Prometida operação comércio/industrial da chinesa Zotye terá início em outubro com venda de dois modelos: o urbano E200 e o sedã Z500 -EV. Picape Stark, produzido pela “catarino-cearense” TAC, quase comprada pela Zotye, e motonetas elétricas, como divulgado anteriormente foram descartados. Aquisição da TAC não se viabilizou, e o projeto solitário tomou outro caminho.
Negócio principia com a homologação dos veículos junto ao governo brasileiro e pequena importação de lote completamente montado, à espera da definição conceitual do governo federal em nova legislação – hoje gestada sob o carimbo de Rota 2030. Ali estarão os parâmetros para a indústria, o desenvolvimento tecnológico e os incentivos para alcançá-los, incluindo tributação sobre híbridos e elétricos.
Após, incremento em volumes e, acredita, até o final de 2019 te-los-á montados no Brasil em crescente agregação de partes nacionais. Segundo Cadu Barbosa, diretor da Zotye para relacionamento governamental, tal índice deverá atingir 70% em cinco anos.
A fábrica, em instalação em Goianésia (GO) – a 180 km ao nordeste de Goiânia –, galvaniza um processo industrial atraindo instalação de fornecedores de auto partes – baterias, eletrônicos e pneus, entre outros – e a formação do Parque Industrial Automotivo de Goianésia.
O E200 é um subcompacto – veja-o como o Smart Fortwo da Mercedes : 2,73 m de comprimento; 1,60m de largura; 1,81m entre eixos. Motor elétrico com 81 cv, velocidade final de 120 km/h, autonomia de 180 km/carga, interior refinado em decoração e conectividade.
Quanto ao Z500, está em outro oposto do mercado. Grande para os padrões nacionais – 4,75m de comprimento e 2,75 m de entre-eixos -, tem motor com 128 cv, e autonomia de 250 km/carga.
Volkswagen lançou comercialmente versão com motor V6 de sua picape Amarok: 3,0 litros de deslocamento, 225 cv de potência e 550 Nm em torque – 56,1 kgmf pela medida antiga e mais conhecida. Se a anterior, mantida em linha, quatro cilindros em linha (L4), 2.0 e 180 cv oferecia bom comportamento dinâmico, expandir o motor em 50% abre distância, e a união de características, aproximam-no dos automóveis, distanciando dos caminhões. Para acelerar, 0 a 100 km/h em 8s – medida de automóvel de respeito; para frear, idem, em freios a disco nas quatro rodas, com exclusivo ABS off road.
Tração total automática, transmissão hidráulica com oito velocidades. O sistema de direção, mais preciso, adequa-se ao conjunto de performance.
Não é para arrancar toco; levar mudas de café às beiradas das matas ciliares no Espírito Santo; carregar transformador para reparar linha de transmissão elétrica nas grimpas de algum morro; ou trabalhar em garimpo.
Não há impedimento mecânico, mas o há pela configuração e preço: a versão V6 é apenas encontrada padrão elevado de decoração e conteúdo, bancos com regulagem elétrica, revestidos em couro, o sistema de “infodivertimento” mais completo do segmento, liderado por tela com 16 cm e câmera de ré que traça o seu destino.
Não é para peão, mas para fazendeiro ou seu herdeiro agroboy. Este, aliás, deve ser o maior usuário de outra habilidade do Amarok: ao premer um botão muda-se a pressão dos turbocompressores, obtendo-se 10 % adicional em potência. Dura apenas 10s, bastante para superar dificuldades imprevistas. Sistema foi pioneiramente aplicado nos picapes Mitsubishi L200 feitos no Brasil, e Fiats com motor 1,4 turbo, mas faz a maior presença.
Motor apresenta características modernas, com injeção direta de diesel sob elevada pressão e turbos com geometria variável. Nele, comandos acionados por corrente, afastando o pesadelo das quebras das correias dentadas nos motores L4.
É produto curioso, desafiando a lei da obsolescência do estilo, segundo a qual veículos devem mudar de carroceria a cada oito anos. O Amarok tem mais e apenas passou por sutil mudança estética. A versão V6 não motivou alterações, e mesmo assim, oapicape VW levou, pela segunda vez, e com exclusividade, o IPUA 2018 – prêmio de picape internacional do ano. Fundiu a cuca dos formuladores de produto dos concorrentes, em especial os líderes de mercado nesse segmento médio, Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger.
Empresa fez pré-série com 450 unidades vendidas num dia, acertando em formulação e preço – R$ 185 mil, considerado excepcional se comparado com líder no mesmo padrão de decoração: Toyota Hilux a R$ 192 mil.
O argumento de ter força, rapidez e velocidade; aparato eletrônico de segurança, incluindo freios para descidas; volume de equipamentos e acessórios; excelentes bancos dianteiros, deve ser ouvido pelos interessados.
Da Amarok, são sete versões, incluindo chassis, cabine simples, dupla, motores com 140 cv e 34,6kgfm, 180 cv e 42,8 kgfm, e o V6 com 225 cv de potência.
