[Vídeo] Há 50 anos, Dodge Dart era lançado no Brasil
Boris Feldman comemora o aniversário do icônico modelo apresentando um exemplar da primeira série, 100% original
Boris Feldman comemora o aniversário do icônico modelo apresentando um exemplar da primeira série, 100% original
Em 2019, um dos automóveis mais icônicos da indústria nacional completa exatos 50 anos de existência: o Dodge Dart. Lançado em setembro de 1969, já como modelo 1970, o modelo tornou-se o principal produto da Chrysler no país.
Um dos pontos altos era o design, moderno para os padrões da época, mas sem abrir mão da sobriedade. Outro atributo era o motor V8: com 5.2012 cm³ de cilindrada, é até hoje a maior unidade movida a gasolina já produzida no Brasil. Com 198 cv de potência (bruta) a 4.400 rpm e 41,5 kgfm de torque (bruto) a 2.400 rpm. O câmbio era manual de três marchas, posicionado na coluna de direção.
O motor V8 logo colocou o Dodge Dart no rol dos carros mais rápidos do Brasil. O fabricante, inclusive, dava destaque ao desempenho nas campanhas publicitárias, comparando o modelo a veículos importados.
Inicialmente, o Dodge Dart foi comercializado unicamente com carroceria sedã. Mas já ma linha 1971 chegava a o modelo cupê, com capota mais baixa, vidro traseiro mais inclinado e sem as colunas centrais.
Naquele ano, chegou também o Dodge Charger: tratava-se de uma variação do Dart Cupê, mas com elementos próprios de design, como faróis duplos posicionados atrás da grade frontal e faixas pretas sobre a pintura. A versão top de linha R/T – havia também a LS, mais simples – tinha câmbio de quatro marchas no console central e 215 cv de potência bruta, graças à adoção de uma taxa de compressão mais alta e de um escapamento com duas saídas.
A estratégia de adotar elementos de design distintos para criar novos produtos foi, inclusive, bastante utilizada pela Chrysler. Vários modelos, entre os quais Grand Sedan, Grand Coupé, Magnum e LeBaron eram variações criadas a partir das carrocerias do Dart. Eles também se diferenciavam pelos padrões de acabamento e pelo nível de equipamentos.
Apesar dos bons atributos, a linha Dodge equipada com motor V8 acabou sofrendo um grave revés em meados da década de 1970: a crise do petróleo. Altas seguidas e acentuadas nos preços dos combustíveis provocaram uma abrupta queda nas vendas de carros com motores grandes, com seis ou oito cilindros.
Em dificuldades no mundo todo, a Chrysler vendeu suas operações brasileiras para a Volkswagen em 1979. A multinacional manteve a marca Dodge no país somente até 1981, quanto o último Dart saiu das linhas de montagem.
Os modelos da marca sofreram acentuada desvalorização nos anos seguintes, mas voltaram a ser desejados, já antigos, na vidada do século. Hoje, os exemplares sobreviventes são verdadeiras preciosidades, disputadas por colecionadores e entusiastas.
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Carrão, um ronco maravilhoso, estilosissimo. Só que realmente era beberrão. De 2 a 3,5 por litro o meu era o RT. E eu gostava de andar com o pé embaixo.
Ícone aqui, carro popular lá. Lançado aqui quando ninguém queria o modelo lá. Mas o lixo Americano sempre foi nosso luxo, nesta terra sofrida onde imperam carroças até hoje é quase nada feito aqui presta.
Concordo. Foi assim com o galaxie, luxo aqui e carro de polícia por lá.
Ta visto que vc nunca andou dodge!