chapa, e não de vidro, como atualmente, e tinha acionamento manual. A Volkswagen estava confiante nesse equipamento, que julgava ter tudo a ver com clima tropical do Brasil. Mas o tiro saiu pela culatra, pois o modelo passou a ser conhecido como Cornowagen.
Segundo o Best Cars, o apelido teria sido convenientemente criado pelo então gerente de marketing da Ford, John Garner, que rapidamente conseguiu espalhá-lo. Foi o bastante para fazer as vendas do Fusca minguarem.
O “besouro” pertence aos primórdios da indústria automobilística brasileira. Porém, não foi o primeiro veículo que a Volkswagen nacionalizou. Em setembro de 1957, a empresa já montava a Kombi com a maioria dos componentes fabricados no país.
Não que o Volkswagen Fusca tenha tido vida curta, mas um de seus derivados sobreviveu por ainda mais tempo. O veículo em questão é a Kombi, que só saiu de linha em 2013.
Àquela altura, o Brasil era o único país que ainda a fabricava. O monovolume mantinha várias características comuns ao carro que lhe deu origem, entre as quais a distância entre-eixos (2,4 metros) e o motor traseiro.
Porém, é verdade que, no fim de 2005, um grande elo entre os dois modelos se rompeu: o motor boxer a ar usado também no Fusca foi substituído por um quatro cilindros em linha com refrigeração líquida.
A loja americana de carros clássicos Hyman está oferecendo um exemplar muito especial do Fusca. Especial o suficiente para custar quase meio milhão de reais.
A unidade é de 1949, quando a primeira geração do “carro do povo” foi importada para os Estados Unidos.
Como narra a descrição do produto no site da loja, o Fusca passou por uma restauração recente que buscou se manter fiel às especificações da época em que foi fabricado.
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Sempre amei o Fusca, tive dois durante minha vida, e só desisti depois do segundo ser roubado (Era Itamar). O corretor de seguros me disse que nenhuma seguradora aceitava o Fusca! Se pudesse, ainda teria um! Amor eterno!
Muito útil o carro.