Higienização automotiva: guia completo para lavar o carro
Confira nosso guia completo para lavar o carro, desde os cuidados com a pintura até as técnicas e produtos adequados para se aplicar no interior
Confira nosso guia completo para lavar o carro, desde os cuidados com a pintura até as técnicas e produtos adequados para se aplicar no interior
A higienização automotiva é fundamental por diversas razões. Em primeiro lugar, deixar que resíduos e sujeira se acumule no interior do veículo pode ser prejudicial para a saúde. Outro motivo é que, com o tempo, os detritos vão penetrar mais profundamente nos materiais, levando ao surgimento de manchas na carroceria ou de mau cheiro na cabine. Consequentemente, pode ocorrer, também, a desvalorização do veículo na hora da revenda. Assim, confira nosso guia para lavar o carro e evite que isso aconteça com você.
Na hora de lavar o carro, o interior também precisa de alguns cuidados. Ao limpar os painéis do veículo, que contém diversos encaixes e botões, pode-se fazer uso de um pincel. A ferramenta ajuda a remover o acúmulo de poeira e resíduos de juntas, quinas, relevos e das grades do ar condicionado. Também pode-se utilizar um aspirador para remover os resíduos.
Se o interior do veículo também apresenta mau cheiro, confira nossos guias: Dicas para eliminar mau cheiro no carro ou técnicas específicas para tirar cheiro de cigarro do carro.
O Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI) aponta que, na hora de lavar o carro por dentro, não se pode esquecer do teto. Além disso, deve-se iniciar a higienização automotiva por ele, já que qualquer sujeita que se solte vai cair sobre o restante da cabine.
Para limpar o teto, primeiro, remova o acúmulo de poeira com uma escova macia e um pano seco. Depois, faça uma mistura de água com detergente neutro e desinfetante, e coloque dentro de um borrifador. Então, espalhe a substância no teto e passe um pano por cima, com cuidado para alcançar toda a superfície.
Veja o guia completo do CESVI nesta matéria.
Bancos e outros revestimentos de tecido no interior do veículo, como nas portas, devem ser higienizados com limpador de carpetes de uso geral, recomenda Leandro Amorim, promotor técnico da Meguiar’s. Alguns destes produtos também são aplicados a móveis, como sofás. Outros são específicos ao uso automotivo, sendo designados como APC (limpador multiuso, na sigla em inglês).
A substância deve ser aplicada com um pano e deve-se evitar o atrito, que pode danificar as superfícies. Deixe o APC ou limpador de carpetes descansar sobre o estofado por alguns minutos, e então remova o excesso com outro pano. A operação pode, ainda, variar, assim como o tempo em que deve ser deixada para agir, informações que são explicadas no frasco do produto.
O método também pode ser utilizado para a remoção de manchas. Caso seja necessário lavar o carro de forma mais intensa, estabelecimentos especializados podem fazer uso de uma extratora, explica Amorim. A máquina é semelhante a um aspirador, aplicando o APC e, logo em seguida, removendo-o por meio de sucção. Esta técnica também pode ser replicada com um aspirador, embora os resultados possam variar.
Segundo o diretor da fornecedora de bancos de couro GranCouro, Adriano Monteiro, os bancos de couro são mais fáceis de limpar do que os bancos de tecido. O material não acumula sujeira, poeira ou ácaros, o que o torna, inclusive, indicado para pessoas alérgicas. Para fazer a higienização automotiva desse tipo de estofamento, use de um pano úmido com um pouco de sabão de coco, e depois remova o excesso com um pano seco.
A hidratação do couro, após a limpeza, também é recomendada. Entretanto, o consultor de vendas da fornecedora Courotop, André Ribeiro, afirma que se a higienização foi feita com sabão de coco, o processo não é necessário, pois a substância é naturalmente hidratante.
Ainda assim, o proprietário pode preferir fazer a hidratação dos bancos. Nesse caso, ele deve fazer uso de produtos específicos para tanto, que podem ser encontrados em lojas especializadas, algumas das quais têm lojas virtuais. É comum encontrar, na internet, dicas para se usar creme Nivea ou óleo Johnson, mas o consultor de vendas não recomenda a prática.
