Carro usado: 10 fatos sobre o Honda Civic 2008
Oitava geração do sedã médio japonês rompeu com tradicionalismo da categoria e é valorizada entre no mercado de usados
Oitava geração do sedã médio japonês rompeu com tradicionalismo da categoria e é valorizada entre no mercado de usados
Falar de Honda Civic é sempre uma tarefa fácil e difícil ao mesmo tempo para qualquer escriba. Fácil porque é um carro com uma trajetória de sucesso e com qualidades irrefutáveis. Difícil porque achar defeito no tradicional sedã médio é comprar briga até com pai e mãe.
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Além disso, também é missão quase impossível eleger uma fase melhor do três-volumes da marca japonesa. Por isso, vamos destacar 10 fatos do Honda Civic 2008, da oitava geração global do modelo e terceira a ser produzido no Brasil.
Com a abertura do mercado às importações, o Honda Civic foi um dos primeiros carros estrangeiros a aportar no Brasil, em 1992. Os sedãs vendidos aqui eram da quinta geração e eram fabricados em Ohio, nos Estados Unidos, com motor 1.6 de 125 cv e versões manuais ou automáticas, estas com câmbio de quatro marchas.
O Honda Civic de sexta geração foi o que inaugurou a fábrica da montadora japonesa em Sumaré (SP), a partir de 1997. Entre as inovações, suspensão traseira independente e barras de proteção laterais nas portas. O motor era o 1.6 com bloco e cabeçotes de alumínio e “opção” de comando variável de válvulas – quando a potência saía dos 106 cv para 127 cv..
Na virada de 2000 para 2001 surgiu a sétima geração do Honda Civic no Brasil, que trouxe motores mais modernos e eficientes, porta-malas maior e aprimorou a lista de equipamentos. Com motor 1.7 16V, e potências de 115 cv e 130 cv, foi o modelo que tirou a liderança do segmento do Toyota Corolla no início do século.
Um dos grandes momentos do Honda Civic no Brasil foi mesmo o lançamento da oitava geração, em 2006. Ganhou design arrojado para os padrões do modelo e do segmento, além de novos motores. Essa fase do design será decantada nos outros tópicos desta matéria.
Depois dessa, o Honda Civic ainda teve mais duas renovações no país. Em 2012, quando encaretou novamente, e em 2016, quando ousou para valer pela última vez como um produto feito no Brasil. Deixou de ser produzido em 2021 e hoje a 11ª geração é importada da Tailândia com conjunto híbrido e preço estratosférico.
Como dito, em 2006 a Honda quebrou o conservadorismo do segmento com o New Civic. O design foi o ponto alto do sedã médio, com faróis integrados à grade e linhas mais fluidas, em um estilo muito mais moderno que os rivais do segmento.
Dentro, o Honda Civic também ousou. Destaque para o quadro de instrumentos em duas seções com mostradores digitais e o painel voltado para o motorista, além de acabamento com detalhes com ares mais esportivos.
Nesta geração, o sedã veio de motor 1.8 16V de 140 cv e câmbio automático de cinco marchas. Em 2008, o Honda Civic, já linha 2009, passou por reestilização para celebrar as 300 mil unidades produzidas no Brasil e seu propulsor virou flex.
Em 2008, o Honda Civic ainda teve aqui sua versão mais divertida, a Si. Com motor 2.0 de 192 cv e câmbio manual de seis marchas, recebeu calibragem mais firme nos freios, direção e suspensão, e adotou bloqueio do diferencial. Foi o esportivo nacional mais potente do país, salvo um um VAR da Volks que alegava que o Golf GTI era mais potente quando usando gasolina de alta octanagem.
Um detalhe é que esse New Civic foi vendido como Acura, a marca de luxo da Honda. Chamado de CSX nos Estados Unidos, tinha detalhes diferentes na grade, faróis maiores e acabamento bem mais caprichado, mas a base e a casca eram as mesmas. Inclusive teve versão Type S com a mesma mecânica do nosso Civic Si.
Uma das maiores rivalidades automotivas é a disputa Civic x Corolla. No Brasil o modelo da Toyota historicamente leva a melhor dentro do segmento de sedãs médios. Porém, a oitava geração do Honda mudou um pouco essa regra.
