Royal Enfield Himalayan é moto raiz na origem e no visual

Feita para rodar no asfalto e na terra, modelo conta com robusto motor de um cilindro, freios ABS, quadro em aço, painel com bússola e visual retrô

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Por Teo Mascarenhas
Publicado em 26/02/2019 às 20h50
Atualizado em 27/02/2019 às 16h00

A Royal Enfield, marca indiana de origem inglesa, desembarcou oficialmente no Brasil há cerca de dois anos. Inicialmente, contava com os modelos tradicionais Bullet 500 (considerada a mais antiga moto em produção sem descontinuidade do mundo, há quase nove décadas), Classic 500 e a Café Racer Continental 535. Em uma nova etapa, a Royal Enfield traz, importada da Índia, o modelo Himalayan 400. Trata-se de uma motocicleta do tipo on e off-road, com características de robustez explícita, mas com itens de tecnologia atual, misturando tradição e presente.

Royal Enfield Himalayan é feita para rodar no asfalto e na terra

O nome Himalayan é uma homenagem à Cordilheira dos Himalaias, situada em parte no norte da Índia. É também onde fica o ponto culminante do planeta: o monte Everest, com 8.848 metros de altura.

O projeto para construção do modelo partiu do zero e, no desenvolvimento, havia a opção, inclusive, de adotar um visual mais “contemporâneo”. Porém, para não fugir às tradições e manter o padrão, a opção foi adotar um desenho “raiz”, indicando a prioridade na robustez, com mecânica resistente e manutenção descomplicada (as troca de óleo são a cada 10 mil km) e econômica.

Volta às origens

O projeto contou com participação do estúdio inglês Harris Performance Products, onde a marca nasceu em 1901, antes de se mudar para a Índia e de lá exportar seus modelos clássicos, inclusive para a própria Inglaterra, voltando às origens. A experiência em produzir motos que rodam em terrenos quase sempre hostis, como a região dos Himalaias foi mantida e ampliada.

Para tanto, o inédito motor, batizado de LS 410, foi desenvolvido com características para oferecer torque e potência em giros mais baixos. Ele tem um cilindro de 411 cm3 de cilindrada, arrefecido a ar, com radiador de óleo, duas válvulas e injeção eletrônica.

Royal Enfield Himalayan é feita para rodar no asfalto e na terra

A potência atinge 24,5 cv a 6.500 rpm, e o torque, 3,4 kgfm entre 4.000 e 4.500 rpm. O eixo-balanceiro interno ajuda a neutralizar as vibrações comuns em motores de um cilindro, deixando o funcionamento surpreendentemente redondo.

O quadro em aço, do tipo berço duplo, também reforça a robustez, que inclui de série tubos nas laterais do tanque. Ajuda a proteger e a fixar bagagem extra, porém, também ajudam a aumentar o peso, que atinge 185 kg a seco e a interferir no visual. Entretanto, o banco em dois níveis está a apenas 800 mm de distância do solo, facilitando o apoio dos pés no chão.

Royal Enfield Himalayan é boa na terra, mas melhor no asfalto

A posição de pilotagem é mais ereta e confortável, típica dos modelos cidade/campo. O pára-brisa ajuda na hora de acelerar na estrada, desviando parte do vento em velocidades de cruzeiro que não passem muito dos 120 km/h. Em baixas velocidades, a Himalayan mantém a agilidade, permitindo rodar com desenvoltura também no trânsito das cidades.

A sua porção da “terra” conta com aro de 21 polegadas na dianteira, melhor para superar obstáculos e pneus mistos. O câmbio de cinco marchas, com relação mais longa, permite modular o acelerador na terra. Entretanto, o peso mais elevado e o escape em posição vulnerável na saída do motor destoam.

Royal Enfield Himalayan é feita para rodar no asfalto e na terra

A suspensão dianteira convencional, com tubos de 41 mm de diâmetro e 200 mm de curso, absorve bem os impactos, junto com um sistema mono de 180 mm de curso na traseira. Os freios, com ABS de série, contam com disco de 300 mm na dianteira e 240 na traseira. Entretanto, o acionamento requer vigor no manete e não se pode desligar o ABS, o que dificulta a pilotagem na terra.

O painel é completo, com instrumentos circulares. Para reforçar o caráter aventureiro, tem até bússola. O visual, com farol redondo, bagageiro e tanque mais “quadrado” (15 litros) completam o estilo “raiz”. Porém, a lanterna é em LED.

O preço sugerido é de R$ 18.990. Com a chegada da Himalayan, a Royal Enfield vai expandir sua rede: além de São Paulo, terá revendedores em Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Curitiba (PR).

Confira a galeria de fotos da Royal Enfield Himalayan:

Fotos Royal Enfield | Divulgação

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6 Comentários
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edson moura de brito 25 de maio de 2021

boa noite, sou possuidor da Royal classe 500, só esperava que ela viesse com o marcador de combustível, mecânico ou digital. e o mostrador do nível do óleo estilo como vareta, não tipo visual. de resto ela e muito boa e excelente para viagens longas.

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jose 28 de fevereiro de 2019

Ei q sou pobre/remediado…compro um negócio desses…qdo der o primeiro problema eu corro pra onde? ainda mais sendo do RJ. Infelizmente esse tipo de situação tem q ser levada em conta, não basta ter a grana pra comprar, tem q pensar em como vai cuidar.

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Henrique 1 de março de 2019

A mecânica dela é simples e robusta. Pelo que ouvi por aí, qualquer mecânico de motos é capaz de mexer no motor sem nenhum problema.

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Leoncio Luis de Souza 19 de janeiro de 2020

É isso mesmo. É fundamental pra quem como eu tem pouco dinheiro.

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Carlos Alberto Godoy 6 de maio de 2020

Parece uma moto bastante interessante, gostei bem robusta. Gostaria de saber se já tem no mercado com 2 cilindros???..
e se vem com cavalete central???…

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Ulisses 27 de fevereiro de 2019

Curitiba fica em Minas Gerais?^^
Novidade,não sabia que era Mineiro.

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