Manutenção de carro: veja 5 itens normalmente esquecidos
Muitos se esquecem de trocar os fluidos de freio e do sistema de arrefecimento, as palhetas dos limpadores, o filtro do ar-condicionado e as lonas traseiras
Muitos se esquecem de trocar os fluidos de freio e do sistema de arrefecimento, as palhetas dos limpadores, o filtro do ar-condicionado e as lonas traseiras
Seu carro está com a manutenção em dia? Tem certeza? Mesmo que a resposta pareça ser um “sim”, pode ser que até o mecânico tenha se esquecido de determinados itens. Afinal, enquanto alguns sistemas e equipamentos exigem substituição mais constante, outros podem ser verificados de modo mais esporádico. É aí que mora o perigo: como não precisam de atenção periódica, eles acabam passando despercebidos.
Uma vez que negligenciar a manutenção do carro pode gerar prejuízos financeiros e até comprometer a segurança, o AutoPapo consultou Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil, e listou cinco itens que, muitas vezes, acabam sendo esquecidos. Preste atenção a eles:
“Muitas vezes as pessoas esquecem que o ar-condicionado tem o filtro de pólen, ou filtro de partículas,” diz Satkunas. Ele explica que esse item, responsável por impedir que o ar do habitáculo fique muito contaminado, tem papel importante na saúde dos ocupantes do veículo. “Para quem costuma fumar dentro do carro, a troca é ainda mais essencial,” destaca.
O especialista da SAE aconselha que, além da substituição do filtro, cuja vida útil é prescrita no manual do proprietário, a manutenção inclua também uma verificação na tubulação e na tomada de ar do sistema, geralmente localizada na grelha abaixo do para-brisa. “Folhas às vezes penetram ali e podem entupir os dutos. E isso afeta a performance do ar-condicionado”, aconselha.
As palhetas do limpador de para-brisa geralmente são lembradas apenas durante o período chuvoso. Esses componentes não têm uma durabilidade pré-determinada, mas Satkunas recomenda que o motorista os confira de modo prévio: “a pior coisa é acionar o limpador debaixo de chuva e perceber que as palhetas não estão conseguindo varrer o vidro. Isso compromete a segurança”, adverte.
Além de verificá-las, o especialista aconselha que o proprietário do veículo limpe as palhetas, mas apenas com um pano úmido. Vale lembrar ainda que, em alguns tipos de carro, o vidro traseiro também tem um limpador. “As pessoas se esquecem da palheta traseira com ainda mais frequência que as do para-brisa,” destaca.
É normal que os freios dianteiros se desgastem mais rapidamente que os traseiros. Por isso, eles costumam receber mais atenção do mecânico. “A gente esquece que na traseira existem freios também, porque 70% do esforço de frenagem se concentra nas rodas dianteiras, o que faz com que as pastilhas desse eixo se desgastem primeiro. Mas é preciso verificar todo o conjunto”, aconselha Satkunas.
O conselheiro da SAE Brasil lembra que, na maioria dos automóveis, o sistema traseiro de freios é composto por um mecanismo com lonas e sapatas, ao passo que modelos mais sofisticados utilizam discos e pastilhas. Nos dois tipos de arquitetura, a manutenção periódica se faz necessária. “Pode parecer que 30% (da frenagem) é pouco, mas não é”, sintetiza.
O fluido de freio é essencial para o funcionamento do sistema. Mas sua vida útil, prescrita no manual do proprietário, não é das mais longas: como esse componente é higroscópico, ou seja, absorve umidade, sua eficiência vai caindo drasticamente à medida que ele vai se misturando com a água.
Ocorre que o sistema de freios atinge temperaturas extremamente elevadas quando é acionado. Se tiver absorvido umidade, o fluido pode até ferver em uma situação mais severa. “A temperatura de ebulição do fluido pode cair em mais de 100 ºc, o que aumenta significativamente o espaço de frenagem e faz a diferença entre sofrer ou não um acidente”, alerta Satkunas.
O motor tem uma temperatura ideal de funcionamento: se estiver mais frio ou mais quente que o previsto pelo projeto, não atingirá sua máxima eficiência energética. Além do mais, se o componente chegar a temperaturas muito elevadas ou permanecer em uso por períodos prolongados acima do grau ideal, poderá ter a durabilidade comprometida ou até sofrer danos imediatos. Por isso, é preciso trocar o fluido do sistema de arrefecimento de acordo com a quilometragem prescrita no manual.
Se ainda não chegou a hora de substituir o fluido, ele deverá, pelo menos, ser completado com água eventualmente, de modo que não ultrapasse os níveis mínimo e máximo determinados. Esse procedimento é simples, mas Satkunas recomenda ter alguns cuidados. “Deve ser usada água desmineralizada ou destilada”, pontua explicando como fazer a manutenção do fluido.
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Muito bom os comentários ou instruções de uso. Gosto quando falam direto sem rodeios.
Bom dia ! Tenho um Ford Focus Hatch 2.0 Power Shift 2015 com 90 mil Km e minha dúvida é se devo ou não trocar o óleo da transmissão.Desde já agradeço sua atenção !!
Tive Golf DSG e é recomendado trocar aos 60 mil km rodados. Recomendo vc trocar o lubrificante do powershift imediatamente. Verifique no manual do mecanico se esta transmissão tem filtro para ser trocado.
Bom dia tenho um veiculo polo sedan 1.6 flex 2011 com 220mil km rodados; troquei essa semana (aos 219mil km) o cabecote; a junta do cabeçote; a carcaça da valvula termostatica e a valvula termostatica…Minha duvida fica quanro ao motor ; quanto tempo geralmente dura um motor em condiçoes normais de uso; troco correias e tensores alem do oleo e filtro no tempo normal…Obrigado
Ótimas dicas. Sugiro dicas simples de limpeza interna do vriculo e como lavar o motor do veiculo e do que precisa