Mesmo se o proprietário não fizer a limpeza dos bancos, Ribeiro aconselha a hidratação periódica do estofamento, de seis em seis meses. A prática evita que o couro se resseque e rache. O consultor também alerta para o uso de produtos químicos agressivos, como os que contêm álcool ou tíner em sua composição. Estas substâncias podem remover a tinta do couro, danificando o estofamento. Ele ainda comenta que muitos estabelecimentos de lava-jato fazem, erroneamente, uso destas substâncias.
Estofamentos de couro em cores claras devem receber a mesma atenção, com a única diferença de se sujarem com mais facilidade que os de tons mais escuros. Assim, vão, geralmente e a depender do uso, requerer que o processo de higienização automotiva seja feita com mais frequência.
Os chamados “couros sintéticos”, de vinil ou ecológicos exigem cuidados semelhantes, de acordo com Monteiro, diretor da Gran Couro. A diferença entre eles será a textura, a temperatura que retêm e a transpiração, exclusividade do couro legítimo – além do preço. Os bancos de um carro podem, ainda, ter estofamento misto, com couro de verdade nas áreas que sofrem mais atrito, como o assento e encosto, e materiais sintéticos no apoio da cabeça, revestimento das portas e outros.
A vida útil dos bancos de couro é geralmente considerada de cinco anos. Entretanto, este tempo varia de acordo com as condições de uso do material. Se o carro fica muito exposto ao sol, por exemplo, ou nele embarcam e desembarcam muitos passageiros por dia, sua durabilidade será menor. Caso contrário e recebendo a devida manutenção pelo proprietário, Ribeiro acredita que este estofamento pode ser conservado por 15 anos ou até mais.
Para limpar plásticos, Amorim, promotor técnico, recomenda o uso de produtos específicos para que não ocorra o ressecamento do material. Deve-se evitar a aplicação de substâncias que contenham óleo, como o silicone, pois elas também ressecam os painéis, danificando o plástico.
No caso de superfícies em materiais especiais, é necessário um cuidado específico na hora de lavar o carro. Para acabamentos em black piano, Amorim recomenda a aplicação de cera automotiva, do mesmo tipo utilizado na carroceria. A substância vai proteger as peças, pois o black piano se arranha com facilidade.
Já para os vidros do carro não há muito segredo. Utilize produtos de limpeza específicos para o material, como os usados nas janelas de casas. O importante é não se esquecer dos vidros e para-brisa, já que eles devem preservar a visibilidade do motorista.
Para a higienização automotiva com detalhes em metal, como cromados, o ideal é utilizar polidor de metais, deixando-o descansar por um tempo e então polindo a superfície com uma flanela de microfibra. Já os acabamentos em madeira são envernizados, e necessitam apenas de uma camada de cera após uma limpeza superficial com uma flanela.
Por fim, uma higienização automotiva completa também deve incluir o ar-condicionado. O sistema de refrigeração acumula resíduos e ácaros, e pode se tornar um perigo para a saúde respiratória, especialmente de pessoas alérgicas.
O primeiro passo é o de se substituir o filtro de cabine com frequência, pelo menos uma vez ao ano. Ele serve para purificar o ar que passa pelo sistema de circulação, e é onde os detritos vão se acumular.
Depois disso, deve-se fazer, também, a limpeza das tubulações do ar-condicionado. Alguns estabelecimentos especializados oferecem o serviço, e podem cobrar cerca de R$ 100 ou R$ 150 por ele.
Entretanto, também é possível fazer o serviço em casa. Em lojas especializadas, vende-se tubo de aerossol especial para a limpeza do ar-condicionado. Ele custa, em média, R$ 30. Leia as instruções no verso do produto, mas a aplicação, em geral, é a mesma: deixe o motor ligado e o ar-condicionado funcionando, feche os vidros e desligue a recirculação, e aplique o produto na grade de captação de ar.
