Nomes misteriosos de carros antigos: saiba o que 6 siglas significam
Em alguns casos, fabricantes preferem utilizar códigos ou iniciais em vez de nomes para batizar determinados veículos: veja alguns deles
Em alguns casos, fabricantes preferem utilizar códigos ou iniciais em vez de nomes para batizar determinados veículos: veja alguns deles
O listão de hoje é sobre nomes de carros antigos. E não sobre quaisquer nomes: a ideia é explicar o que querem dizer números, códigos e outros caracteres aparentemente misteriosos que batizam alguns modelos. Na verdade, todos eles têm um significado.
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Na relação, entraram apenas automóveis antigos, com no mínimo 30 anos de fabricação. Ademais, todos os veículos enumerados são nacionais. Confira o listão!
Referências a características mecânicas são relativamente comuns em nomes de carros, tanto antigos quanto novos. Um dos pontos mais destacados pelos fabricantes é a cilindrada dos motores. Há vários exemplos na indústria nacional, como Dodge 1.800, Alfa Romeo 2.300 e FNM 2.000.
A Volkswagen chegou a utilizar a cilindrada para batizar toda uma linha: são os veículos 1.600, formada por sedã (apelidado de Zé do Caixão), a perua Variant e o fastback TL.
Pois bem, já está claro o significado de 1.600. E TL? Significa Touring Luxo. Trata-se de um mome para reforçar uma imagem de sofisticação com alguma esportividade, que a Volkswagen queria transmitir ao lançá-lo.
Muita gente pensa que o nome dos cupês esportivos seria uma homenagem ao Estado de São Paulo, onde está localizada uma das fábricas daVolkswagen. Ocorre que a explicação oficial da marca alemã na época do lançamento foi outra: as letras SP seriam as iniciais de Sport Prototype.
Ambos os modelos compartilhavam a mesma carroceria e, visualmente, eram praticamente idênticos. Porém, tinham diferenças no motor e no interior.
O número após a sigla de Sport Prototype serve justamente para diferenciá-los. O SP1 era equipado com uma unidade 1.6 refrigerada a ar e tinha o habitáculo um pouco mais simples. Já o SP2 dispunha de propulsor 1.7 e era mais sofisticado.
O design elaborado pelo famoso estúdio Ghia e a construção feita especialmente pela encarroçadora Karmann sempre resultou em belos cupês. O nome era uma clara referência ao papel das duas empresas na criação do veículo. Mas, e o modelo TC, o segundo e último dessa dinastia produzido no Brasil?
Nesse caso, a sigla TC significa Touring Coupé. É interessante destacar que o modelo chegou ao mercado em 1970, ao mesmo tempo que o TL (Touring Luxo, lembra-se?) e que o Fusca 1.500. Assim, os três são carros antigos contemporâneos e nacionais da Volkswagen, com certas semelhanças até nos nomes.
Enquanto o primeiro Karmann Ghia nacional era idêntico ao similar europeu, o TC era uma exclusividade local. O designer é ninguém menos que Giorgetto Giugiaro, ainda no início da carreira, quando integrava a equipe do estúdio.
Já se perguntou porque o 147 tem esse nome? Simples: é o código do projeto, que acabou dando nome ao produto final. Inclusive, o modelo é baseado no hatch 127, que foi produzido na Itália.
Boris Feldman dirige uma das primeiras unidades do Fiat 147 movidas a álcool. Assista!
Contudo, o primeiro Fiat nacional acabou sofrendo várias modificações, que resultaram em um nome próprio. Design, suspensão e motor são diferentes do “irmão” europeu.
Vale destacar que a fabricante italiana utilizou esse recurso para dar nomes a vários de seus carros, embora quase todos, hoje, já estejam antigos: é que tal estratégia deixou de ser utilizada há algumas décadas. Embora desconhecidos no Brasil, outros mercados conheceram os modelos 124, 126, 128, 131, etc.
O utilitário mais famoso que a Chevrolet fabricou no Brasil foi lançado em 1964, mas só passou a se chamar Veraneio em 1969. Durante os primeiros 5 anos, o modelo era conhecido como C-1416.
Naquela época, a Chevrolet identificava picapes e utilitários com a letra C. Além da C-1416, havia também a C-1404 (picape de chassi curto), a C-1414 (com cabine dupla) e a C-1505.
Posteriormente, o fabricante simplificou as coisas e passou a chamar as picapes de C-10. A Veraneio, também devidamente rebatizada, seguiu carreira até 1989, quando ganhou uma nova geração.
Com a letra X, João do Amaral Gurgel homenageou os índios Xavantes. Afinal, é com a inicial dessa tribo que o empresário batizou alguns dos carros que criou. Começou com o XTC, que acabou virando X-10. Dele, veio o X-12, mais evoluído.
Embora o X10 e o X-12 fossem fruto de modificações em um mesmo projeto, outros modelos da linha Xavante tinhas características bastante distintas. Era o caso, por exemplo, do X-15, que tinha carroceria própria, maior e com quatro portas. Ou ainda do X-20, uma picape bastante particular.
No fim das contas, os nomes dessa linha de carros são tão brasileiros quanto a própria Gurgel, extinta como fabricante, mas sempre lembrada pelos apreciadores de antigos.
Fotos: Divulgação
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E do Passat?
Conheço todos os modelos eu inclusive possui uma TL ano 61, show de bola
Gosto de carros antigos ..meu sonho é um opala .. mas tive Passat Variant II fusca chevette ..
