[0 km x usado] Peugeot 408 Griffe 0 km x Jetta 2016 Highline
No desafio entre dois turbinados, o conforto e requinte francês do contra a robustez e a mecânica do alemão seminovo; preço médio é de R$ 90 mil
No desafio entre dois turbinados, o conforto e requinte francês do contra a robustez e a mecânica do alemão seminovo; preço médio é de R$ 90 mil
Os dois usam turbo e injeção direta, mas cada qual tem sua proposta. O Peugeot 408 traz junto com o motor THP 1.6 o capricho no acabamento e o nível de conforto característicos da marca francesa. Porém, tem de enfrentar as desconfianças de liquidez e pós-venda. Com dois anos de uso, o Volkswagen Jetta 2016 usa o 2.0 TSI, carrega a robustez e a confiabilidade mecânica típicos do fabricante alemão, mas não empolga em detalhes do acabamento e no design previsível.
408 | Jetta |
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3 ★★★☆☆ | 4 ★★★★☆ |
Os dois agradam no desempenho, cada qual na sua proposta. No Peugeot 408, as acelerações do 1.6 de 173/166 cv são ágeis, beneficiadas pelo bom trabalho do câmbio automático de seis marchas. Só que as respostas não vão colar seus rins no encosto do banco, pois as trocas, apesar de pontuais, são bastante suaves. Um desempenho bastante agradável para a cidade e esperto na dose certa para a estrada.
As ultrapassagens são garantidas ao se pisar já na faixa das 1.300 rpm, com o motor enchendo rápido. Só é preciso ficar atento a um pequeno delay entre a quarta e a quinta. Porém, se quiser mais interação, use as aletas atrás do volante para as mudanças sequenciais. A direção eletro-hidráulica mantém a precisão em altas velocidades.
O sedã mexicano da Volkswagen tem uma pegada com um quê esportivo. Os 211 cv do 2.0 TSI a gasolina oferecem respostas mais “brutas”, mas o sempre elogiado câmbio DSG com seis marchas e dupla embreagem não só proporciona trocas rápidas, como permite ao motorista modular melhor o desempenho no pedal direito. Nas retomadas, o Jetta 2016 enche de forma divertida pouco antes das 2.000 rpm, porém fique atento a uma pequenina inércia ao chamar no acelerador. A direção elétrica é bem assistida em baixas e altas velocidades.
408 | Jetta |
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3 ★★★☆☆ | 4 ★★★★☆ |
Em termos de itens de segurança, o Peugeot 408 vem da Argentina com controles de estabilidade e de tração, seis airbags, assistente à partida em rampas, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré, retrovisor eletrocrômico e Isofix. O sedã usa a plataforma PF2 – enquanto lá fora o 408 está uma geração à frente, com a arquitetura EMP2 – e mostra bom equilíbrio em altas velocidades, com rigidez correta – contudo, nas curvas mais ariscas há uma leve tendência do carro sair de frente.
O Jetta 2016 oferece basicamente os mesmos equipamentos de segurança do concorrente da Peugeot, com a adição de bloqueio eletrônico do diferencial e do sistema de monitoramento da pressão dos pneus, mas deve a câmera de ré e o retrovisor eletrocrômico. O carro era feito na plataforma PQ35 – a nova geração chega em breve na moderna MQB. Nas curvas e em velocidades altas, se mantém grudado no chão e a carroceria torce dentro do normal. No Latin NCAP, esta geração ganhou cinco estrelas no máximo de cinco.
408 | Jetta |
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5 ★★★★★ | 4 ★★★★☆ |
O silêncio a bordo e a suavidade no rodar são os destaques no Peugeot 408. Motorista fica à vontade, desfruta de ergonomia satisfatória, o banco abraça bem o corpo e o quadro de instrumentos com fundo branco facilita a visualização. Atrás, dois adultos e uma criança viajam bem, com folga para pernas. Os pneus de perfil baixo (225/45 R17) e a suspensão com acerto mais firme (McPherson na frente e eixo de torção na traseira) sofrem nos buracos. O acabamento tem materiais de qualidade e de texturas suaves, com desenho que mostra sofiticação.
O Jetta 2016 vai na racionalidade alemã da Volkswagen. A posição de dirigir é boa, com ergonomia eficiente na maior parte do tempo. No banco traseiro, dois adultos e uma criança conseguem se acomodar, porém com menos espaço para joelhos e pernas e com o passageiro do meio incomodado pelo elevado túnel de transmissão.
