Pinóquio de Ouro 2017: Nissan Frontier e sua suspensão ‘fake’
Nissan força a barra e chama de multilink a suspensão traseira de sua nova picape. Mentira: seria, se as rodas fossem independentes
Nissan força a barra e chama de multilink a suspensão traseira de sua nova picape. Mentira: seria, se as rodas fossem independentes
Fim de ano, época de premiações. São anunciados os vencedores de diversos concursos: o carro do ano, o escolhido, o preferido, o eleito e outras variações… Mas o AutoPapo prefere apontar a maior mentira do ano. Em 2017, quem fez jus ao (menos disputado) troféu, o Pinóquio de Ouro, foi a Nissan, que lançou uma nova geração da sua Frontier.
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A marca é especialista em picapes, o que levou a Mercedes-Benz a propor uma parceria. Como os alemães de Stuttgart não possuem know-how neste segmento, acertaram com os japoneses compartilhar o projeto e já apresentaram sua “variação sobre o tema”: a Classe X.
Como a Renault é parceira da Nissan, ela também terá a mesma picape, chamada pela francesa de Alaskan. As três serão produzidas na fábrica argentina da Aliança Renault-Nissan e, de lá, importadas para o Brasil.
Até iniciar sua produção pelos hermanos, a da Nissan vem sendo importada do México.
A Frontier é moderna, estilosa, tem bom acabamento, espaço interno e um belo projeto mecânico que contempla motores diesel e gasolina, tração simples e integral. Mas, qual é a mentira? A Nissan ter anunciado que a suspensão traseira da Frontier é do tipo multilink (de braços múltiplos).
Para se enquadrar neste conceito, ela tem, necessariamente, que ser independente. A movimentação da roda de um lado interfere o mínimo na outra e procura manter ambas perpendiculares ao piso.
Garante máxima aderência e estabilidade do veículo, sem prejuízo do conforto. Vários automóveis importados e esportivos oferecem esta suspensão. Alguns brasileiros como o Ford Focus e o VW Golf GTI também. Porém, o custo de produção é bem mais elevado.
A Frontier não tem nada disso, pois tem é um baita eixo rígido na traseira. Com uma ligeira sofisticação: é ligado ao chassis por braços múltiplos, o que levou a Nissan a se permitir chamar a suspensão de multilink.
A Mercedes, na picape Classe X, fica no meio do caminho: diz que o eixo traseiro é multilink, seja lá o que isso queira significar. Meia-verdade ou meia-mentira?
A suspensão traseira desta nova picape (a mesma para as três marcas) é até bem elaborada e, em vez das molas semi-elípticas presentes na maioria de suas concorrentes, tem molas helicoidais, que resultam num bom comportamento dinâmico no asfalto e na terra. Mas, multilink ela não é.
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De onde vocês tiraram essa bobagem? Claro que é multilink.
Multilink é sistema de fixação, não tem nada a ver com a comunicação entre rodas.
Entrem no site da Ford americana e veja este mesmo sistema na Raptor… apresentado por ela como multilink. Entrem no site da Toyota e veja o mesmo sistema na Tundra, também chamado lá por multilink. Outros fabricantes, sites de engenharia, todos reconhecem ser multilink, somente vocês que não. Precisam se atualizar.
Quando vocês vão assumir o erro que cometeram aqui?
Tudo que precisam saber está no site Clube da Nissan Frontier, só pesquisar o artigo: A susoensão da Frontier é multilink?
Vocês estão passando vergonha mantendo este erro publicado e não se desculpando por ele.
A suspensão da Frontier é multilink?
Toda a verdade que vocês escondem. Porque? Assumam que vocês tem algum problema pessoal com a Nissan ou interesses em prestigiar outras marcas.
Não tem justificativa para o que vocês fizeram.
Quem escreveu esse artigo não está atualizado sobre as tecnologias de suspensão. A suspensão traseira da Frontier é mutilink e merecedora de elogios, pois é a única da categoria a usar essa tecnologia que oferece mais segurança e conforto.
Que vergonha vocês passaram. Não sabem a diferença entre multilink e independente.