Muito legal a matéria e realmente deveriam ter dado mais valor a iniciativa da Gurgel.. o Brasil deve ser um dos poucos paises de destaque no mundo que não tem uma marca própria de automóveis.. lamentável
Bom dia!!!
Pois é, minha conversa é una pergunta.
Não sei qual foi o motivo, porém pergunto: por que a marca Gurgel parou de ser fabricada, uma vez que é una marca brasileira? Visto que o Brasil não tem marca de automóveis própria, nosso pais e governantes deixaram desejar. Isso mostra que o patriotismo passou longe. Será que não foi meramente uma políticalha que arruinou esse avanço tecnológico automobilístico brasileiro?
Quando o presidente Lula ganhou as eleições ele declarou que iria incentivar a tecnologia no Brasil, no entanto foi banido sem na fazer. Entrou o atual presidente “Bolsonaro” é nada está a fazer, aliás, está querendo fazer: fechar o Congresso,o STF, i.plantar uma ditadura no Brasil e acabar com as empresas brasileiras, exemplo disso está a Globo que ele odeia tanto.
Nisso pais é rico, grande de povo inteligentes, só falta um incentivo dos governantes para crescer e desenvolver, mas o contrário disso, temos um presidente que procura jogar um povo contra outro, fechar empresas e banir A tecnologia brasileira. Quase toda tecnologia no Brasil vem de outros países. Aqui no Brasil mais se fala em partidarismo que em patriotismo. Isso e6uma vergonha!!!
Digo, 8 anos
Pioneirismo e coragem andam juntos e pioneiros e corajosos deveriam ser homenageados infelizmente isso não acontece., O Sr Amaral Gurgel deveria ter um monumento em sua homenagem,e não ser mantido sedado para não ver nem saber o destino trágico que suas fábricas e instalações tiveram .Tem uma propaganda sua onde ele aparecida em frente a a um modelo de seus veículos o CARAJÁS e dizia com esse veículo e chego a qualquer lugar e passo que tal resgatar essa propaganda em sua homenagem,fica a dica se alguém tiver??
Tem toda razão amigo. Quem acabou com a Gurgel foi o FHC safado impedindo que tivesse acesso a financiamentos.
Apesar de tudo , Fernando Collor foi que abriu o Brasil para outras montadoras , quando denominou os carros da Ford, GMB e Wolksvag de carroças .
Pois é, em vez de Fernando Collor e os demais presidentes, incentivar uma marca de automóvel genuinamente (100%) brasileira, vai3e criticar as que têm é fechar as brasileiras. Vergonha de nossos governantes.
Acho também q o Brasil deveria ter uma marca 100 porcento nacional inclusive na área de máquinas agrícolas …. As vezes o agricultor vende uma carga de soja pra comprar uma mangueira ou uma correia porq seu equipamento é importado…
Altamiro, chegamos a ter a CBT, Compania Brasileira de Tratores, mas nào evoluiu e foi implodida, digamos.
Mas o famoso cbt 1105 foi o q abriu o nortão para ser o q é hj.
Tive o prazer de possuir um Karmanguia sedan, é um sp2.
Me arrependo de ter vendido.
Hoje valem ouro
Tive um que dizem Gurgel x o meu era documentado vw jeep pretty dakar. Idêntico ,o mesmo.
Eu amava o Dakar
O que significa MP Lafer? Esse carro era cópia do carro inglês MG FC 52, não é?
Existia na época uma fábrica de móveis planejados chamada Lafer… então móveis planejados Lafer…
Tenho um Gurgel X 12 conversível e um segundo X 12 TR ambos 1991
Tive um x12 agora estou procurando um para comprar. Tens algum em vista?
Tenho um x12 TR 81 estou vendendo .
Bom dia!
Trabalhei 25 anos no seguimento automotivo, na área de vendas.
Sou fan do veículos antigos.
Gostaria de receber informações deste seguimento, sempre que possível.
Abraços.
Muito boa a reportagem, aproveitando pra acrescentar o HB20 é o nome dado ao carro referente aos 20 anos da Hyundai Brasil,dai o nome HB20,isto em 2012.
Meu sonho de consumo a TL DA WV parabéns pela reportagem.
Acho muito legal ver algumas caminhonetes Chevrolet C14 e C10 bem conservadas/restauradas.
Acho elas lindas
Muito boa reportagem.
Com toda dificuldade política, econômica e financeira pelas quais passamos, os anos 60 e 70 foram anos ‘mágicos’. A “Veraneio”, que era da Chevrolet, tinha seu nome usado ‘genericamente’ para todo furgão ou SUV ( como chamamos hoje). Vi muita gente chamar a Belina de “aquela ‘veraneio’ da Ford”, ou chamar a Caravan de ‘a ‘veraneio’ do Opala. Eram denominações genéricas como chamar de Gillette a toda lâmina, ou de Cândida a toda água sanitária, ou ainda, chamar gasolina de “Shell”: “preciso por um pouco de ‘shell’ pra chegar até Resende…”. Bons tempos…
O Candango merece ser lembrado, homenagem aos consumidores de Brasília
Esse senhor gurgel já valeu toda matéria.
Verdade um gênio
O carmanguia é o meu sonho até hoje.com 16 anos trabalhei em oficina e pintei um carmanguia vermelho . Foram 12 mãos de tinta todas de mão lixadas.carro bonito de mais na minhaopinião!
Parabéns! Muito legal essa idéia de desvendar o mistério do significado dessas siglas!!! ?
Veraneio é meu sonho até hoje?
Boris Feldman é o arquivo vivo de boa parte da história automobilística do Brasil. Parabéns!