SUVs, só que não: relembre 5 carros cujos fabricantes tentaram ‘promover’
Para tirar proveito do segmento que caiu nas graças dos consumidores, fabricantes fazem de tudo: até tentar mudar alguns produtos de categoria
Para tirar proveito do segmento que caiu nas graças dos consumidores, fabricantes fazem de tudo: até tentar mudar alguns produtos de categoria
Atualmente, os carros da moda são os SUVs. O consumidor brasileiro se encantou pelos modelos “altinhos”, tanto que eles extinguiram segmentos inteiros, como o das peruas. Consequentemente, os fabricantes priorizam os veículos desse gênero: na falta de novos produtos para colocar no mercado, alguns já chegaram até a classificar automóveis de outras categorias como utilitários.
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Talvez o mais famoso caso de “promoção a utilitário” do mercado seja o do Kwid: quem não se lembra do slogan “o SUV dos compactos”, veiculado em 2017, durante a campanha de lançamento? Mas o fato é que o modelo não é nem SUV, nem compacto: trata-se de um subcompacto, de 3,68 m de comprimento, com suspensão elevada e 18 cm de vão livre do solo.
Dirigimos o novo Renault Kwid ,na versão Outsider: assista ao vídeo!
Tudo bem: graças à generosa altura de 19 cm em relação ao solo e ao sistema de bloqueio de diferencial batizado de Locker, a Weekend Adventure era até valente na terra. Mas o caso é que nem por isso ela deixava de ser uma autêntica perua, derivada do Palio. Em 2008, porém, quando lançou uma atualização do modelo, a Fiat o chamou de “SUV light” no material de divulgação.
Antes de se juntar à Fiat no grupo Stellantis, a Citroën também tentou inserir um de seus carros entre os SUVs: o C3 AirCross. Originalmente, ele não escondia ser uma versão aventureira do C3 Picasso, que por sua vez era um autêntico crossover, que mesclava características de monovolume e multivan. Só que a versão sem adereços ao estilo off-road fez pouco sucesso e saiu de linha em 2015. O fabricante, então, não hesitou em “promover” o modelo. E olha que ele tinha um vão livre de apenas 12,9 cm.
Desde o lançamento, em 2017, até o fim da produção, em 2021, a Honda sempre classificou o WR-V como SUV compacto. Contudo, esse rótulo é puro marketing: o modelo não passava de um Fit com alterações na suspensão e e retoques no design da dianteira e da traseira. O que não dá para negar é que o fabricante elevou bastante a altura em relação ao solo, que chegava a 19,9 cm.
Lembra-se do Celer, hatch compacto que marcou a inauguração da fábrica da Chery em Jacareí (SP)? Pois bem, depois que a Caoa assumiu as operações da marca no Brasil, em 2018, tratou de reestilizar e elevar da altura do solo do modelo. Ele passou a se chamar Tiggo 2 e, claro, mudou de categoria, ao menos segundo o fabricante. Em 2021, veio outra atualização, envolvendo design e mecânica, com direito a mais uma mudança de identidade, agora para Tiggo 3x. Mas, no fim das contas, trata-se de outro dos carros ‘promovidos’ a SUVs.
Vale a pena gastar tanto para estar na moda com um SUV? Boris Feldman opina em vídeo!
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Pior ainda do que os marqueteiros que vendem essa lorota, é o consumidor que faz questão de acreditar nela, dispondo-se à pagar valores superfaturados e orgulhando-se de inflacionar o mercado – só pra “estar na moda”.