10 marcas de carros que gostaríamos de ver no Brasil
Listamos alguns fabricantes que fariam bem às ruas do nosso país; e outros que poderiam retornar ao mercado nacional
Listamos alguns fabricantes que fariam bem às ruas do nosso país; e outros que poderiam retornar ao mercado nacional
O Brasil já foi um mercado de praticamente quatro grandes montadoras, mas a reabertura das importações nos anos 1990 nos deixou mal acostumados. Muitas marcas de carros passaram a desfilar pelas nossas ruas. Porém, algumas foram embora e outras nunca pisaram por aqui de fato. E não falamos só de fabricantes de nicho, não. Tem empresa de grupo global que nunca pôs os pés em nosso asfalto peculiar.
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Por isso, vamos fazer uma lista que é quase uma petição pública, uma reivindicação. Relacionamos algumas marcas de carros que gostaríamos (para não dizer, “exigimos”) que viessem ou voltassem para o Brasil. Tem de tudo!
Está aí uma marca que só faz carros bonitos. E que já teve até modelo fabricado por aqui, o sedã 2300, que começou pelas mãos da FNM (Fábrica Nacional de Motores) em Duque de Caxias (RJ) e depois foi para Betim (MG), já sob tutela da Fiat. Nos anos 1990 voltou às atividades no mercado brasileiro, via importação, com modelos sensacionais, como 145, Spider e 156 Sportwagon, mas desde o início do século está oficialmente fora.
A Fiat só promete a volta da Alfa Romeo. A culpa para o não retorno sempre recai sobre o momento econômico e/ou alta do dólar. Mas, alfistas ou não, todos gostariam de ver o sensacional Giulia por aqui – inclusive na versão Quadrifoglio, com seu motor 2.9 V6 biturbo, de 510 cv e 62 kgf.m. Ou mesmo o Giulietta. A gente até abre uma exceção para o SUV Stelvio, com o perdão dos puristas.
A Mazda veio na onda das importações dos anos 1990 e ficou no país até 2000. Deixou saudades com automóveis bastante pitorescos. Quem não se lembra dos estilosos MX-3 e MX-5 Miata? Ou do Protegé? Tinha ainda a divertida minivan MPV e o sedã médio-grande 626. Pois é, desde então a marca japonesa só fica na promessa de vir para o Brasil.
Em 2010, pipocaram notícias de que a marca poderia voltar no embalo do crescimento das vendas de carros no Brasil. Em 2014, mais rumores, especialmente depois da inauguração da fábrica no México para produção do hatch médio Mazda3. Mais recentemente, em 2018, especulou-se até produção nacional. Enquanto isso, aguardamos a nova geração do MX-5 e crossovers como CX-5 e CX-9…
Outro fabricante japa que deixou saudades. Os carros da marca que faz parte do Grupo Toyota podiam até parecer excêntricos na década de 1990, como Applause, Charade e o pequenino Cuore. Mas os jipinhos eram pura diversão. Quem não se lembra do Feroza ou do Terios por aqui?
A Daihatsu no Japão hoje tem aqueles Key Cars exóticos, e modelos compactos como o roadster Copen e a minivan quadradinha Move Canbus. Mas também tem seus crossovers, inclusive o novo Terios, que se tornou um SUV robusto e moderno. Há três anos, um utilitário compacto da Toyota foi cotado para cá, o DN Trec, que nada mais é que um projeto Daihatsu.
Os robustos carros da marca russa deixaram uma legião de fãs órfãos no Brasil. Hoje, a montadora faz parte do Grupo AutoVaz, controlado pela Renault. Em seu país de origem, tem uns carros até interessantes, como a linha Ganta (que lembra um Symbol) e tem derivações hatch, sedã e station wagon, e o SUV XRay, feito sobre a mesma plataforma do Dacia Duster romeno.
Mas o carro que marcou a Lada aqui mesmo foi o Niva. E o jipão continua vivinho da Silva, sob a alcunha 4×4, no estilo quadrado e rústico que sempre o marcou. “Mudou de nome” porque um novo Niva também foi lançado por lá, com desenho suavizado – parece um Kia Sportage dos anos 2000.
“O Cadillac, bi bi!”. Então, o país que tem uma música tão famosa do seu “rei”, não tem a marca da General Motors. Nem mesmo a musa do Chacrinha, Rita Cadillac, sensibilizou o fabricante a trazer seus carros. Brincadeiras à parte, a divisão mais requintada da GM é outra que vive na promessa para cá. Em 2012, teve até executivo da montadora garantindo que os estudos para a importação estavam avançados.
Mas até agora, nada. Ficamos ainda no sonho de ver o sedã CT5-V, com seu V6 turbo de 360 cv. Ou aquela variedade de SUVs grandalhões e rebuscados, entre eles o XT6 e o emblemático Escalade, figurinha fácil em filmes e séries de Hollywood.
Por que não temos, no mínimo, uma revenda oficial da Bugatti no Brasil? Pelo menos para a gente ir lá na Avenida Europa (a rua da elite automotiva em São Paulo) observar um Chiron pela vitrine que nem cachorro que fica babando pelo frango da padaria. Quem sabe a gente não pode fazer um test drive do hipercarro, com seus números superlativos sob o capô?
O Chiron carrega o motor 8.0 com 16 cilindros em “W” – duplo “V”. São 1.500 cv (é isso mesmo, eu não digitei errado) de potência e insanos 163,15 kgfm de torque máximo. Os 100 km/h são atingidos em apenas 2,5 segundos e o carro beira os 500 km/h. Mas o Grupo Volkswagen, dono da marca francesa de superesportivos, precisa correr mais rápido que o Chiron para trazê-lo: o superesportivo já está para deixar de ser produzido.