Se não for possível lavar o carro em casa, o dono (ou dona) pode preferir levá-lo a um estabelecimento especializado. Nessa hora, há alguns cuidados extras que também devem ser tomados. De acordo com o consultor técnico da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Ricardo Dilser, o primeiro cuidado é o de não lavar o motor.
O especialista explica que há muitos componentes eletrônicos e elétricos no motor. Por isso, a água pode levar ao surgimento de problemas. Entenda melhor por quê isso é perigoso com essa dica do Boris Feldman.
Outra dica de Dilser é a de evitar fazer a higienização automotiva em lava a jatos que façam uso de rolos, já que os esfregões podem arranhar a pintura da carroceria. “Não é proibitivo, mas pode arranhar o carro e deve ser evitado”, esclarece.
De acordo com ele, é preferível que o serviço de lavar o carro seja feito manualmente. O especialista também garante que jatos de água comprimida não apresentam risco para a carroceria.
Por fim, o consultor técnico recomenda cuidado com componentes que estiverem expostos no veículo. Um exemplo seria um retrovisor externo que esteja sem a capa traseira. Embora não haja o risco de um curto-circuito, segundo Dilser, pode haver infiltração de água. Assim, é possível o surgimento de oxidação e outras complicações.
*Esta matéria foi originalmente publicada em 21/12/2016 e atualizada em 27/02/2019.
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O valor do lavagem de utilização do carro geral
Para tirar risco e dar prilio qual a cera ok
Meu nome é Davi ou tu deixando
Bom Dia, você podemos tirar água, detergente neutro e um pouco de desinfetante na corroceria do carro para lavar?
No item 4 menciona o que não utilizar nos plásticos, então qual seria a composição do produto ideal?
No item 6 “fazer a limpeza em casa” a recirculacão do ar condicionado deve estar ativada para captar o aerosol do limpador,
Parabens . Gostei muito da empresa e do profissionalismo de vocês. Deixo aqui meu elogio
As dicas são formidáveis! Trabalho na Estética Automotiva e as pessoas tem que ser orientadas com relação aos cuidados que devem ter com seus veículos.Muito bom, formidável.Parabens!
Excelente artigo! Muito detalhado! Parabéns!
Obrigado, Cristiano!
Afinal o que é bom para limpeza de plásticos?????
Matéria pobre.
Olá, gostaria de uma indicação de cera pra poder aplicar na lataria.
Para tirar risco e dar prilio qual a cera ok
Após a lavagem do carro deixo uma dica para os mais detalhistas compre uma cera de carnaúba e passe em toda a lataria se quiser nos vidros tbm que verá o seu carro sempre limpinho e na próxima lavagem basta uma esponja e água para deixa lo limpo novamente
Bom dia,
– Sempre uso na primeira lavagem uma esponja com orifícios bem largos e sempre movimentando-a no sentido longitudinal da carroceria, nunca em círculos.
– Para a secagem sempre panos de microfibra.
– Após esta etapa uma leve passada de cera liquida também com pano de microfibra.
– Sempre usar produtos específicos para tal, nunca acreditar em fórmulas milagrosas como tanto de querosene em tanto de água ou outras “histórias”.
Atenciosamente,
Fondeville
No caso de morar em um prédio que a sindica(o) não deixar lavar o carro. O que podemos fazer?
Boa noite. Eu moro em um condomínio que não dá para lavar o carro com mangueira e nem balde. Eu uso uma garrafa pet de 2 litros, coloco ,1,5 de água e coloco cera junto com essa água. Na ponta da garrafa pet eu uso um gatilho que vem nos produtos de limpeza, como passe bem e etc. Uso dois planos de micro fibras. Um para lavar e outro para secar. Vou esquichando água com a cera nas partes do carro e passando o plano. Vou fazendo isso em todo o carro. Depois vou secando. Você não gasta água e o resultado fico muito bom. Eu lavo o meu carro e não incômodo ninguém e nem faço sujeira na garagem. E o carro fica show.