Sandero RS Racing Spirit: avaliamos o hatch esportivo da Renault
Modelo francês ganhou uma série especial limitada a 1.500 unidades denominada Racing Spirit que tem detalhes visuais agressivos e mais potência
Modelo francês ganhou uma série especial limitada a 1.500 unidades denominada Racing Spirit que tem detalhes visuais agressivos e mais potência
A Renault decidiu deixar a versão com apelo esportivo do seu hatch, a Sandero RS, mais agressiva, e fez uma série especial limitada a 1.500 unidades denominada Racing Spirit. Destaque para o visual chamativo, com detalhes em vermelho que transmitem harmonia e imagem vigorosa.
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O colorido foi aplicado em adesivos laterais, friso do para-choque dianteiro, extrator de ar do para-choque traseiro, pinças de freio, tecidos dos bancos, nas saídas de ar e no painel de instrumentos. Salamaleques a parte, a mecânica é basicamente a mesma do Sandero R.S, com acréscimo de pneus esportivos e controle de tração.
Porém, ao contrário de grande parte dos outros compactos enfeitados, cuja esportividade se restringe ao visual, o desempenho do Sandero RS Racing Spirit é vigoroso. O motor 2.0 rende 150 cv de potência e tem torque de 20,9 kgfm a 4.000 rpm. A aceleração de 0 a 100 km/h é em oito segundos e a velocidade máxima chega a 202 km/h.
Mas deixaram no modelo o famigerado tanquinho de partida a frio, que já foi extinto em muitos veículos básicos. Outro problema é a engasgada ao voltar a acelerar após cada mudança de marcha. Compromete o prazer de dirigir e também conforto de todos a bordo. Só mesmo cambiando com muita calma para minimizar a “chacoalhada”.
A potência sobra, se a proposta for usar o carro de maneira corriqueira. Porém, não é nada de outro mundo se o desejo é transformar o Sandero em um esportivo. Certo é que o barulho do motor – mais evidente que no Sandero convencional – é uma delícia nos primeiros minutos, mas em longas viagens chega a ser cansativo.
O ajuste firme da suspensão junto às rodas 17 polegadas com pneus perfil 45 e largura 205, proporciona boa estabilidade e aderência, melhor que no Sandero RS básico que é calcado com pneus com medidas 15/65/185.
O interior é basicamente o mesmo. O banco do motorista corre pouco e o trilho acaba antes que os mais altos consigam uma perfeita acomodação para as pernas. O volante regulável apenas em altura fica muito à frente em relação aos pedais, forçando o motorista a colocar o encosto praticamente na vertical para ter os braços bem posicionados.
Não foi possível um bom ajuste para o motorista, que mede 1,84 m. A solução foi acostumar com o posicionamento possível. Na traseira do Sandero RS, boa largura para dois adultos e uma criança em assento baixo que não apoia bem as coxas e falta espaço para os joelhos. O bom porta-malas tem capacidade para 320 litros.
Com uma placa afixada sob a alavanca do freio de estacionamento contendo o número da unidade produzida, dentro do total de 1.500 da série Sandero RS Racing Spirit, o interior do é extremamente espartano, sem nenhuma superfície acolchoada fora os assentos com tipo de tecido que esquenta bastante.
No painel de instrumentos não há medidor de temperatura, o que impede a percepção de comportamento anormal do motor antes que a luz-espia se acenda e o veículo tenha que ser imobilizado imediatamente. Outro detalhe que deixa a desejar é a falta de iluminação no botão de ajuste dos retrovisores externos.
Fora a descarga, o funcionamento geral é bastante silencioso, exceto o fechar das portas traseiras que produzem barulho de “lata” vazia. A transmissão manual com seis marchas tem bons engates, mas “embucha” se forem tentadas mudanças muito rápidas. É melhor cambiar com calma e parcimônia.
Na segurança, além dos itens exigidos por lei, nada presente que mereça comentário. O Sandero RS Racing Spirit fica devendo cinto de segurança de três pontos e encosto de cabeça para o passageiro traseiro central.
Quanto ao comportamento em colisões, o Sandero foi muito mal no último teste realizado pela Latin NCAP em 2012 quando recebeu apenas uma estrela. Com consideráveis diferenças, o irmão romeno fabricado pela Dacia levou três estrelas em 2013 na Latin NCAP.
Hatch compacto com quatro portas e capacidade para cinco ocupantes.
Brasil, São José dos Pinhais – PR.
O números de consumo são péssimos. Conforme as medições do Conpet para o Sandero R.S. original que tem o mesmo motor, levou nota E na categoria, com consumo cidade/estrada de 5,9/7,6 km/l com etanol e 8,3/10,8 km/l com gasolina.
A versão testada, Sandero R.S. Racing Spirit custa R$ 66.400,00.
Embora significativas diferenças, os concorrentes mais próximos são Peugeot 208 GT (R$ 83.990) e Citroën DS3 (R$ 84.250).
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