Pneu verde: o que é, preço e relação com consumo
Teste realizado na presença da imprensa confirmou que a nova modalidade diminui o atrito do componente com o solo
Teste realizado na presença da imprensa confirmou que a nova modalidade diminui o atrito do componente com o solo
Surgiu recentemente na indústria automobilística um novo conceito de pneumático, o chamado “pneu verde”. Que bicho é esse?
Não se preocupe com a cor, ele continua preto do mesmo jeito que você sempre o viu. Porém, é chamado de “verde” por uma questão ecológica – é fabricado com um composto especial que reduz o atrito com o asfalto. Se o atrito é diminuído, o motor tem que fazer menos força para movimentar o carro, o que significa uma redução de combustível (e emissões) para percorrer a mesma distância.
Por representar uma evolução do projeto e exigir materiais especiais, ele custa um pouco mais que o pneu normal. Mas, será que vale mesmo a pena pagar mais alguns reais ou é pura enganação para arrancar mais “algum” do consumidor?
Esta sua dúvida é também a das fábricas, dos concorrentes e da imprensa. Para provar que o pneu verde realmente reduz o consumo, imaginaram um teste, chamado de “coasting”, que determina se existe ou não uma redução de atrito da borracha com o asfalto. “Coasting”, numa tradução livre, poderia ser o carro rodando livre, sem propulsão motora, só no “embalo”.
No teste, o automóvel equipado com pneus verdes é acelerado numa reta até atingir 70 km por hora e então se desliga o motor. Mede-se então quantos metros o carro vai rodar até parar por completo. Na segunda etapa, ele é equipado com pneus tradicionais e repete-se o teste dentro dos mesmos parâmetros.
Não tem como escapar: basta comparar no hodômetro quantos metros o carro rola com cada um. Eu participei de um destes testes e conferi: com os tradicionais, ele rodou exatos 990 metros. Com os verdes, 1435 metros. Ou seja, 45% mais no “coasting”.
Em resumo, claro que o carro vai consumir menos com o pneu verde.
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Menor aderência, maior o risco?! Ou tô errado?
Não necessariamente, pois o atrito que normalmente se reduz com este tipo de pneu é o atrito das tramas internas e não o atrito com o solo. Alguns modelos de pneus conseguem até, por conta do projeto, reduzir a distância de frenagem dos veículos quando comparados aos pneus tradicionais,
rodei um ano com pneu verde, depois substitui por convencional, apos a substituição quase entrei em acidente pois fiquei mal acostumado. os verdes dão muito mais segurança. utilizei numa Ranger 2013 com roda aro 20.
Você está certo, foi uma infelicidade do autor em dizer que há redução do atrito com o asfalto. Na realidade há uma redução da resistência ao rolamento do pneu, ou seja, o pneu “gasta” menos energia para se deformar quando entra em contato com a superfície sem comprometer a aderência.
Na verdade acho que o termo correto é de que reduz a RESISTÊNCIA À RODAGEM.
Ou seja, não é aderência que perde. Um pneu mais (ou menos) aderente não necessariamente consome mais (ou menos).
Com certeza com menos atrito, vai ter menos aderência. Compromete sim a estabilidade nas curvas, passando por poças de água em pavimentação seca, em pavimentação molhada (chuva) então … vais precisar de mais espaço para efetivar a frenagem, maoior desgaste do sistema de freio, pastilhas e disco, reduzindo a vida útil do sistema.
Bom esse teste, porém não tem informações completas do uso do pneu. Um pneu com pouca borracha ( gerando menor atrito ) também vai rodar mais que outro com mais borracha.
Deve trazer muitos beneficios
Se o pneu verde reduz o Atrito com o asfalto,pergunto ao frear ou quando o veiculo faz uma curva, a segurança do veiculo não fica comprometida?
E como fica a aderência? Em curvas o carro vai “escorregar”?