Carro usado: 10 fatos sobre o Toyota Corolla 2010
Mesmo com quase 15 anos de uso e duas gerações defasadas, sedã médio é sempre uma pedida de carro confortável e com fama de indestrutível
Mesmo com quase 15 anos de uso e duas gerações defasadas, sedã médio é sempre uma pedida de carro confortável e com fama de indestrutível
Escrever sobre Toyota Corolla é sempre um desafio. É como escrever sobre uma entidade muito querida em alguma religião. Apontar seus defeitos muitas vezes pode despertar uma ira de seus fiéis seguidores. Ainda bem que o sedã médio tem mais qualidades do que pontos negativos.
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Isso em qualquer geração. Por isso, desta vez separamos o Toyota Corolla 2010, duas gerações atrás da atual. Um carro que, mesmo com tanto tempo de uso, é robusto, confortável e razoavelmente bem equipado. Virtudes que o tornam sempre uma boa opção de usado.
Mas antes de escolher o seu, veja 10 fatos sobre o Toyota Corolla 2010.
A 10ª geração – a quarta brasileira – do carro mais vendido de todos os tempos no mundo foi lançada em março de 2008 no nosso mercado. Usava a mesma arquitetura do Corolla “Brad Pitt”, produzido anteriormente, e adotou novos acertos de suspensão e carroceria, assistência elétrica da direção e acelerador eletrônico no lugar do prosaico (já para aqueles tempos) sistema por cabo.
Em 2010, o Toyota Corolla adicionou o motor 2.0 à gama – que já usava o 1.8 e aproveitou para aposentar o 1.6. Naquele mesmo ano, esta geração do sedã passou a ter as famosas versões Altis como as topo de linha (que perduram até hoje) e experimentou outras configurações de acabamento até se despedir, em 2014.
Essa fase do Toyota Corolla foi a que mais penou para superar o Civic, que havia estreado uma nova geração ousada e moderna, em 2006 – conhecida como New Civic. Nos dois primeiros anos cheios de vendas, o Honda levou a melhor.
Mas a virada veio em 2009, por uma diferença de licenciamentos apertada. A volta do Toyota Corolla à liderança de categoria se consolidou mesmo em 2010, quando o modelo produzido em Indaiatuba (SP) abriu uma vantagem de mais de 20 mil carros para o rival.
Veja os placares Toyota Corolla x Honda Civic ano a ano nas décadas de 2000 e 2010:
*Dados do Renavam divulgados pela Fenabrave
Seja com motor 1.8 ou 2.0, o desempenho do Corolla vai sempre priorizar o conforto. Por isso, as diferenças de comportamento estão nos detalhes, e ambos os conjuntos conseguem entregar desempenho suficiente com rodar suave e aquela fama de construção robusta e inquebrável.
Vamos começar pelo motor 1.8 16V. São 136 cv de potência máxima com etanol e 132 cv, com gasolina. Como dito, a pegada aqui é a tradição do segmento, com arrancadas apenas satisfatórias e um 0 a 100 km/h em 11 segundos.
Isso com o câmbio manual de seis marchas. Com a transmissão automática de quatro velocidades há imprecisões em médios giros e certa demora nas trocas, mas nada que chegue a irritar e comprometer demais o 0-100 km/h do sedã.
O motor 2.0 16V que chegou ao Toyota Corolla em 2010 com seus 153 cv com etanol e 142 cv, com gasolina, pode parecer bem mais esperto. Verdade que reduz o tempo das arrancadas, mas está longe de ser muito mais veloz: 0 a 100 km/h em 10,5 segundos.
A caixa automática – com as mesmas quatro marchas – é que parece combinar melhor com o propulsor e sua elevada taxa de compressão, de 12,1:. Especialmente nas retomadas. São 20,7/19,8 kgfm de torque máximo a 4.000 rpm, e um 60 a 100 km/h em pouco mais de 6 segundos.
Claro que o motor maior que estreou no Toyota Corolla em 2010 cobra a conta na hora de abastecer. No caso das versões 1.8, as automáticas se mostram mais econômicas na cidade. Veja as médias de consumo do sedã, e km/l.
Toyota Corolla 2010 1.8 MT*
Toyota Corolla 2010 1.8 AT*
Toyota Corolla 2010 2.0 AT**
*PBEV
**Testes de veículos de imprensa à época
É o grande apelo da linha Toyota Corolla. A suspensão trabalha bem e absorve de forma eficiente a buraqueira da cidade, enquanto o isolamento acústico funciona até 100 km/h. O acabamento interno, sobre o qual detalharemos a seguir, melhorou em termos de design e manteve os encaixes corretos.
Os bancos abraçam bem o motorista e o passageiro. Na parte de trás, os 2,60 metros de entre-eixos só garantem dois adultos e uma criança sem apertos, mas com vão justo para os joelhos. O destaque fica para o porta-malas, com seus 470 litros de volume.
Se nessa décima geração a Toyota economizou nas mudanças no design externo e manteve a cara de tiozão do Corolla, por dentro houve um belo banho de loja. Tudo bem que os materiais plásticos continuaram a dominar o habitáculo, mas receberam estilos mais modernos e com ares de sofisticação.
Conforme a versão foram aplicados revestimentos na cor bege e detalhes em plástico brilhante. A marca japonesa também redesenhou o layout do painel, as saídas de ar e os comandos da climatização e emprestou um design mais dinâmico e menos conservador. No quadro de instrumentos, mostradores analógicos e duas telinhas TFT para odômetro e computador de bordo.
Vamos de Toyota Corolla 2010 na versão Altis já como linha 2011. Os preços nos principais sites de compra e venda de veículos (OLX, Mobiauto e Webmotors), apurados na segunda quinzena de outubro de 2024, oscilam entre R$ 53 mil e R$ 60 mil.
É a opção topo de linha da época e isso inclui, na segurança, quatro airbags, freios com ABS e EBD, retrovisor eletrocrômico, faróis de xenônio e sensor de ré. Completam a lista ar automático, retrovisores rebatíveis eletricamente, revestimento de couro bege, ajustes elétricos do banco do motorista e sensores de chuva e de luminosidade.
Porém, não se empolgue com o som. O sedã só foi ganhar central multimídia na linha 2013. Este Toyota Corolla 2010 mesmo na versão Altis saía de fábrica com sistema de áudio simples, apenas com CD player. Sequer tem Bluetooth ou entrada USB.
Com esta versão Altis a partir de 2010, não faltaram piadinhas para cima do Toyota Corolla. Isso porque a opção topo de linha era bem mais cara que a XEi 2.0 e que as demais 1.8. O nome da configuração logo virou trocadilho em um jeito Mussum de falar que o preço era “Altis” demais.
O Toyota Corolla, como dito, tem aquela reputação de carro que não quebra. A manutenção tem fama de simples, mas com o motor 2.0 16V é preciso ficar atento ao preço de alguns componentes.
Preços de peças do Toyota Corolla 2010/11 2.0 16V:
Se estiver de olho em um Toyota Corolla 2010, atenção redobrada quanto à caixa de direção. Folgas no sistema, trepidação excessiva e barulhos incomuns ao esterçar o volante são algumas das queixas recorrentes de donos do sedã. Também dê uma boa verificada no ar-condicionado e nos faróis, com casos recorrentes de infiltração no conjunto.
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Tenho 1 2009/ 10. Muitos querem comprar mas não vendo e não quero de outra marca. O velho já foi novo . Nunca me deixou na mão. Ótimo. O melhor de todos
Tenho um 2009/10 foi. Não quero outra marca. Nunca me deixou na mão.
Tenho corolla 2010 2011 manual muito bom ele