O isolamento acústico é competente até 90 km/h, mas a suspensão multibraço traseira tem calibragem que garante dose de esportividade na estrada e filtra bem as irregularidades na cidade. O acabamento é simples para um sedã desta categoria, com falhas de encaixes aparentes e visual que lembra até o de carros compactos da marca.
408 | Jetta |
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4 ★★★★☆ | 3 ★★★☆☆ |
O exemplar da marca francesa é vendido com bom recheio. Ar-condicionado automático bizona, trio, couro, volante com ajustes de altura e de profundidade, controle de cruzeiro, retrovisores rebatíveis eletricamente, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura, teto solar, rodas de liga leve aro 17”, sensores de chuva e de luminosidade são os principais itens de série da versão topo de linha Griffe. A central multimídia com tela de 7” vem com GPS, HD interno, entrada USB, Bluetooth e espelhamento de celular.
O Jetta 2016 levava alguns dos itens do rival Peugeot 408, porém, o Highline mais completo tinha que receber o pacote Premium, opcional. O kit garantia equipamentos como revestimento de couro, teto solar, retrovisores rebatíveis eletricamente, sensores de luminosidade e de chuva, além de chave presencial, GPS, faróis de xenônio com regulagem de altura e banco do motorista com ajustes elétricos. A central multimídia oferece USB, SD card, Bluetooth e emparelhamento de smartphone.
408 | Jetta |
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2 ★★☆☆☆ | 4 ★★★★☆ |
O três-volumes tem perda de 9,6% após um ano de uso, segundo a Fipe. O problema maior do 408 é a liquidez. Carro que vende pouco e é difícil de repassar. O Jetta 2016 Highline, por sua vez, tem desvalorização pequena, de 5%. É a versão topo de linha, é um Volkswagen e a linha 2016 já tinha passado pela reestilização, aspectos que facilitam sua revenda. O problema é que a nova geração acaba de estrear no mercado brasileiro, e esse ano/modelo tende a depreciar mais.
408 | Jetta |
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3 ★★★☆☆ | 3 ★★★☆☆ |
As seis revisões com preço fixo até os 60.000 km do Peugeot 408 somam R$ 4.636. Já as peças têm preços dentro do esperado para o segmento de sedãs médios. O jogo de quatro pastilhas de freio dianteiras custa R$ 405, o retrovisor externo esquerdo sai por R$ 725, a lanterna traseira tem preço de R$ 804, o farol vale R$ 1.441 e o par de amortecedores traseiros pede R$ 1.247.
O Volkswagen tem revisões com preço fixo de 30.000 km a 80.000 km com valores mais competitivos, que totalizam R$ 3.858. O que pega são os preços das peças, como o kit de pastilhas (R$ 1.148), o retrovisor (R$ 2.546), a lanterna (R$ 1.738) e os dois amortecedores (R$ 2.202). Um farol de LEDs sai por R$ 6.564.
408 | Jetta |
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3 ★★★☆☆ | 2 ★★☆☆☆ |
Pelo Inmetro, o Peugeot 408 obteve médias, com etanol, de 7,3 km/l na cidade e de 9,2 km/l, na estrada. Com gasolina, registrou respectivos 10,6 km/l e 13,0 km/l (notas A no segmento e C, no geral). O Jetta Highline 2016 só vai de gasosa e se mostra pouco mais beberrão, com médias de 9,4 km/l e 12,5 km/l, notas C em ambas as comparações.
408 | Jetta |
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4 ★★★★☆ | 4 ★★★★☆ |
O modelo da marca francesa leva 526 litros e acomoda duas malas grandes e outros volumes. O do Jetta tem capacidade pouco menor (510 litros), mas acomoda a mesma quantidade praticamente e tem acesso melhor.
408 | Jetta |
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27 | 28 |
O Jetta 2016 vence apertado justamente pela reputação mecânica da Volkswagen e pela maior valorização. O modelo, mesmo com dois anos de uso, anima pela pegada mais arrojada e acerto mais firme. O 408, além da vantagem de ser zero quilômetro, é o indicado para o motorista que preza o conforto e o bem estar a bordo.
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Matéria puramente tendenciosa. Vários confrontos em que o francês se iguala ou é melhor por pouco foram subestimados. O 408 ZERO é o melhor sedã custo x beneficio do segmento dentro da sua defasagem de tempo, apesar do otimo powertrain. Não que o Jetta também defasdo não fosse muito bom mas um 0km seria 20.000 mais caro, ou mais … Preconceito puro.
E quanto ao mercado, o 408 tem restrições de mercado ? Ouvi dizer que sim, mas nunca disserram os motivos.