Não é produto para volume, versão V6 tem vendas projetadas de 30% do mix, mas Pablo Di Si, presidente da VW na América Latina, crê num puxador de vendas pela exclusividade do motor de seis cilindros, da potência e torque superiores aos concorrentes. Hoje, a Amarok está em quarto lugar.
Quem conhece, reconhece: Genebra tem o melhor salão de automóveis da Europa. Contido, bem dividido, permite ser observado em dois dias sem maior sacrifício. Frankfurt ou Paris, em alternância, exigem fôlego para percorrer, em média, 14 km de alamedas.
Nesta edição, aberta a imprensa na próxima terça-feira (6), e a público de 8 a 18 de março, são esperados 10 mil jornalistas nos dois primeiros dias, e 700 mil visitantes interessados nos 180 exibidores, 900 veículos expostos, 110 em apresentação europeia ou mundial, com ênfase à crescente onda de supercarros. No dia de abertura, entrevistas com CEOs a cada 30 minutos. As mais aguardadas são as do sempre novidadeiro Sergio Marchionne, da FCA; do presidente da Volkswagen sobre os efeitos do Dieselgate em sua companhia e, nesta edição, do número 1 da Mercedes, para explicar a venda de quase 10% da empresa a um chinês.
No dia 5, os 60 jornalistas integrantes do Car of the Year, mais prestigiosa láurea na indústria automobilística europeia, escolherão o veículo mais representativo do ano. Dos 37 veículos listados e aprovados na primeira semana de testes de estrada, numerosas avaliações, e a última bateria de avaliações nas proximidades de Paris, contando com os fabricantes para aclarar dúvidas – e fazer lobby -, depuraram-se sete finalistas: Alfa Romeo Stelvio; Audi A8; BMW Série 5; Citroën C3 Aircross; Kia Stinger; Seat Ibiza; Volvo XC40. Resultado incógnito, mas a julgar pelos prêmios recentemente recolhidos, chances há de o SUV da Alfa ser o vencedor.
Notícia surpreendente, um chinês comprou 9,69% das ações da Daimler, controladora da Mercedes. É Li Shufu, comandante e principal acionista da China Zhejiagn Geely Holding Group, proprietário de, por enquanto, quatro marcas de veículos: Geely; London Taxi; Volvo; Lotus.
Com US$ 9 bilhões (R$ 29,2 bilhões em conversão direta) tornou-se o maior acionista individual do fabricante de Mercedes automóveis, caminhões e vans. Em segundo lugar no controle acionário da empresa está Kwait Investment Authority, com 6,8%.
Na prática conseguiu seu objetivo – ter acesso à tecnologia de carros elétricos Mercedes. Indelineável separação entre pessoa física, holding, e empresas controladas, quer lançar marca própria nos EUA, carro luxuoso, sob a marca Lynk&Co, e produzir veículos autônomos com base Volvo.
Os Xing-Ling, com insuspeitado poder, vem-se espraiando pelo mundo. Há dois anos propuseram assumir 30% da PSA – Peugeot Citroën DS -, forçando o governo francês a associar-se para evitar o controle estrangeiro sobre a pioneira marca.
E neste turvo mundo das finanças empresariais, dizem-nos aptos a adquirir a FCA – Fiat Chrysler Automobiles, empresa assumindo feição financeira e controladora de dezena de marcas, nas quais a cada dia se percebe o fazer automóveis apenas como negócio sem causa.
Mas vale o registro da surpresa, de alguém preencher o cheque de US$ 9 bi de sua conta pessoal. Não foi associação, fusão, troca de ações, mas negócio de compra, um saque da conta bancária.
SIM? – Luca de Meo, executivo, carreira rápida na Fiat e atualmente na VW, onde preside a espanhola Seat, declarou, ao jornal Expansión, estudos da marca para vender e produzir carros na América Latina. Seat vende no México e esteve na Argentina e Brasil ao início dos anos 90, deixando os dois mercados sem maiores explicações e clientes pouco felizes.
Não – André Senador, diretor de assuntos corporativos na VW Brasil, consultado, desconhece a pretensão. Marca pertencente ao conglomerado VW e, para produzir localmente, seria em instalação industrial Volkswagen.
Difícil – Seat não está no radar de produtos da VW do Brasil, às voltas com muitos lançamentos. Importador independente não parece opção.
Começou – Citroën iniciou produzir na Argentina seu sedã C4 Lounge. Lançamento dia 14, vendas em seguida.
Dúvida – Renault inaugurará fábrica de peças e motores à base de alumínio. Até agora não conseguiu confirmar presença do presidente Temer.
Mimo – Compradores da pré-venda de Ford Mustang levarão brinde adicional: capacete cópia do utilizado pelo piloto Dan Gurney à apresentação do modelo em 1964.