A suspensão traseira da Frontier a partir de 2017 (no Brasil) usa a configuração multilink de eixo rígido. As duas designações que você colocaram nas imagens estão equivocadas. A primeira é de uma suspensão independente, que usa obrigatoriamente a configuração multilink, e a segunda é de eixo rígido, mas ignoraram a configuração multilink de eixo rígido que é outra variação utilizada em vários projetos.
No mínimo vocês deveriam se retratar pela acusação de mentira.
Engenheiro mais mal informado (ou mal formado)… não sabe a diferença entre “multilink” e “independente”… são duas coisas diferentes. Suspensão multilink não necessariamente precisa ser independente, e suspensão independente sim, é sempre multilink. Vai estudar camarada.
Engenheiro mais mal informado (ou mal formado)… não sabe a diferença entre “multilink” e “independente”… são duas coisas diferentes. Suspensão multilink não necessariamente precisa ser independente, e suspensão independente sim, é sempre multilink. Vai estudar camarada.
Caramba, que falta de conhecimento de quem escreveu essa bobagem toda. Aliás, já senti que vocês são bem tendenciosos com algumas marcas.
Suspensão multilink é uma tecnologia que pode ser aplicada em conjuntos independentes ou de eixo-rígido. E este é um conceito que já tem algumas décadas e vocês já deveriam saber. Misturaram tudo aqui. Que vergonha.
Que pisada de bola de vocês. Não tenho frontier mas o pessoal da frontier deve rir muito de vocês.
Sistema multilink é uma coisa, sistema independente é outra. A frontier usa um sistema multilink chamado assim por ter vários apoios, ou braços como do ingles conexões “links”. Suspensão independente é outra história, quando as rodas não estão conectadas por um unico eixo. No caso da frontier trata-se de um sistema multilink de eixo rígido. Essa é a nomenclatura mundial do sistema, todos os veículos multilink não independentes são chamados assim no mundo inteiro, multilink de eixo rígido, só voces estranharam isso.
Engano de vocês. A suspensão é sim multilink, apenas não é independente.
A suspensão multilink não precisa ser independente, pois pode ser de eixo rígido e ainda ser fixada por multilinks.
Inúmeros artigos técnicos estrangeiros mostram isso, e outros veículos no exterior usam este conceito, e também o chamam de multilink de eixo rígido.
Acho que o “Pinóquio de Ouro” deveria ir para vocês.
Acho que falta conhecimento técnico por falta dos redatores desse site. Dei uma breve navegada pelo site, e percebi o quão raso e superficial é passada as informações para os consumidores. Tanto no comparativo do Kicks x Captur, quanto dessa matéria a respeito do multilink. Vocês odeiam a Nissan? É sério?
Multilink, significa multibraço, nada tem a ver com a variação de torna-lá independente, pois ambas tem propostas diferentes. Frontier é um carro montado em um chassi rígido. Carros feitos em monobloco, como o FIAT TORO, OROCH e até mesmo o NEW CIVIC utilizam desta tecnologia independente, que é apropriado pro modelo de montagem.
Olá, Renan. Não odiamos nenhuma marca. Temos uma postura crítica com todas.
Sobre a suspensão, se as rodas não forem independentes é errado chamá-la de multilink.
Obrigado e abraço
Errado. Multilink é ancoragem por vários braços. Independente é quando as rodas não se comunicam, por um eixo, por exemplo. A suspensão traseira da Frontier é multilink com eixo rígido. É uma configuração comum em outros veículos. Veja as patentes, entenda as diferenças e faça a correção desta informação para não enganar os leitores que podem repetir essa bobagem. Até na Wikipédia vocês encontram essa informação de forma correta.
Renan, você está certíssimo.
Inclusive o pedido de patente da “suspensão multilink independente” (é essa a patente, e não suspensão multilink apenas), destaca duas características da suspensão, o fato dela ser “independente”, e o fato dela ser “multilink”. Ou seja, o conceito de “multilink” é relativo ao sistema de fixação das rodas ao veículo (através de vários braços – várias ligações multi-links), e não ao conceito de suspensão independente.
O Auto Papo errou feio. Acho que se apressou na época com a informação sem ter tido o cuidado de fazer uma pesquisa técnica mais profunda.