Quem tem diabetes pode dirigir com mais segurança se seguir 5 dicas
Motoristas com hipoglicemia podem perder parte da capacidade de dirigir; por isso, especialmente em viagens, convém tomar certas precauções
Motoristas com hipoglicemia podem perder parte da capacidade de dirigir; por isso, especialmente em viagens, convém tomar certas precauções
Quem tem diabetes pode dirigir sem qualquer restrição, ao menos do ponto de vista legal. É que não existem regras específicas para habilitar portadores dessa doença no Brasil, onde ela atinge 13 milhões de pessoas, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Se, durante o exame físico, o perito constatar que o condutor tem boa saúde, não há obstáculo algum para conceder o documento.
Entretanto, mesmo que não existam barreiras legais, os motoristas diabéticos são mais vulneráveis a determinados riscos. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), quadros de hipoglicemia, aos quais portadores de diabetes, especialmente do tipo 1, estão expostos, aumentam consideravelmente a possibilidade de ocorrer um acidente.
Segundo a Abramet, “estudos realizados em simuladores com voluntários portadores de diabetes tipo 1 demonstraram que: hipoglicemias moderadas alteraram, de forma importante, a capacidade de dirigir em 35% das pessoas.” Entre os problemas observados, estão desvios de direção, guinadas, saídas da pista, excesso de velocidade, condução lenta, freadas e acelerações. Até mesmo pessoas com hipoglicemias leves tiveram alguns desses prejuízos.
Além disso, o tempo decorrido entre a percepção dos sintomas e a necessidade de correção pode ser muito curto. “Portadores de diabetes tipo 1 podem não avaliar corretamente quando seus níveis glicêmicos estão suficientemente baixos para propiciar uma direção veicular insegura, dirigindo grande parte do tempo nessa condição”.
A boa notícia é que, se o índice glicêmico estiver controlado, quem tem diabetes pode dirigir de maneira segura. Para ajudar motoristas que sofrem com a doença a prevenir riscos no trânsito, a HMD Brasil, fabricante de produtos de saúde, elaborou algumas dicas, que podem ser úteis especialmente em trajetos mais longos. Confira:
Viagens longas ou prolongadas podem exigir cuidado especial com a alimentação. Afinal, a quantidade ingerida de carboidratos simples e açúcares tende a aumentar nessas circunstâncias. O diabético pode traçar um plano com um médico, com itens que podem ou não ser consumidos durante o roteiro. Também é conveniente não ficar hospedado em locais distantes de hospitais e farmácias.
O medidor da glicemia (glicosímetro), os aparelhos e os medicamentos de uso diário devem ficar à mão. Evite colocá-los no fundo do porta-malas, embaixo de outras bagagens. Além de dificultar o acesso, essa prática pode fazer com que eles sofram danos. A Associação Americana de Diabetes também recomenda levar uma reserva para possíveis imprevistos, com o dobro do que seria utilizado normalmente.
O teste de glicemia deve ser feito antes de pegar a estrada e a cada três ou quatro horas de direção. O motorista também deve fazê-lo se suspeitar de hipoglicemia. Desse modo, quem tem diabetes pode dirigir por distâncias maiores com total consciência de sua capacidade física.
Dirigir por longos períodos sem parar é algo desaconselhável para qualquer motorista, mas especialmente para os que têm diabetes. Durante as paradas, além de ser possível fazer o teste de glicemia, é conveniente caminhar um pouco. Alongamentos também são eficientes para evitar dores e inchaços.
Se alguma refeição atrasar ou houver muito trânsito no caminho, o motorista diabético deve recorrer a algum snack. Leve-os consigo no carro, não apenas em viagens, mas em qualquer deslocamento mais longo. Esses lanches, claro, devem ser saudáveis: barras de cereal, iogurtes desnatados e frutas são boas opções.
Alimentos com muitos carboidratos e gordura devem ser sempre evitados, pois eles podem desregular os níveis de açúcar no sangue. Vale lembrar que o consumo de bebidas alcoólicas, além de ser proibido para todos os motoristas, é contra-indicado para quem tem diabetes.
Fotos Shutterstock
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