Em seu primeiro ano cheio, 2007, o modelo feito em Sumaré já arrebatou a liderança da categoria, com 47.747 emplacamentos. Mas foi em 2008 que o Honda Civic teve seu melhor desempenho em vendas e a maior distância para o rival: 67.676 contra 45.634, Em 2009, porém, o Corolla retomou a ponta.
O motor 1.8 16V segue aquela receita do sedã. Tem força, mas sem arroubos nas arrancadas ou nas retomadas. São 140 cv de potência com etanol e 138 cv, com gasolina e respectivos 17,7/17,5 kgfm de torque a 4.300 rpm (o Honda Civic virou flex em 2008) que garantem esse desempenho pacato, sem ser manco.
O câmbio automático de cinco marchas segue a pegada de conforto. Faz mudanças suaves, porém segura qualquer tentativa mais assanhada no pedal do freio. Desta forma, o 0 a 100 km/h fica entre 11 e 12 segundos. E o consumo na cidade anota médias apenas regulares de 7 km/l com etanol e de 8,5 km/l, com gasolina.
Nesta era, o entre-eixos do Honda Civic foi para 2,70 m e a engenharia da montadora melhorou o aproveitamento da cabine. Motorista tem boa posição de dirigir e banco confortável, além do volante de boa pegada. Os instrumentos afastados facilitam a visualização rápida e mantêm os olhos do motorista por mais tempo na via.
No banco traseiro, dois adultos e uma criança têm espaço suficiente para pernas e joelhos. O acabamento interno ficou mais caprichado e a densidade dos assentos e encostos deu um belo upgrade no Honda Civic 8. A suspensão, porém, bate meio seca em buracos e quebra-molas.
O porta-malas de 340 litros do Honda Civic foi muito criticado. Volume inferior até na comparação com sedãs compactos. Tudo porque o modelo da marca japonesa foi projetado para ter estepe de uso temporário, algo que não era permitido pela legislação brasileira à época.
Por causa disso, a Honda teve de improvisar um estepe nas mesmas dimensões dos pneus originais e elevar o assoalho do compartimento de bagagem, que perdeu espaço.
Vamos de Honda Civic 2008 na versão EXS com câmbio automático e já como linha 2009. Tem controles eletrônicos de estabilidade e tração, airbag duplo frontal, freios com ABS e EBD e cintos de três pontos e encostos de cabeça para todos os cinco ocupantes do sedã médio.
No conforto, ar automático, trio elétrico, bancos de couro, controle de cruzeiro, ajustes de altura e de profundidade do volante, descansa-braço dianteiro, troca de marchas na direção e som com CD player (lembre-se que é um carro de mais de 15 anos).
O Honda Civic EXS 2008 tem preços entre R$ 40 mil e R$ 52 mil nas plataformas de compra e venda de veículos (valores levantados na segunda quinzena de setembro de 2024).
O Civic carrega aquela fama de Honda que nunca dá problema. A manutenção do motor 1.8 é tida como tranquila e os preços dos componentes são fiéis ao que se vê no segmento de sedãs médios.
Veja os preços de algumas peças do Honda Civic 2008:
O Honda Civic está longe de ser uma fonte de problemas, mas tem defeitos comuns em detalhes de sua mecânica. Por exemplo, um pequeno filtro que fica dentro dos bicos injetores costuma ressecar com facilidade e entope a peça. Já a rosca do filtro de óleo pode rachar e provocar vazamento de lubrificante.
Fique atento também à suspensão dianteira. É comum o desgaste precoce das buchas, amortecedores, batentes e bieletas. Observe também o estado do tensor da corrente de distribuição.
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Inquebrável não é,mas dura bem mais q alguns modelos da Chevrolet,wolksvagem,fiat peugeot,citroen e etc.
O Meu CIVIC e 2006/2007 Gasolina km 73.000
Carro bom mas não tem estatabilidade joga traseira muito fácil cuidado não confia 2009. Vectra muito mais carro
Quem fala que é inquebrável merece 2 dedadas no toba
Civic flex não sei qual primeiro modelo que saiu, mas meu que é 2007/2007 já é flex.