A Opel marcou território no Brasil por meio da Chevrolet, quando ainda era o braço europeu da General Motors. Monza (Ascona), Kadett, Corsa e Meriva, só para ficar nesses, eram todos projetos Opel. Neste novo século, porém, a GM brasileira ficou mais coreana e chinesa, enquanto a marca do raio foi comprada pela PSA Peugeot Citroën, em 2017.
Sabemos que a holding francesa está mal das pernas por aqui, mas por que não sonhar com o novo Corsa – inclusive em sua variante elétrica -, com o atual Astra ou com o sedã médio-grande Insignia, o sucessor do Vectra? Quem sabe a fusão anunciada entre o Grupo PSA e FCA – Fiat Chrysler Automóveis não atende aos nossos desejos…
A divisão de luxo está para a Nissan como a Lexus está para a Toyota. Os carros da marca até são fáceis de ver por aqui, frutos de importação independente, ou mesmo trazidos pela própria empresa japonesa para uso interno ou de executivos. Mas poderiam ser vendidos oficialmente na própria rede da montadora matriarca.
Curiosamente, é outra montadora também á foi prometida para cá. Em 2013, um executivo da Infiniti disse que a marca estava próxima do Brasil. Bem, aguardamos ansiosos e, se pudermos sugerir os modelos, podem trazer o cupê Q60 e o crossover QX60, por favor? Obrigado. De nada.
O fabricante britânico fundado por Colin Chapman está muito ligado ao imaginário brasileiro pelo automobilismo. Afinal, Emerson Fittipaldi ganhou seu primeiro título na F1, em 1972, pela Lotus. Piquet e Senna também correram pela escuderia, que nos anos 1980, nas pistas, trocou de cigarro, e o preto e dourado da John Player Special deu lugar ao amarelo e azul da Camel. Mas tem lugar de sobra para a marca nas nossas ruas.
Cupês como Elise, Evora, Exige e Evija são mais que bem-vindos ao Brasil. Se nos permite a sugestão, Lotus, vocês poderiam começar aqui pelo Evora na versão GT410 Sport – que é vendida no nosso vizinho, na Argentina. Usa motor 3.5 V6 de alumínio com 410 cv, 0 a 100 km/h em 3,9 segundos e máxima de 306 km/h.
Se a Cadillac faz falta por aqui, a arquirrival Lincoln também cairia muito bem no mercado brasileiro. A marca de carros de luxo da Ford tem uma história tão rica quanto a concorrente da GM. Infelizmente, até o momento, não há indício algum de que a trajetória da empresa possa incluir o Brasil, pelo menos a médio prazo.
A atual gama da Lincoln com os sedãs Continental e MKZ, e também com os SUVs Nautilus, Aviator e Corsair, além do tradicional Navigator. A linha é fiel ao estilo estadunidense, com porte avantajado e motores de alta cilindrada. Nem seria preciso trazer todos: já ficaríamos felizes com dois ou três desses modelos.
Fotos: Divulgação
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Não sei se é a hora, com a pressão para a eletrificação dos carros, mas seria muito interessante ter motores wankel da Mazda rodando por aqui. Nem sei se ainda são utilizados, mas o projeto sempre me intrigou, tinha uma beleza.
Dessa lista, eu concordo apenas com Alfa Romeo e Mazda.
Existem outras dezenas de marcas, além das “conhecidas”, européias ou asiáticas, muitas em ascensão, e o Brasil poderia “aproveitar” e conhecer novos produtos … além dos óbvios citados aqui…
A MAZDA é uma das melhores marcas de carro produzidas no Estados Unidos, segundo consumerreposts.org (tipo nosso PROTEST do Brasil, que não aceita propaganda em suas publicações nem doações de Montadoras). O Grupo PSA faria um ótimo negócio trazenda o OPEL para o Brasil, que já fez sucesso por aqui, uma vez que Peugeot e Citroen não conseguem lugar de destaque nas estatísticas de venda no mercado brasileiro.
Com o neoliberalismo fazendo a renda do brasileiro despencar, teremos sorte se as marcas atuais continuarem aqui. Mas não há motivo pra tristeza: as marcas de carro de luxo persistirão. Continuarão vendendo muito pra os poucos ricos do país, que nunca passam tempos difíceis. Ruim vai ser pra as marcas que precisam vender pra a classe média pra sobreviver.
É incrível… todo sujeito que usa a expressão “neoliberalismo” só fala m3rda…
De fato, Alex, do ponto de vista político, não há ganho algum, nem é muito defensável. Mas como expressão da engenharia, do design, da artesania, são belos e instigantes. E, pelo menos no caso da lada, facilitaria a vida de um bando de gente, que tem que escalar o Himalaia para conseguir as peças de seus carrinhos… A h, só lembrando que a coisa mais fácil, para quem é rico, é encontrar onde despejar seus excessos financeiros… ?
Reportagem meio 100 sentido, pois citou ” lotus e bogatti ” dois automoveis d uso exclusivo d jogadores d futebol, politicos e cantores d musica caipira americana alem de petistas e envolvidos no lava – jato. Faria + sentido citar o famoso e inigualavel MUSTANG da Ford, q mesmo sendo d regular nivel nos USA aki no Brasil poderia ser vandido para alguns mortais trabalhadores e gerentes, alem d diretores e presidentes d empresas.
Exatamente o que pensei…