Carro usado: 9 fatos sobre o Hyundai Tucson 2010
Primeira geração do Hyundai Tucson é oportunidade para quem quer um SUV com bom espaço e custo benefício interessante
Primeira geração do Hyundai Tucson é oportunidade para quem quer um SUV com bom espaço e custo benefício interessante
A Hyundai é um case no Brasil e muito do sucesso da marca aqui pode ir para a conta do Tucson. O SUV médio foi um dos primeiros produtos a ter o aparato agressivo de marketing do Grupo Caoa, à época o representante oficial da empresa em nosso país.
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O modelo mudou a história da marca coreana no Brasil. O Hyundai Tucson começou a vender tão bem a ponto de em 2010 ganhar cidadania brasileira. Além de estimular a importação de outros carros da fabricante e, até mesmo, a instalação de uma filial própria da montadora no país, a partir de 2012.
O carro conheceu três gerações no mercado brasileiro. Inclusive, a última voltou a ser montada recentemente em Anápolis (GO), onde tudo começou para o Hyundai Tucson, em 2010. Por esta razão, o SUV tem bastante oferta no segmento de usados e é boa opção para quem quer um utilitário com espaço e custo/benefício.
Veja agora os principais fatos sobre o Hyundai Tucson 2010.
O Hyundai Tucson foi lançado no Brasil em 2005. Era importado da Coreia do Sul em duas versões. Uma com motor 2.0 16V da família Beta e outra com um 2.7 V6, da linha Delta. A transmissão podia ser manual de cinco marchas ou automática, com quatro velocidades.
Em 2010, o Hyundai Tucson começou a ser montado no Brasil. Dois anos depois, o motor 2.0 do SUV passou a beber tanto gasolina quanto etanol.
O veterano modelo manteve-se em produção quase sem alterações no design. Ainda conviveu com gerações mais modernas da linha até ser descontinuado em 2018.
O ano de 2010 foi marcante em diferentes aspectos para a história do Hyundai Tucson. Foi naquele ano em que a planta do Grupo Caoa em Anápolis (GO), que já fazia o caminhãozinho HR, iniciou a linha de montagem do SUV médio.
A empresa brasileira pagava royalties à matriz pela licença para fazer carros em Goiás. E aproveitou a mudança de geração do Hyundai Tucson em 2010 para trazer o maquinário e a arquitetura J3 do modelo antigo. O que acabou por suscitar uma história peculiar na trajetória do modelo.
Como dito, em 2010 o Hyundai Tucson começou a ser montado. Quase que simultaneamente, o Grupo Caoa começou as vendas aqui do ix35, que nada mais era que a segunda geração do Tucson.
Inclusive, usava o nome original em vários mercados. Aqui, obviamente, foi adotado ix35 para pontuar bem as diferenças no portfólio da Hyundai.
Em 2013, foi a vez de o ix35 ser fabricado em Anápolis sobre a plataforma J4. E, três anos depois, o New Tucson também ganhou uma linha de montagem na planta goiana em cima da arquitetura J6. Ou seja, três gerações do SUV médio conviveram na fábrica por, pelo menos, dois anos.
Tanto Tucson feito em um lugar para um mesmo mercado tinha razão de ser. Desde 2005 o SUV médio vendia bem. A montagem local – com mais de 40% de nacionalização – deu, ainda, aquela forcinha a mais no custo benefício. Depois de 2010, o Hyundai Tucson passou a custar o mesmo que versões topo de linha de modelos compactos.
Porém, antes disso, em 2008, o carro da marca coreana já batia quase 20 mil unidades/ano. Em 2010, o Hyundai Tucson teve um dos seus melhores anos de licenciamentos, quase 30 mil.
Mesmo com a chegada do ix35, ainda figurou com médias entre 15 mil e 20 mil unidades. Ao todo, o velho Tucson teve quase 200 mil emplacamentos no país em 13 anos de estrada.
O Hyundai Tucson 2010 usa o motor 2.0 16V a gasolina. São 142 cv de potência para um carro de mais de 1,5 tonelada. Ou seja: no caso das versões manuais é preciso esticar as marchas e manter os giros lá em cima para se conseguir um 0 a 100 km/h na casa dos 11 segundos.
O mesmo acontece nas retomadas. O torque de 18 kgfm aparece tarde, perto das 4.500rpm. Na hora de ultrapassar, uma redução de marcha se faz necessária. Com câmbio automático, a performance é prejudicada pelo número limitado de marchas e o escalonamento ruim em médias rotações.
Mesmo assim, o Tucson dá conta do recado na maior parte das vezes. Especialmente na estrada, quando embala acima das 60 km/h. O que pega é o consumo. As médias das opções manuais da época apontavam para 8 km/l no ciclo urbano e 10 km/l, no rodoviário, sempre com gasolina.
O espaço é um dos pontos fortes do Hyundai Tucson. A posição de dirigir é alta como em um SUV que se preze e o motorista usufrui de bom vão para pernas e ombros. A ergonomia falha em alguns comandos específicos, o volante tem pegada ruim, mas a visibilidade dianteira e traseira do condutor é boa.
No banco traseiro o ambiente é favorável para dois adultos e uma criança. A calibragem da suspensão agrada. Consegue lidar com as imperfeições da pista sem ser molenga demais como no sucessor ix35,
O acabamento interno, por sua vez, ainda traz a herança dos carros coreanos dos anos 1990 e 2000. Tem muito plástico no painel e o design é sem graça. Para compensar, o Hyundai Tucson capricha no porta-malas: são 528 litros e 588 kg de capacidade de carga.
É possível pegar um Hyundai Tucson 2010/2011, na versão GLS 2.0 com câmbio automático por preços entre R$ 40 mil e R$ 46 mil (última semana de novembro de 2024).
Entre os equipamentos, airbag duplo frontal e freios com ABS e EBD, ar automático, retrovisores rebatíveis eletricamente, trio, sensores de luminosidade e de chuva e controle de cruzeiro.
O som original tem apenas CD player. Muitos exemplares à venda do Hyundai Tucson 2010/11 GLS no mercado de usados têm sensor de ré e bancos de couro, que eram opcionais.
A mecânica costuma ter manutenção mais salgada, mas nem é difícil achar peças para o powertrain. O drama é mesmo se você precisar de algum item de carroceria.
Preços de componentes do Hyundai Tucson 2010/11 2.0:
Um dos dramas do Hyundai Tucson está na caixa de direção. Se o carro do seu interesse apresenta folgas e ruídos estranhos ao girar o volante, fique com o pé atrás.
Isso porque muitos proprietários do SUV contam, em fóruns e no Reclame Aqui, que tiveram de trocar o conjunto todo. O serviço fica entre R$ 1.500 e R$ 2.500.
Outras reclamações dizem respeito a discos dos freios que empenam com facilidade. As peças da suspensão também apresentam desgaste precoce.
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