Novo Peugeot 208 será quase igual ao europeu: conheça as diferenças
Além de processos de tropicalização, modelo sofreu algumas simplificações; mesmo assim, ainda tem muito do similar francês
Além de processos de tropicalização, modelo sofreu algumas simplificações; mesmo assim, ainda tem muito do similar francês
Estava tudo pronto para o lançamento do novo Peugeot 208, mas aí veio a pandemia. O resultado é que o hatch, que deveria ter chegado ao mercado em maio, ficou para o segundo semestre. Porém, o modelo chegou a ser pré-apresentado para alguns jornalistas, tanto no Brasil (que constituirá o maior mercado consumidor) quanto na Argentina (onde ele será produzido).
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Um grupo de jornalistas argentinos, inclusive, visitou até a planta industrial da Peugeot em El Palomar, onde o novo 208 será fabricado. Um deles é Carlos Cristófalo, do Argentina Autoblog. Com base no que viu e em informações extra-oficiais, o profissional antecipou algumas diferenças entre o modelo sul-americano e o similar europeu.
A primeira delas, muito comum na adaptação de projetos estrangeiros ao continente, é a elevação da suspensão. Isso porque as vias dos países latinos têm, via de regra, conservação pior, o que aumenta o risco de esbarrões contra o piso. O 208 argentino terá um aumento entre 10 mm e 12 mm no vão livre do solo.
Diante disso, o conjunto suspensivo sofrerá uma recalibração, assim como o sistema de direção. Também com o objetivo de deixar o novo 208 mais adaptado às condições de rodagem locais, o ângulo de ataque foi aumentado de 14 para 16 graus graças a modificações no para-choque dianteiro.
Outra mudança é uma ligeira ampliação do tanque de combustível, de 44 litros para 47 litros. Isso porque, ao contrário dos países europeus, Argentina e Brasil têm grandes extensões territoriais. Porém, também serve para dar maior autonomia ao veículo quando abastecido com etanol, uma vez que, por aqui, ele será flex.
Até aqui, as mudanças estão mais no campo da adaptação às condições de uso, mas o novo Peugeot 208 também terá algumas simplificações. Uma delas é a presença de freios traseiros a tambor em toda a gama. Na Europa, as versões de entrada trazem sistema semelhante, mas as equipadas com motores de potência superior a 100 cv vêm com discos nas quatro rodas.
Outra alteração é em alguns materiais de construção. Por exemplo: enquanto o 208 europeu tem capô feito em alumínio, no modelo argentino esse componente é feito em aço. Isso afetará o peso do hatch, mas a expectativa é que não haja prejuízo à resistência da estrutura a colisões. Contudo, será necessário aguardar os crash tests para ter certeza.
A simplificação mais perceptível está embaixo do capô. É que o 208 sul-americano vai manter o motor 1.6 16V da geração atual, acoplado às mesmas transmissões manual de cinco marchas e automática de seis. Esse propulsor já não é mais oferecido na Europa: lá, o hatch é movido por unidades 1.2 de três cilindros a gasolina, aspirada e turboalimentada, e 1.5 turbodiesel. Há ainda uma versão totalmente elétrica.
A boa notícia é que, embora ainda não haja confirmação, é possível que a Peugeot ofereça, futuramente, o motor novo 1.2 turbo para o 208 também por aqui. De qualquer modo, ao menos em um primeiro momento, a única motorização disponível será, realmente, a 1.6.
Fotos Peugeot | Divulgação
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A Peugeot parece não aprender com os erros do passado. Demorou anos para fornecer uma opção de automático de 6 marchas, mesmo quando a concorrência já tinha em seus equivalentes (pra não dizer na bizarreira do 2008 THP só ter opção de manual em seu lançamento). Assim faz com que seus carros, embora ótimos, fiquem em desvantagem perante a concorrência.
O 208 tem tudo para competir em pé de igualdade com novo Onix, Polo e HB20, mas ai a Peugeot vai lá e……não traz o 1.2 turbo (nem como opção só para as versões mais caras)
Deve trazer o 1.2 turbo depois de uns 2-3 anos, quando o fator novidade já passou e a concorrência já fez o consumidor esquecer do 208.
As mudanças no acabamento e oferta de equipamentos também ocorrerão. Provavelmente, não teremos o ACC. E quanto a gama de motores, o único que era realmente interessante, o 1.2 (que é mais moderno), foi retirado de linha. Vai entender…
É o brasileiro ficando sempre com o pior. Até quando vai ter que ser assim, não acredito. Será que a indústria brasileira ou Argentina não sabe fazer um capô de alumínio. Deveriam boicoitar essa Peugeot até aprender a respeitar os consumidores brasileiros.
A altura aumentou de 100 para 120mm