Salão da moto de Milão 2019: sob os holofotes globais
O Salão de Milão antecipa o que vai rodar pelas ruas e estradas do planeta, inclusive no Brasil, com novos modelos e conceitos
O Salão de Milão antecipa o que vai rodar pelas ruas e estradas do planeta, inclusive no Brasil, com novos modelos e conceitos
A Espozisione Internazionale Ciclo Motociclo Acessori, ou simplesmente EICMA, em Milão, Itália, terminou em 10 de novembro. A mostra ocupou uma área de 280.000 metros quadrados e abrigou 1.278 expositores de 44 países diferentes, incluindo o Brasil, como fornecedor de acessórios e equipamentos para moto.
Realizado no outono europeu, é considerado a maior vitrine do planeta, exibindo os lançamentos mundiais da indústria de motocicletas, que só chegarão ao mercado na primavera, já no ano seguinte. Muitos deles também desembarcarão no Brasil, compondo o nosso mercado.
Neste ano (ano ímpar), o Salão de Milão adquire importância ainda maior, uma vez que o Salão de Colônia, Alemanha, também considerado importante vitrine, é realizado somente nos anos pares. O Brasil também conta com seu salão, realizado em São Paulo a cada dois anos: a 15ª edição acontece entre os dias 18 e 24 de novembro. Confira o que vem por aí!
Totalmente nova, a superesportiva CBR 1000 RR-R Fireblade (Lâmina de Fogo) chega em duas versões: Standard e SP. O visual foi completamente atualizado e ganhou asas na carenagem, inspiradas na aerodinâmica da RC 213V que compete no mundial de MotoGP, com Marc Marquez. O modelo, porém, vai competir no mundial de Superbike, que exige motos de série.
O motor de quatro cilindros em linha saltou para 217 cv, com muita eletrônica. O painel tem tela TFT e a versão SP, suspensões Ohlins e pinças de freio Brembo.
O modelo custom Rebel 500 (já foi sondado para o Brasil em apresentação no Salão das Duas rodas de São Paulo, em 2017) tem motor de dois cilindros paralelos, com 471 cm3 e ganhou iluminação em LED, novo banco e painel.
O scooter SHi 125 foi apresentado com motor de um cilindro, dotado de controle de torque que impede a roda traseira de patinar, e sistema Start/Stop. O espaço para bagagens e capacete em baixo do banco tem 28 litros de volume. Os modelos SHi 150 e SHi 300 já são comercializados no Brasil.
O modelo conceito CB4X foi mostrado em Milão: uma sinalização que em um futuro próximo vire realidade. A moto usa um motor de quatro cilindros em linha da família CB, balança em alumínio, rodas com aros de 17 polegadas, iluminação em LED e tem utilização versátil, como indica a letra “X”.
A nova Sport Touring Tracer 700 (aqui já há a Tracer 900) ganhou frente inspirada na R-1, com pequenos faróis em LED. O motor com dois cilindros paralelos entrega 73 cv e é semelhante ao das MT-07 e Ténére 700, porém com ajustes para as novas funções. A moto, mais estradeira, seria a intermediária entre a MT-07 (naked já vendida aqui) e a fora de estrada Ténéré 700, que ainda vai chegar.
O modelo Tricity 300, com duas rodas na dianteira e uma na traseira, é mais uma aposta da Yamaha nesta arquitetura, que tem inclusive o exótico Niken , com motor da Tracer 900. Entre as mordomias do Tricity 300 está o dispositivo que trava as duas rodas dianteiras nas paradas (no semáforo, por exemplo), conservando a moto equilibrada e dispensando o piloto de apoiar os pés no chão.
A MT-125 foi mostrada em Milão. Com motor de um cilindro que entrega 15 cv, tem suspensão dianteira invertida, iluminação em LED, quadro em alumínio e painel digital. No Brasil, a família MT, conta com os modelos MT-03 (que já foi renovada na Europa), 07 e 09.
A alemã mostrou a dupla F 900 XR (Sport Touring), que é uma espécie de mini S 1000 XR, já comercializada aqui, e F 900 R (naked), com motor de dois cilindros paralelos e 895 cm3 com 105 cv, derivado da linha GS 850. Na eletrônica, há mapas de motor, controle de tração, freios ABS e quick shifter. O painel tem tela TFT e as suspensões dianteiras são invertidas. Os dois modelos vão desembarcar no Brasil, porém, ainda sem data definida.
A alemã BMW, que tem fábrica em Manaus (AM), também mostrou o modelo conceito R18 inspirado na primeira moto, de 1923, batizada de R32. Com motorzão boxer de 1.800 cm3, a conceito R18 participou do badalado Concorzo D’eleganza Villa Deste às margens do logo de Como, norte da Itália.
Pouco mais de seis meses depois, a R18 deu origem à R18/2 (Slash Two), uma cruiser com roda dianteira de 19 polegadas e freios com pinças Brembo e o mesmo motorzão boxer 1800 refrigerado a ar.
A centenária americana Harley-Davidson, conhecida por suas motocicletas estradeiras, vai enfartar os mais puristas, que encaram o ronco dos tradicionais motores vê dois como uma religião. A heresia veio com o lançamento do modelo elétrico LiveWire (que já passou por um recall) e não faz barulho algum.
