Financiamento de carro usado: dá pra parcelar um particular
No momento da aquisição de um usado, o comprador pode financiar o automóvel mesmo comprando diretamente de outra pessoa
No momento da aquisição de um usado, o comprador pode financiar o automóvel mesmo comprando diretamente de outra pessoa
Os carros usados estão sendo cada vez mais cogitados pela população. Em tempos que o carro novo mais barato do Brasil custa mais de R$ 60 mil, os seminovos passam a ter maior procura.
Mas, mesmo optando por um usado que seja mais em conta, nem sempre o interessado tem todo o dinheiro para a aquisição. Assim, ao invés de procurar um carro “particular”, ele recorre a uma agência de usados, pela facilidade de financiar. Entretanto, é possível fazer o financiamento de um carro usado mesmo que não seja de uma loja, mas de uma pessoa física.
Este tipo de empréstimo financeiro é feito por bancos e agências especializadas que avaliam a situação do cliente e oferecem crédito para o solicitante. Esse modelo é conhecido como Crédito Direto ao Consumidor (CDC), em que a taxa de juros varia de acordo como o valor do bem a ser financiado. Ou seja, quanto velho for o carro, maior será a taxa de juros para cobrir um possível calote.
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Para o financiamento de carro usado, são comuns os seguintes passos:
O primeiro passo para o interessado é procurar uma instituição financeira. Por meio desta, o consumidor irá prosseguir com todos os passos para obter o crédito para comprar o automóvel de outra pessoa.
É importante saber escolher bem a agência. Segundo o Diretor Superintendente da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras e dos Bancos das Montadoras), Flavio Croppo, “os interessados numa transação entre particulares, nunca devem se dirigir a um banco de montadora, pois este estará predominantemente voltado para o financiamento de veículos novos de sua marca. Nem aos que têm como origem um concessionário da própria marca.”
Procurar agências financeiras que não tenham esses vínculos particulares ampliam as opções do comprador.
A instituição solicitará documentação para fazer a avaliação de crédito do cliente. É comum que sejam solicitados documentos como RG, CPF, comprovante de residência, comprovante de renda, Documento Único de Transferência do veículo (DUT), o nada consta do DETRAN, para comprovar a regularidade do IPVA, multas e seguro obrigatório.
Por fim, a financeira avalia o perfil do cliente, e, se aprovado, define o valor e a forma de pagamento do financiamento destinado a compra do usado particular.
Além de procurar uma financeira e conseguir o crédito, o interessado na compra de um usado deve ficar atento às condições legais do automóvel.
O AutoPapo já tem uma matéria sobre dicas para avaliar o estado de conservação do carro. As recomendações a seguir servem para “puxar a ficha” do veículo usado
Verificar o preço costuma ser a primeira ação do comprador. A Tabela FIPE reúne os preços médios de veículos anunciados pelos vendedores no mercado nacional, o que pode ajudar a definir um parâmetro para as negociações.
Saber quanto custa, segundo a tabela, o automóvel pode ser útil para não ser passado para trás, pagando um valor acima do mercado. A consulta também é um parâmetro para desconfiar de um valor muito abaixo da média praticada pelo mercado, o que pode indicar tentativa de golpe.
Por meio da consulta destes dados inalteráveis é possível saber sobre possíveis pendências e multas do automóvel, além de alguns outros dados básicos. Acionar alguma agência de consulta veicular é uma saída para saber todos os detalhes e histórico do veículo, já que alguns dados são confidenciais a consulta popular.
Um golpe muito comum na hora da compra de carros usados é a exigência de um pagamento antecipado para fechar o negócio. Os golpistas podem, inclusive, emitir boletos falsos. O ideal é pagar apenas após a assinatura do contrato de compra.
O fundador e CEO da Dryve, fintech de financiamento digital de automóvel, Daniel Abbud, reforça:
Acompanhe o canal do AutoPapo no YouTube e ouça a dica do Boris sobre a falha do Inmetro em não exigir o Treadwear no Spotify ou em outras plataformas de streaming.“No momento de adquirir um veículo, as opções vão além das concessionárias. É possível também comprar um seminovo ou usado de outra pessoa física. Mas, esse processo que pode ser simples entre parentes, amigos ou vizinhos, ganha um tom maior de preocupação ao ser feito com desconhecidos. Neste caso, é importante que o interessado tome algumas precauções para evitar cair em um mau negócio”.
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