Ducati Supersport S é esportiva, mas não requer analgésico
Com visual agressivo e muita eletrônica, modelo é capaz de rodar ou esportivamente, ou em ritmo mais lento sem tanto sacrifício
Com visual agressivo e muita eletrônica, modelo é capaz de rodar ou esportivamente, ou em ritmo mais lento sem tanto sacrifício
A esportividade é uma espécie de marca registrada da italiana Ducati. Instalada oficialmente no Brasil, tem em sua linha verdadeiros mísseis terrestres como a Panigale 959 e 1299. Entretanto, para satisfazer quem não abre mão de esportividade e adrenalina, mas sem dispensar uma boa porção de conforto, apresentou o modelo Supersport S, que chega ao mercado nacional por R$ 63.900. Visualmente, pode até ser confundida com a “caçula” Panigale 959, pela identidade da carenagem, com faróis em LED afilados e escape de saída dupla. Contudo, mecanicamente elas pertencem a segmentos diferentes.
Enquanto a 959 conta com quadro em alumínio, motor que produz 157 cv de potência e a inevitável posição de pilotagem ortopédica, exigida em função da performance das superesportivas puras, a Supersport S tem uma ergonomia com o guidão em posição mais alta e as pedaleiras não tão recuadas, resultando em mais conforto. isso permite rodar em baixas velocidades e nas cidades sem “tortura”, e também nas estradas, em viagens mais longas. Para tanto, conta até com kits que incluem suporte para instalação de bolsas laterais e pára-brisa mais alto, transformando-se em uma touring.
A Supersport S conta com motor de dois cilindros, dispostos na clássica configuração Ducati “L”, em que um cilindro fica quase deitado (base do “L”) e o outro na vertical. O propulsor, com 937 cm3, batizado de Testastretta 11º, produz 113 cv a 9.000 rpm e um torque de 9,8 kgfm a 6.500 rpm, com o tradicional comando de válvulas desmodrômico que também equipa os modelos Hypermotard e Multistrada 950. Porém, traz ajustes internos, no acelerador eletrônico e no cabeçote, para proporcionar uma pegada mais “redonda” e homogênea.
O resultado é uma pilotagem prazerosa, em que é possível rodar tanto devagar quanto acelerado, sem sacrifício, em um banco único, mas, em dois níveis. Por outro lado, os sistemas de suspensão e freios, bem como a eletrônica, são de ponta, fornecendo suporte na hora da adrenalina. A suspensão dianteira da Supersport S é invertida, com tubos de 43 mm de diâmetro e 130 mm de curso, da badalada marca Ohlins, plenamente ajustável. A suspensão traseira, do tipo mono, fica ancorada em robusto braço único em alumínio e tem 144 mm de curso, também plenamente ajustável e igualmente da marca Ohlins.
Um pacote que casa em harmonia com o motor e também com os pneus Diablo Corsa, em rodas de liga leve com 17 polegadas de diâmetro. O que destoa na Ducati Supersport S é o quadro em tubos de aço com arquitetura em treliça, em vez de alumínio. Porém, trata-se de uma tradição da marca. Os freios acompanham a filosofia esportiva, com poderosas pinças Brembo radiais monobloco equipadas com quatro pistões, que mordem dois discos de 320 mm de diâmetro na dianteira, capazes de brecar uma “locomotiva”. Na traseira, disco de 245 mm de diâmetro. Ambos são dotados de sistema ABS.
A eletrônica está presente para facilitar a pilotagem. O motor da Supersport S conta com três mapas: Sport, Touring e Urban. Este último reduz a potência para “apenas” 75 cv, mais civilizado para rodar nas ruas, e também conta com um kit com bolsa de tanque, alarme e borracha nas pedaleiras. A eletrônica ainda conta com o controle de tração em oito níveis, painel digital e o “barato” do quickshift bidirecional, para passar as marchas sem usar a embreagem e sem desacelerar, como na Fórmula 1. Para viagens sem tanta pressa, o pára-brisa pode ser regulado mecanicamente em altura, em 50 mm.
Confira a galeria de fotos da Ducati Supersport S:
Fotos Ducati | Divulgação
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