Opção – Décima quarta iniciativa de divulgar veículos e serviços elétricos entre 18 e 20 de setembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP).
Mercado – É o Salão Latino Americano do Veículo Elétrico, agora organizado pela NürbergMesse, mais uma empresa alemã de organização de eventos chegada ao Brasil.
Jogo duro – Nissan avisou produzir nova geração do utilitário esportivo Terra sobre chassis tradicional, de longarinas e travessas. Parece retrocesso, em especial pelas ásperas sensações de condução, mas empresa quer fazê-lo a partir da China e suas descompromissadas condições. Com ele inicia nova divisão de negócios, de comerciais leves.
Melhor – Pirelli foi escolhida Fabricante de Pneus do Ano, na Expo Tecnologia de Pneus em Hannover, Alemanha. Pesaram para a depuração o foco nos pneus Prestige, para veículos de alto valor; maior número de homologações –cerca de 2.000 -; parcerias com 28 universidades e o lançamento do Connesso.
Novidade – O Connesso é um pneu transmissor para celular ou nuvem, de informações com análise de dados de pressão, temperatura e desgaste.
“Democradura” – Parece descrição do fim de governo revolucionário, mas é apenas apreciação sobre as cores mais vendidas de automóveis em 2017. A ditadura do preto e do prata deu abertura ao branco, agora líder: 78% dos veículos de 2017 foram pintados nestas cores.
Como é – Branco liderou com 40%; preto e prata em segunda posição, seguidos por marrom, verde e vermelho, segundo análise da fabricante Basf.
Verdade – Resumo do negócio, quanto menor o automóvel, mais viva a cor.
Mais luz – Phillips inicia vender lâmpadas com até 3.000 horas de vida – usuais oferecem apenas 700 horas. É a LongLife EcoVision, boa para veículos com larga rodagem diária. Há nos tipos H1, H4, H7 e H11, aplicáveis à grande maioria da frota nacional. Custa uns R$ 25, e as comuns em torno de R$ 17.
Negócio – BP/Castrol e Renault firmaram entendimento através da Renault Sport Racing, departamento esportivo da marca, incluindo Fórmula 1 e Alpine. Patrocínio, fornecimento de combustível e lubrificantes, desenvolvimento.
De cá – Óleos BP/Castrol serão primeiro abastecimento, como equipamento de fábrica, e recomendados nas trocas em todos os Renault, Nissan e Mitsubishi. Tremendo mercado: ano passado venderam 11 milhões de unidades.
E? – Capital não tem coração ou patriotismo. A Renault é das mais antigas marcas francesas, mas o patrocínio é britânico…
Gente – Rodrigo Soares, executivo, desafio. OOOO De gerente de vendas a nº 1 em comunicação e imprensa da Porsche. OOOO Boa base acadêmica, era da Mercedes-Benz, onde implantou MB Challenge – as corridas com carros da marca. OOOO Do ramo, conhece o produto, exigências nem sempre consideradas na contratação de executivos como interface a público interessado, como o é o de jornalistas especializados. OOOO
Uma proposta com cunho histórico e atualização industrial iniciou ser tocada pela Mercedes-Benz Cars, a divisão de automóveis da corporação Daimler. Empresa fixou a pedra fundamental e, em paralelo à construção, principia moldar métodos e equipamentos direcionados às novas exigências mundiais de ecologia e informatização no projeto e construção de automóveis.
Pretende a Mercedes repetir fato gravado na história, a produção do primeiro veículo automóvel, o Patent Wagen, de 1886. Markus Schäfer, membro do Conselho da Mercedes-Benz Cars, Produção e Suprimentos, sintetizou a importância da empreita: “como inventora do automóvel, estamos reinventando a produção”.
Vista como apta a ser a mais moderna do mundo, a Factory 56 engloba a síntese de três conceitos: Digital, Flexível, Verde, e com foco sobre as pessoas. O rótulo pretende identificar um novo conceito de construção dentro das exigências para a futuro, em meio a atual demanda por enormes mudanças quanto aos métodos de projeto e fabricação. Quer corporificar as três tendências, ser consistentemente digital, flexível, e com processos rotulados de verdes, criados e implantados com proteção à ecologia e meio ambiente.
A iniciativa recebeu, à cerimônia de fixação da pedra fundamental, importante manifestação de reconhecimento oficial. A Dra. Nicole Hoffmeister-Kraut, ministra da Economia, Trabalho e Construção Habitacional de Baden-Württenberg, estado no sudoeste alemão, a 35 km de Sindelfingen, onde está a sede da Mercedes, comemorou a entronização da pedra fundamental e a construção da nova usina no estado, como local privilegiado para a indústria a longo prazo, garantir a prosperidade do país através da função das indústrias em produção e mobilidade do futuro, ressaltando a tarefa do Estado em apoiar tal inovação.
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Sou usuário do Troller estou pensando seriamente em não mais usá-lo por falta do erbeque
Faltou dar aquela estimada dos preços dos chineses elétricos…