Óleo do motor: como escolher? O que é SAE e API?
A escolha do óleo correto é muito simples e essencial para a vida útil do motor: função dele vai além de lubrificar
A escolha do óleo correto é muito simples e essencial para a vida útil do motor: função dele vai além de lubrificar
A escolha do óleo correto é muito simples e essencial para a vida útil do motor: a função dele vai além de lubrificar.
Qual a função do óleo do motor? Lubrificar, é a primeira resposta. Mas vai além: o óleo é responsável também por manter o motor limpo e ajudar no arrefecimento, por exemplo. Por isso, a escolha correta é essencial. “Como escolher o óleo do meu carro?” é uma pergunta comum, com uma resposta simples: basta seguir as especificações determinadas pela montadora.
De acordo com informações da Total Brasil, uma das líderes mundiais no setor, divulgadas em seu site, para cada carro, há uma recomendação de tipo de óleo específico, ao qual as montadoras indicam em seus manuais as especificações de viscosidade (SAE 0W30, 5W30, 10W40 etc) e o nível mínimo de desempenho (API SL, SM ou SN).
Também vale lembrar que o tipo de óleo varia de acordo com as características dos veículos e de seus motores. A destinação do produto também é descrita na embalagem: lubrificantes para carros de passeio são identificados pela sigla PCMO (Passenger Car Motor Oil). Já motocicletas utilizam fluidos do tipo MCO (Motorcycle Oil), e veículos pesados, o HDMO (Heavy Duty Motor Oil).
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Vale destacar que, ao fazer a troca de óleo do motor, o proprietário do veículo não precisa usar necessariamente um produto com a chancela da montadora.
Um fluido de outro fabricante, mas com a mesma base (sintética ou mineral) e índices idênticos de viscosidade (SAE) e aditivação (API), cumpre sua função com igual eficiência. Mas, vale lembrar, o consumidor deve optar por marcas confiáveis e bem-reputadas.
A troca do óleo do motor pode ser feita em sua oficina de confiança, nas concessionárias, em postos de combustíveis ou em centros especializados, como os ROCs, da Total.
Confira no vídeo algumas das principais funções do óleo
Todo óleo de motor possui números junto à letra W, que vem da palavra winter. Na sigla 5W40, o primeiro número indica a viscosidade do óleo em baixas temperaturas, quando o motor ainda está em repouso. Quanto mais baixo for esse número, menor a viscosidade, maior a fluidez e, por exemplo, menor será o esforço do motor na hora de dar a primeira partida.
O segundo número aponta a viscosidade do óleo a 100°C, quando o motor já está em funcionamento. O motorista pode conferir qual é a viscosidade do óleo do motor ideal ao consultar o manual do veículo. Quanto maior for esse número, maior será a viscosidade quando o óleo está em altas temperaturas.
Ao trocar um óleo 5w30 por um 15w40, por exemplo, significa que ao dar partida no motor, será exigido mais força do motor do arranque, e a lubrificação do motor, enquanto estiver frio, pode ser prejudicada, pois, por ele estar mais viscoso.
Da mesma forma, com o motor aquecido, haverá mais resistência por parte do lubrificante, o que poderá resultar em um aumento de consumo e, até mesmo, problemas na lubrificação.
Por isso é tão importante respeitar a especificação do óleo determinada pela montadora.
As siglas utilizadas (SL, SM e SN, por exemplo) são índices que classificam o tipo de óleo de acordo com suas propriedades. O API (American Petroleum Institute) se refere a modernidade, e, quanto maior a letra, melhores aditivos ele terá. Essa informação fica sempre no lado inferior direito da embalagem. Atualmente, a API SL é a mais antiga disponível no mercado. A mais moderna é SN.
Não tem problema! Você não pode utilizar uma aditivação inferior.
Para que serve o aditivo no óleo?
A aditivação no óleo básico feita pela fábrica de lubrificantes intensifica suas características, minimizando propriedades indesejáveis e evitando possíveis danos ao motor.
É importante não confundir a aditivação do óleo feita pelo fabricante com aditivos oferecidos no mercado para serem adicionados ao óleo do motor, alguns deles conhecidos como “condicionadores de metal”.
Nenhum deles é recomendado, pois podem não combinar com a formulação original do óleo e prejudicar o motor.
Detergentes: esses tipos de aditivos são destinados à lubrificação de motores. Eles evitam a formação de resíduos de carbono que podem existir durante a combustão. Por isso muito conhecido como aditivo que mantém a limpeza do motor.
Antioxidantes: são os principais utilizados na categoria de lubrificantes para motores e máquinas. Como o próprio nome diz, os aditivos antioxidantes evitam as reações de oxidação, por estarem mais próximos do oxigênio, não permitindo a oxidação e a degradação do lubrificante enquanto existir o aditivo.
