Honda WR-V: novidade não é CrossFit e nem Fit Adventure
Novo modelo poderá se tornar o mais vendido da gama brasileira da Honda; preço de partida deverá ficar em torno de R$ 70 mil
Novo modelo poderá se tornar o mais vendido da gama brasileira da Honda; preço de partida deverá ficar em torno de R$ 70 mil
O Honda WR-V apareceu, de novo, nesta semana. O utilitário-esportivo, que havia sido descortinado como estreia mundial no último Salão do Automóvel de São Paulo, foi apresentado – estaticamente – pela fabricante japonesa na planta de Sumaré, em São Paulo. Ninguém dirigiu e nem o preço foi informado. Só em março, quando o CrossFit (como é apelidado pelas línguas ferinas) será lançado, o que realmente importa será revelado.
O apelido de CrossFit (um trocadilho com ginástica da moda) é maldoso, pois dá a entender que o WR-V é um Fit com adereços e salamaleques. Porém, nem tanto à maldade e muito menos à inocência. O SUV tem muito do Fit, mas recebeu uma penca de modificações principalmente na suspensão e na direção, para dotá-lo de maior altura e capacidade de se sair bem em aventuras não radicais.
O design dianteiro foi submetido a um profundo bisturi, que procurou passar a ideia de valentia. Ao contrário dos outros modelos fabricados em Sumaré (SP), apenas adaptados para o nosso mercado, o WR-V foi o primeiro modelo desenvolvido no Brasil (a Honda tem aqui uma equipe de 300 engenheiros).
O monobloco, as quatro portas e parabrisa são idênticos aos do Fit. A tampa traseira foi redesenhada. Na mecânica, mesmo motor 1.5 i-VTEC FlexOne que rende 116 cv com etanol (115 com gasolina), 15,2 kgf.m de torque e câmbio CVT com conversor. Tração dianteira sem possibilidade de levá-la para a traseira. A suspensão dianteira ganhou novo projeto: nada de adaptar a do Fit para suspender a carroceria, como alguns outros SUVs que partem de um hatch.
Mangas de eixo, barras estabilizadoras, buchas, amortecedores, foram todos redesenhados para conferir maior altura e resistência, sem prejuízo de conforto e estabilidade. As bitolas foram aumentadas. A direção elétrica é bem mais “parruda” e semelhante à do HR-V. Entre-eixos de 2,55m é maior do que o do Fit. Tem 4 m de comprimento, 1,73 m de largura e 1,6 m de altura. Rodas de liga-leve de 16 polegadas. Os pneus são 195/60.
Na dianteira, o visual ficou mais agressivo, com a grade frontal emulando a dos outros SUVs da família. Nas laterais, as caixas de rodas receberam apliques pretos que se alongam até o para-choque. O manjado truque do adereço plástico para gerar ideia de robustez. Olhando a traseira também é possível notar as linhas mais agressivas, com as lanternas invadindo a tampa do porta-malas.
O interior faz lembrar o do Fit, com novos revestimentos nas laterais, e bancos e painel mais sofisticados. Ah, tem também um exclusivo (contém ironia) friso prateado acima do porta-luvas.
O Honda WR-V fica posicionado acima do Fit e abaixo do HR-V, o que possibilita estimar seu preço de partida no entorno de R$ 70 mil. Será apresentado oficialmente em março, comercializado no final do mês e entra para o portfólio mundial da marca: será exportado para a América do Sul e poderá ser produzido em outros países.
Por quê WR-V? São as iniciais de Winsome Runabout Vehicle, ou um veículo de recreação e atraente, em inglês. A Honda do Brasil teve a necessária sensibilidade para desenvolver um novo produto que se encaixa com precisão dentro das atuais exigências do mercado, que – apesar da crise – registra aumento nas vendas dos SUVs.
Ele poderá se tornar o mais vendido da gama brasileira da Honda e aumentar significativamente a participação da marca no ranking, pois completa o trio ao se alinhar com o HR-V e CR-V, este importado do México.
Fotos Honda | Divulgação
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