Passat TS: O esportivo que o Boris levou 40 anos para comprar
Boris Feldman revela detalhes de seu Volkswagen Passat TS, completamente restaurado e com "upgrades" com equipamentos de exportação
Boris Feldman revela detalhes de seu Volkswagen Passat TS, completamente restaurado e com "upgrades" com equipamentos de exportação
Todo mundo sabe que o Boris é apaixonado por automóveis antigos e que tem algumas preciosidades na garagem. Mas o que pouca gente sabe é que o jornalista e engenheiro sonhou por anos em ter um clássico nacional: o Volkswagen Passat TS.
O Passat TS chegou ao mercado em 1976, era uma versão mais apimentada do modelo alemão, com linhas retiradas do primo Audi 100 Avant, desenhado por Giorgetto Giugiaro. A versão se destacava pela faixa lateral com o monograma TS (Touring Sport), assim como pelos faróis quádruplos.
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Sob o capô, o Passat TS também era diferenciado. No lugar motor 1.5 que equipava as demais versões do alemão, o TS contava com a unidade BS 1.6 (com carburador Solex) de 96 cv e 13,2 kgfm de torque.
Pode parecer pouco nos dias de hoje, mas nos anos 1970 era muita potência. Ainda mais pelo fato de que esse VW é leve e pesa apenas 902 kg.
O conjunto mecânico era complementado pela transmissão de quatro marchas. O próprio Boris se queixa que falta uma quinta para velocidades de cruzeiro, mas explica também que as relações foram bem dimensionadas, o que não deixa o carro preso.
Leve e com boa relação peso/potência, o Passat TS conta com bom conjunto de suspensão. Hoje a combinação de McPherson (frente) e eixo de torção (traseira) é algo corriqueiro, mas na década de 1970 era um conjunto sofisticado. E o próprio Boris afirma: “O TS é bom de reta e também muito bom de curva”.
Por dentro, o Volkswagen Passat TS tinha acabamento e equipamentos exclusivos. O volante de três raios perfurados é um dos principais destaques ao primeiro olhar.
O modelo ainda contava com conta-giros. Um item trivial atualmente, mas que era raro naquela época. Inclusive até pouco tempo atrás ainda era vendido carro popular sem esse equipamento de leitura.
O modelo ainda vinha com leitor de pressão do óleo, carga de bateria e um relógio de ponteiro.
No Brasil, o Passat não era equipado com ar-condicionado. Mas quando a Volks iniciou as exportações do modelo para o mercado iraquiano, ela se viu obrigada a oferecer sistema de refrigeração. Os comandos vinham no lugar do rádio e este foi deslocado para a junção entre o painel e console central.
Boris conseguiu garimpar um kit original e fez a instalação do sistema de refrigeração. Afinal, não há saudosismo que resista a um engarrafamento com sol a pino.
O Passat TS teve vida curta, deixou o mercado por volta de 1978. Apesar de a VW ter produzido mais de 900 mil unidades do modelo entre 1974 e 1988, a tiragem do TS foi bem reduzida. Tudo isso eleva ainda mais a procura pelo modelo.
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Minha família teve um passat dessa época, ainda guardo o “Manual do Proprietário”, se alguém se interessar…
77 idêntico ao meu exceto pela cor. Devo salientar que o console central do carro é raro, importado da Alemanha e foi instalado na primeira fornada dos TS produzidos em 77 devido a mudança do trambulador e sua nova posição no túnel central.
Na verdade o TS possuía o item ar condicionado como opcional, embora a grande maioria produzida tenha vindo sem ele, pois era um equipamento caro e na época não muito procurado (não se fazia no Brasil o calor que se faz hoje, e andar de vidros abertos não oferecia os riscos de hoje…). E sobre o tempo de produção da versão TS, ela permaneceu em linha até o final de 1982, qdo foi substituída pela GTS (com o lançamento da linha 1983, incorporando a nova frente com os quatro faróis retangulares). Mas claro: essa configuração da matéria, com o visual mais antigo e os faróis redondos, realmente só existiu até o final de 1978.