Anticorrosivos: sua função principal é proteger o metal da corrosão. Existem dois tipos de aditivos anticorrosivos. Um protege o metal da umidade atmosférica, e o outro tem o papel de proteger as partes metálicas de substâncias ácidas que podem atacar a superfície. Há duas fases quando falamos de anticorrosivos. Prevenir o contato do corrosivo com o metal, formando uma fina película protetora, e em segundo remover os agentes de corrosão que estão internamente presentes na peça.
Antiespumantes: esses aditivos visam impedir a formação de espuma, melhorando a resistência ao desenvolvimento da mesma.
Quando o óleo é agitado, de forma muito rápida e inesperada, há possibilidade de formação de pequenas bolhas que resultarão em espumas. Esse aditivo desmancha as bolhas no mesmo momento que elas chegam à superfície do óleo. A formação de espuma acelera o processo de oxidação do lubrificante, retém mais calor e pode gerar problemas de aeração e cavitação no sistema.
Extrema pressão: esses aditivos são utilizados, geralmente, em lubrificantes de transmissão. Quando a pressão exercida sobre o óleo ultrapassa o normal, esse aditivo impede que a película formada pelo óleo se desgaste e chegue ao metal, podendo resultar em microssoldas.
Aditivos melhoradores de índice de viscosidade: os óleos lubrificantes podem sofrer alteração em sua composição, conforme a temperatura em que são expostos. Esse aditivo pode aumentar a viscosidade de qualquer óleo básico, pela ruptura e inchamento das moléculas de hidrocarboneto presentes na composição. Quanto maior a temperatura, maior a viscosidade, compensando a variação da viscosidade em função da temperatura do óleo básico.
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Os óleos com especificação SL são aplicáveis em motor gasolina ?
Sim. “S” é a letra que designa motores flex, gasolina, álcool e gnv.
Sim. “S” é a letra que designa motores flex, gasolina, álcool e gnv. E “L” designa o gau na escala de novas tecnologias empregadas nos fluídos. Como, relatado na matéria. Antioxidante, antiespumante, anticorrosivo etc etc etc…
Se a escala fosse em número, quanto mais alto o segundo número, neste caso a letra L, mais de ponta seria a tecnologia aplicada.
Na letra, pense que quanto mais distante a segunda letra está da letra “A”, mais tecnologia moderna há nos aditivos adicionados ao fluído.
SAE trata da viscosidade. APN trata dos aditivos no fluído. A grosso modo!
O que quer dizer a sigla sf?? No manual da minha moto pede óleo 20w50 API SF.
Funciona assim:
S= veículos movidos a combustão por gasolina, álcool, gnv e flex.
F= Grau na escala de novas tecnologias no emprego de aditivos ao lubrificante.
Você poderá usar 20w-50 API SM, SN ou a mais nova SP.
Quanto mais longe essa letra após o “S” estiver da letra “A” no alfabeto, tecnologias mais novas estão presentes nos aditivos.
O que significa a sigla ILSAC GF- 5 , ?
E o que significa “CH4”, “CE”, “CH1” e etc…?
Matéria incompleta e a norma Acea que norma sobre os motores europeus???
Com o aumento de temperatura a viscosidade diminui e não aumenta como mencionado no texto!
Você poderia indicar em qual parágrafo há essa afirmação? Acho que o erro está na sua interpretação de texto pífia.
Caro João, a sua observação é, em princípio, correta.
A tendência natural (física) dos líquidos é de diminuir a viscosidade com a temperatura.
Mas o que acontece com os óleos lubrificantes automotivos, que são chamados de “multi-viscosos” e que o artigo não se aprofunda muito, é que justamente esses óleos se comportam como se fossem óleos mais finos em temperaturas baixas ou seja, têm uma viscosidade relativamente baixa para as temperaturas mais baixas, e se comportam como se fossem óleos mais grossos em temperaturas mais altas, ou seja, em comparação ao quanto eles são finos quando frios, quando aquecidos seria de se esperar que ficassem finos como água, mas não afinam como tal e mantêm a sua viscosidade, se comportando à altas temperaturas como se fossem óleos mais grossos.
Ainda assim eles são, ao toque, mais grossos quando frios, e mais finos quando quentes, mas a diferença de viscosidade entre frio e quente é muito menor do que seria de se esperar se eles fossem um líquido normal (por exemplo, mel, ou óleo vegetal ou mineral que não é multi-viscosos).
Nada a ver afirmar que os “Condicionadores de Metais” devem ser evitados. Uso Militec há 2 anos e nunca tive problemas e conheço diversas pessoas que usam e estão satisfeitas.
Tava demorando pra aparecer um “xiita” de Militec…
kkkkkkkkkkkkkk militec, o reprovado.
O rojão vai estourar no próximo dono, pra variar.