Seguro popular explica porque seguro de carro é caro no Brasil

As regras específicas para a categoria do seguro popular são as mesmas que ajudam a entender os valores elevados das outras coberturas

economia carro
Por Boris Feldman
Publicado em 21/05/2018 às 17h40
Atualizado em 18/02/2020 às 19h37

Apesar de estabelecido quase um ano antes, tantas foram as discussões em torno do seguro popular, que só no início de 2017 as seguradoras passaram a oferecê-lo de fato. Isso pode, também, ajudar a entender por que o seguro de carro é caro no Brasil.

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O que é seguro popular?

O seguro popular é focado em veículos com mais de cinco anos de idade e de valor até sessenta mil reais.

Esta foi a regra estabelecida pelas companhias de seguro para se implantar esta nova modalidade de seguro veicular. Sua vantagem é reduzir em cerca de 30% o custo da apólice tradicional.

Em compensação, no reparo do carro não são obedecidas certas regras que regem o seguro convencional, a começar pelos componentes usados pela oficina para repará-lo. No seguro tradicional, a oficina deve necessariamente utilizar peças originais ou genuínas.

Ou seja, fornecidas pelas concessionárias e dentro de embalagens caracterizadas pela fábrica do automóvel. No seguro popular, poderão ser usados componentes de desmanches ou peças não genuínas, as chamadas “genéricas”.

Dentro de uma nova regulamentação do “ferro velho” (ou desmanche) que estabelece um critério para sua utilização, pois estão excluídas as peças que interferem na segurança do automóvel.

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Não se pode adquirir no desmanche componentes da suspensão, direção e freios. No caso da peça “genérica”, não há esta restrição.

Uma outra diferença do seguro popular é que ele dá direito ao reparo no caso de colisão e reembolso de 80% a 90% da tabela FIPE no caso de furto, roubo ou perda total.

O objetivo deste seguro é aumentar o volume de automóveis segurados no Brasil. Estima-se que apenas 30% da frota circulante é protegida por seguro, um percentual considerado muito baixo em relação a outros países.

Aplicou-se então a teoria dos biscoitos “Tostines”: a dúvida é se o brasileiro não faz porque o seguro de carro é caro, ou se ele é caro porque poucos fazem.

Para matar esta charada, as seguradoras decidiram tomar a iniciativa e reduzir seu custo em uma tentativa de aumentar o volume de carros segurados no país.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

Boris Feldman
1 Comentário
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Marcus Moura 22 de maio de 2018

Que conversa fiada. As seguradoras estão procurando reduzir os custos devido à perca de espaço no mercado para as ditas “cooperativas”, que apesar de pouco garantirem, oferecem valores bem menores que um seguro.

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