Agora, a marca traz mais dois lançamentos em segmentos inimagináveis, incluindo uma Harley-Davidson para terra. Para tanto, desenvolveu um novo motor V2, com inclinação entre os cilindros de 60 graus, refrigerado a água batizado de Revolution Max. São duas versões: o motor 1250 cm3 vai equipar a big trail (Adventure Touring) Pan America. Ele entrega 145 cv e 12,4 kg de torque.
A versão menor, com 975 cm3, vai equipar o modelo Bronx, uma naked streetfighter (guerreira urbana) com 115 cv, 9,4 kg de torque e suspensão dianteira invertida.
Oficialmente instalada no Brasil, a KTM mostrou a 390 Adventure. O motor com um cilindro e 373 cn3, que entrega 44 cv, é o mesmo que equipa a Duke 390, já comercializada aqui.
A marca inglesa, desde 2012 no Brasil (fábrica em Manaus), mostrou as gigantes Rocket 3, com visual mais agressivo e 40 kgs mais leve em relação à versão anterior. O motor é o maior propulsor de série do mundo, com três cilindros e nada menos que 2.458 cm3. A potência é de 167 cv, e o torque de caminhão trucado chega a 22,5 kg. São duas versões: GT, mais estradeira e R, mais esportiva. A moto já foi importada para o Brasil.
A Triumph também vem incrementando sua linha de modelos clássicos. Um dos mais representativos é a Bobber que ganhou uma versão exclusiva TFC, Triumph Factory Custom, customizada de fábrica. O motor Bonneville 1200 ganhou 13% a mais de potência, com controle de tração e modos de pilotagem. O quadro foi aliviado, e a decoração ganhou fibra de carbono e sofisticação nos detalhes.
A japonesa Suzuki mostrou a nova geração da big trail V-Strom 1050. O motor saltou para 1.037 cm3, e a potência, para 107,3 cv. Porém, o visual foi inspirado nos modelos DR 800 da década de 1980, com pára-lama dianteiro bicudo e farol quadrado.
A japonesa Kawasaki, também instalada oficialmente no Brasil, mostrou a moto H2 SX, um canhão com quatro cilindros em linha alimentado por compressor mecânico, mas amansado para rodar em viagens com bolsas e garupa.
Mostrou também atualizações da Ninja 1000SX, que segue a mesma linha. Ajustada para maior conforto inclusive nas estradas, incluindo um pára-brisa regulável e, agora, iluminação em LED. O motor de quatro cilindros em linha fornece 143 cv e torque de 11,3 kg e ganhou controle de tração em três níveis, modos de potência, quatro mapas de pilotagem, quick shifter de duas direções e painel em TFT.
A moto Z 650, naked, também ganhou painel com tela TFT que pode se conectar ao celular. O motor de quatro cilindros em linha entrega 68 cv.
Controlada pela gigante Piaggio, a tradicional Vespa mostrou seu scooter elétrico. Batizada de Elettrica, tem autonomia de 100 km com baterias de íon lítio. O painel pode ser conectado ao celular para acesso a aplicativos.
De origem inglesa, mas produzida na Índia, a Royal Enfield chegou oficialmente ao Brasil e está implantando sua rede de concessionárias, que vai expandir de São Paulo para mais 10 cidades, incluindo Belo Horizonte.
Além dos modelos clássicos, Bullet e Classic 500, e da fora de estrada Himalayan, vai trazer as novas Continental 650 GT e Interceptor 650, com motor de dois cilindros em linha, que chegam no primeiro semestre de 2020.
A marca de origem sueca, mas atualmente controlada pelo grupo da austríaca KTM, é especializada no fora de estrada. No Brasil, segue implantando sua rede, inclusive com modelos de rua.
Em Milão, mostrou o modelo conceito Norden 901, algo como “Norte”. A moto é uma legítima adventure, com tanques adicionais, dois painéis e muito estilo, equipada com motor LC8 (KTM) com dois cilindros.
Instalada em Borgo Panigale, norte da Itália (e também oficialmente no Brasil), a Ducati tem, além da linha das superesportivas (incluindo a Panigale V4), a gama Scrambler, modelos para uso diário, com pegada também no fora de estrada.
Essa onda de motos mistas, estilo adventure, fez a marca apresentar o protótipo Desert X. Com base na Scrambler 800, mas com a motorização da Scrambler 1100, com o tradicional comando desmodrômico e dois cilindros em “L”, a Desert X tem duplo farol redondo na carenagem dianteira e tanques extras nas laterais.
A marca italiana sempre produziu motos insanas e já dominou as pistas com o piloto Giacomo Agostini. Nos salões, quase sempre participa da eleição, pelo voto direto, dos modelos mais belos, resultado da badalada escola de design da Itália.
Em Milão, mostrou a Rush 1000, baseada na Brutale 1000RR, um modelo drag bike com motor de quatro cilindros em linha com 1000 cm3 e 212 cv e suspensões eletrônicas. A iluminação é em LED, e a pintura, fosca. A traseira foi reduzida, e a fibra de carbono, usada sem parcimônia.
Também mostrou os modelos Superveloce Oro, com motor de três cilindros, com 800 cm3 e 145 cv, e farol e farolete redondos, que misturam estilo esportivo e vintage. Com mesmo motor, mas uma pegada mais estradeira a MV Agusta Turismo Beloce, tem posição de pilotagem mais relaxada, com guidão mais alto e largo, e malas podem ser acopladas para viagens.
Fotos divulgação
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