Fusão entre Renault e FCA: concessionárias são notificadas
Rede autorizada do grupo ítalo-americano na Argentina já recebeu carta sobre a possibilidade de união com os franceses
Rede autorizada do grupo ítalo-americano na Argentina já recebeu carta sobre a possibilidade de união com os franceses
As próximas notícias da fusão entre Renault e FCA (Fiat-Chrysler Automobiles) só serão divulgadas na semana que vem. Porém, os concessionários do grupo ítalo-americano localizados na Argentina já receberam uma notificação sobre a transação. A carta endereçada à rede autorizada foi reproduzida na íntegra pelo Argentina Autoblog.
O documento, porém, não revela detalhe algum sobre a fusão entre Renault e FCA. O texto explica apenas que as negociações estão em andamento, mas ainda em fase inicial. A carta destaca que, por enquanto, nada muda na rede assistencial da marca italiana.
Esse, aliás, parece ser o maior objetivo da notificação: tranquilizar os concessionários, como destacou o Argentina Autoblog. No país, vizinho, assim como no Brasil, Fiat e Renault têm grande participação no mercado. Porém, vêm adotado estratégias comerciais distintas até o momento.
A proposta de união entre os dois grupos empresariais partiu dos italianos. Eles sugerem que, se a fusão se concretizar, dará origem à terceira maior fabricante do setor, com uma produção anual de 8,7 milhões de automóveis. Ademais, englobaria praticamente todos os segmentos, desde modelos de entrada, graças às marcas Dacia e Lada, até superesportivos com as grifes Maserati e Alfa Romeo, além de veículos comerciais.
A proposta prevê a criação de uma nova empresa. Após a fusão, o controle acionário seria igualitário: 50% para a FCA e 50% para a Renault. O conselho da marca francesa já estaria efetuando reuniões para avaliar a nova parceria. Na próxima semana, será anunciada uma resposta. Caso a proposição seja aceita, será assinado um acordo não-vinculante, para inciar o processo de união.
A Renault já anunciou algumas condições para aceitar a fusão com a FCA. Entre elas, está a manutenção de empregos na França, exigida pela legislação do país. Outra exigência é que o governo francês, que detém 15% das ações da marca, tenha posição privilegiada no conselho da nova empresa. Por fim, a multinacional sediada em Boulogne-Billancourt quer encabeçar o desenvolvimento de tecnologias elétricas de propulsão.
Há ainda mais uma condição: a Renault quer que suas parceiras Nissan e Mitsubishi sejam incluídas na fusão. Esse, inclusive, é um dos pontos mais nebulosos do negócio. Isso porque existe a possibilidade tanto de o acordo envolver as marcas japonesas quanto de excluí-las. Provavelmente, na semana que vem, essa questão deverá ficar mais clara.
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