Estes 5 SUVs foram domesticados e não são mais utilitários
Esse termo já serviu para identificar veículos multiuso, agora que está na moda é usado para muitos carros que têm medo de poeira
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Antigamente, ter um SUV demandava compromisso: eram veículos fora de estrada desconfortáveis e pouco práticos. Hoje, essa sigla estampa carros comuns, só que mais altos. Os SUVs foram domesticados.
Claro que ainda existem modelos que honram as origens, mantendo o chassi ou o eixo rígido. Outros, como os Land Rover, usam a tecnologia para ajudar nas trilhas e facilitar a vida do motorista.
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Porém o consumidor nem sempre quer saber se o seu SUV é capaz de subir uma pirambeira, ele quer apenas o estilo. As montadoras perceberam isso e domesticaram alguns modelos para conseguir baixar os preços, facilitar a produção e vender mais. Veja alguns exemplos:
O nome Blazer apareceu pela primeira vez na Chevrolet em 1969, com um SUV de duas portas derivado da picape K10. Era o rival do Ford Broco e trazia teto removível.
Nos anos 80 foi criado o S10 Blazer, derivado da picape média. O modelo chegou ao Brasil em sua segunda geração e fez sucesso, já que não haviam concorrentes nacionalizados.
Hoje temos um SUV de verdade na linha nacional da Chevrolet com o nome Trailblazer. Já o nome Blazer segue em uso nos EUA por um crossover domesticado similar ao Ford Edge, com plataforma de carro e uma tração integral feita para os motoristas estadunidenses se sentirem seguros nos meses onde neva.
O rival do Chevrolet Blazer também virou um SUV domesticado com o passar do tempo. Em 2010 foi lançada a quinta geração do modelo, que trocou o chassi separado da carroceria por uma estrutura do tipo monobloco.
Só isso não seria problema, pois existem grandes SUVs com monobloco. Mas a Ford adotou a plataforma de tração dianteira do sedã Taurus, que por sua vez era derivado do Volvo S80. Essa arquitetura fez do Explorer uma “peruona”.
Atualmente ele já está na sexta geração e foi para uma nova plataforma, ainda monobloco. O modelo novo tem a tração traseira como base e um sistema de tração integral melhorado, mas o desempenho no fora de estrada ainda não é o destaque.
O primeiro Jeep Cherokee era uma versão de duas portas do grandalhão Wagoneer. Em meados dos anos 80 ele estreou em carreira solo, com porte menor.
Esse Jeep Cherokee foi produzido de 1983 a 2001 e possui hoje uma legião de fãs. Sua estrutura era monobloco, porém a suspensão adotava eixo rígido na dianteira e na traseira, já o motor era um robusto seis cilindros em linha 4.0. Era um jipe com carroceria fechada.
Ele foi substituído por um SUV mais domesticado, porém que ainda era valente. Seu nome nos EUA era Liberty, mas no Brasil e na Europa seguiu como Cherokee.
O nome antigo voltou em 2013 para todo o planeta em um SUV médio com plataforma da Fiat. A sua tração integral era limitada, assim como a dos Renegade e Compass nacionais, e o Jeep Cherokee virou mais um nesse segmento enorme.
O Suzuki Vitara possuiu diversos nomes, mas sempre foi um jipinho com chassi, tração 4×4, reduzida e eixo rígido na traseira. O modelo ainda é muito procurado pelos jipeiros atualmente e mantém valor alto no mercado de usados.
Sua terceira geração quebrou um pouco essa fórmula adotando o monobloco e a suspensão traseira independente. Porém ele ainda trazia motor longitudinal e uma tração 4×4 com reduzida.
Na quarta geração o SUV japonês foi domesticado de vez: ficou menor, adotou uma plataforma de tração dianteira e virou um crossover compacto. O peso baixo e o motor 1.4 turbo deixaram o Vitara divertido e econômico, mas quem gosta de trilhas teve que migrar para o jipinho Jimny ou procurar um usado.
Pode não parecer, mas o primeiro Porsche Cayenne era um SUV de respeito no fora de estrada. Como ninguém sabia o que esperar do público de um utilitário de luxo, a montadora alemã preferiu fazer o carro competente em tudo.
A primeira geração do Cayenne trazia tração 4×4 com reduzida, suspensão a ar com modo específico para o fora de estrada, bloqueio de diferencial e foi testado em condições extremas. Com o carro no mercado a Porsche percebeu que o comprador dos SUVs de luxo eram domesticados, não se arriscavam nas trilhas.
Por isso, a segunda geração foi simplificada nesses atributos: perdeu a caixa de transferência com reduzida e o bloqueio de diferencial. Isso deixou o carro mais leve e permitiu que a Porsche focasse nas versões esportivas.
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Sem dúvida, os SUVs mais antigos, principalmente vindos dos anos 90, tinham um apelo off road muito maior. Um charme sem igual.
Os SUV agora são kwid, pulse, nibus e pseudo fakes kkkkkkk