SUVs e atropelamentos: o perigo da categoria que mais cresce
Constatação é do IIHS, dos Estados Unidos; no país, o número de acidentes fatais em veículos envolvendo SUVs aumentou 81% em cinco anos
Constatação é do IIHS, dos Estados Unidos; no país, o número de acidentes fatais em veículos envolvendo SUVs aumentou 81% em cinco anos
O Instituto de Seguros para a Segurança na Estrada dos Estados Unidos (Insurance Institute for Highway Safety – IIHS) analisou os registros de acidentes de trânsito no país e destacou o aumento considerável (46%) do número de mortes de 2009 a 2015. Uma outra constatação chamou atenção dos pesquisadores: os SUVs têm extremidades frontais mais altas e muitas vezes mais verticais do que as outras categorias, por isso têm maior probabilidade de atingir um pedestre na cabeça ou no peito durante os atropelamentos.
Essas características levam os utilitários esportivos a liderarem um ranking desastroso: acidentes fatais em veículos individuais envolvendo SUVs aumentaram 81% nos EUA, mais do que qualquer outro tipo de categoria.
As variáveis mais comuns nos atropelamentos foram apontadas pelo IIHS: a grande maioria das mortes de pedestres nos EUA ocorre no escuro. Em 2016, 4.453 pedestres foram mortos no escuro, em comparação com 1.290 à luz do dia e 205 ao amanhecer ou ao anoitecer. As fatalidades acontecem geralmente longe de cruzamentos, em estradas principais ou vias de trânsito rápido. Um problema que justifica, segundo a pesquisa estado-unidense, parte dos acidentes é a falta de estrutura para pedestres nessas vias, como passarelas.
No Brasil, 6.900 pedestres morreram vítimas de atropelamentos em 2015. O Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) aletra para medidas que podem diminuir o número desses incidentes: melhorias na infraestrutura viária e no projeto dos veículos (com áreas de absorção de impacto projetadas não só visando a redução das lesões nos seus ocupantes, mas também nas pessoas que podem ser atropeladas). Em concordância com o órgão brasileiro, o HLDI constatou que veículos da marca Subaru equipados com detecção de pedestres se envolveram 35% menos em atropelamento que os demais veículos.
Em Detroit, que teve a maior taxa de mortes de pedestres das principais cidades dos EUA em 2016, a cidade viu melhorias nas mortes de pedestres após a instalação de 65 mil postes, de acordo com a Free Press. O IIHS vem trabalhando para incentivar melhorias nessa área por meio de seu programa de classificação de faróis, lançado em 2016.
Fazer dos SUVs carros mais “gentis” é uma solução? Assim como o ONSV, o IIHS tem destacado a ideia de modificar a dianteira dos veículos para torná-los mais “suaves”- por meio de capuzes removíveis, almofadas de para-choque, airbags para pedestres e ou faróis que quebram com o impacto. Muitas montadoras já se concentram em colocar nos veículos mais luxuosos detectores de pedestres que acionam a frenagem de emergência automática.
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