Ducati Scrambler Icon: modelo renasce com robustez

Por Teo Mascarenhas
Publicado em 14/10/2017 às 08h00
Atualizado em 14/02/2020 às 16h33

O modelo de entrada da Ducati tem um pé no passado e outro no futuro. A Ducati Scrambler Icon revive o visual dos anos 60, com estilo que mescla tendência e tecnologia atual.

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O termo scrambler, algo como “misturado”, surgiu para definir um tipo de moto que vinha ganhando evidência na Europa. Modelos de asfalto, adaptados para rodar também na terra.

Desta forma, ganhavam modificações, como escape de saída mais alta, guidão mais largo, além de modificações nos para-lamas e nas suspensões para resistir às maiores exigências das irregularidades do piso. O peso também era aliviado, retirando os supérfluos.

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Com o tempo, o jeitão scrambler deixou de ser uma adaptação meio amadora e a mistura virou um segmento, produzido diretamente pelas fábricas, incorporando muitos desenvolvimentos.

Versões da Ducati Scrambler

A Ducati, relançou os modelos Scrambler, desembarcando no Brasil, via produção em Manaus, no início de 2015, com quatro modelos. A considerada mais básica, a Ducati Scrambler Icon, a Scrambler Full Throttle (algo como máxima aceleração), a Scrambler Classic e a Ducati Scrambler Urban Enduro.

Todas as Ducati Scrambler têm a mesma base mecânica, herdada do descontinuado modelo Monster 796, mas com diferenças de acabamento e ajustes para cada tipo mais específico de utilização.

A palavra Icon, em português significa ícone. É assim que a italiana Ducati considera a Scrambler, que foi produzido pela primeira vez em 1962, com motor 125 de um cilindro. Depois, vieram as versões 250 e também a 450, igualmente com motor de um cilindro.

Motor da Ducati Scrambler Icon

A “nova” Ducati Scrambler Icon tem o visual baseado nas antigas, mas o motor agora é um dois cilindros, com a tradicional arquitetura em “L”, com refrigeração a ar e óleo e o clássico comando de válvulas desmodrômico, com 803 cm³ de cilindrada.

O conjunto fornece 75 cv a 8.250 rpm e um torque de 6,9 kgfm a 5.750 rpm, acoplado a um câmbio de seis marchas.

A Ducati Scrambler tem as características básicas de uma moto robusta. O banco é praticamente reto, o guidão bem largo, tanque (13,5 litros de capacidade), com formato clássico, além de painel e farol arredondados.

Nada de ousadia no desenho, que segue a linha naked despojada “pau para toda obra”. Entretanto, algumas modernidades foram incluídas no visual e na técnica.

O farol tem luz de presença de LED, assim como o farolete traseiro. O painel da Ducati Scrambler tem elementos analógicos e digitais, porém, fica devendo o marcador de nível do combustível. A suspensão dianteira é invertida Kayaba, com 41 mm de diâmetro e 150 mm de curso.

Ducati Scrambler Icon: como anda

A suspensão a traseira da Ducati Scrambler é do tipo mono, em balança assimétrica de alumínio como nas motos de competições, com 150 mm de curso. Os pneus são mistos, porém, calçados em rodas de liga leve com aro de 18 polegadas na dianteira e 17 na traseira. Um arranjo que faz o contraponto no estilo retrô, e confere surpreendente agilidade no asfalto.

A posição de pilotagem, com a coluna mais ereta, permite rodar na Ducati Scrambler por longos períodos sem castigar tanto, inclusive nas cidades. Entretanto, apesar do nome e dos pneus, não é bom abusar na terra, com o agravante do escape bem curtinho, que fica mais exposto, com saída mais baixa.

O motor tem uma pegada vigorosa, facilitando as retomadas de velocidade, além de um ronco agradável, mas, transmite calor. Assim como a proposta despojada, a Ducati Scrambler Icon, não conta com largo pacote eletrônico. Somente os freios possuem sistema ABS. Em compensação param um caminhão. Na dianteira um disco de 330 mm, com pinça Brembo de 4 pistões. Na traseira disco simples de 245 mm.

O quadro da Scrambler também segue a receita tradicional da Ducati, com tubos em treliça e o motor fazendo parte do conjunto. Para completar, tem a comodidade de uma saída USB em baixo do banco para recarregar eletrônico. O preço sugerido é de R$ 38.900.