Lançamentos abortados: 8 carros que ficaram só na promessa
Compactos, versões esportivas e sedãs de diversos fabricantes já foram confirmados para o Brasil, mas nunca vieram
Compactos, versões esportivas e sedãs de diversos fabricantes já foram confirmados para o Brasil, mas nunca vieram
A Kia confirmou, enfim, a venda do Rio para janeiro de 2020. O hatch compacto pode ser considerado o modelo mais prometido para o país – desde 2010 a marca sul-coreana fala que ia lançá-lo (isso ainda da geração anterior). Mas casos de carros cujos lançamentos foram prometidos, porém nunca vieram, não são exclusivos do fabricante.
Compactos, versões esportivas e sedãs de diferentes empresas já flertaram com o mercado brasileiro: alguns chegaram a ser anunciados e tiveram direito à apresentação para a imprensa. Veja oito modelos que nunca vieram:
O sedã médio-grande da GM esteve por aqui entre 2010 e 2012 em sua sétima encarnação. No Salão de Detroit de 2013, o fabricante americano assegurou o lançamento da geração 8 para o Brasil e até promoveu uma avaliação do três-volumes na cidade ianque.
A ideia era que o renovado Malibu tivesse mais condições de brigar com o Ford Fusion, que vendia muito bem à época e tinha preço competitivo por vir do México. Mas o modelo nunca veio e a culpa caiu no dólar, que disparou no primeiro semestre daquele ano.
Em 2003, o então presidente da Citroën no Brasil, Sergio Habib (hoje, CEO da JAC Motors), confirmou a importação do C2 em uma versão esportiva. Seria o modelo VTR, com motor 1.6 de 110 cv de potência, para ser trabalhado como um compacto de nicho abaixo do antigo C3 – cuja produção tinha começado meses antes, em Porto Real (RJ).
Depois de fazer as contas, porém, a marca francesa desistiu do projeto. Isso porque o C2 sairia mais caro que o irmão maior.
Outro exemplo em que a marca chegou a fazer evento de apresentação do carro para a imprensa. Só que, no caso da versão esportiva do Mégane, o test drive foi no Brasil em uma pista de aeroporto no interior de São Paulo – principalmente para mostrar o poder de aceleração do motor 2.0 turbo com 265 cv de potência.
Mesmo com a reação positiva dos profissionais do setor, o Mégane R.S. nunca foi vendido no país – devido principalmente ao preço elevado que teria aqui. Coube ao Sandero, anos depois, fazer as honras do sobrenome R.S. com uma variante esportiva mais acessível.
A versão aspirada do hatch de três portas ficou com a reputação manchada depois de diferenças entre os modelos anunciados e os vendidos no país – que envolviam até potência do motor. Para tentar apagar a má impressão, a Caoa – importadora oficial da marca sul-coreana – expôs a variante turbinada de 204 cv do Veloster no Salão de São Paulo 2014 e anunciou sua vinda.
Ficou na promessa. Apenas duas unidades foram trazidas para homologação. O câmbio desfavorável fez a empresa desistir de sua comercialização.
A marca francesa diz que nunca falou sobre trazer esse carro no país, mas esqueceu de combinar com Gilles Le Borgne, diretor mundial de desenvolvimento da PSA Peugeot-Citroën. Em 2013, o executivo afirmou em alto e bom som que a holding estava “trabalhando para adaptar o modelo ao mercado brasileiro”. O 301 nunca veio nem foi produzido em Porto Real (RJ) – usava a mesma arquitetura do novo 208.
Uma pena: o sedã podia ter dado ânimo às vendas do fabricante já na época, pois trazia espaço interno semelhante ao de carros como Renault Logan, Chevrolet Cobalt e Nissan Versa (cujos lançamentos já tinham ocorrido), só que com design bem mais sofisticado e acabamento interno caprichado.
O ano era 2009 e a Chrysler ainda se via às voltas com o pedido de falência após o tsunami financeiro do ano anterior. Mesmo assim, a filial brasileira da empresa garantiu o lançamento do sedã. Importado do México, o Trazo era a versão Dodge do Nissan Tiida Sedan – este sim, vendido no Brasil. Viria, inclusive, com o mesmo motor 1.8 16V.
Mas não deu sequer o ar da graça, principalmente devido à conturbada situação do grupo americano, que acabou sendo comprado – e salvo – pela Fiat anos depois.
No início de 2013, o gerente de marketing da Infiniti, Tom Scarpello, disse que a divisão de luxo da Nissan programava a vinda oficial para o Brasil. E tudo levava a crer que ela começaria pelo Q50 – o sedã chegou a ser flagrado em testes por aqui. Quem esperou, mofou na cadeira. Nem o Q50, nem a marca deram as caras por aqui até hoje.
Na época, a “sobretaxação” dos importados que não vinham do México ou da Argentina fez os planos da empresa para o nosso mercado serem adiados – ou cancelados.
Calma, o Bravo foi feito no Brasil sim, no início dos anos 2010. Mas em 1999 ele era a configuração duas portas da geração anterior do hatch médio. Na época, a Fiat começou a produzir o Brava (quatro portas) em Betim (MG) e prometeu vender o Bravo importado. Estavam confirmados os lançamentos das versões básica SX e esportiva HGT, mas os carros nunca vieram.
Mais uma vez sobrou para o dólar, que inviabilizou a comercialização. O modelo seria produzido em Minas Gerais 10 anos depois, já sob nova geração e apenas com quatro portas.
Fotos: Divulgação
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Tirando o Infiniti graças a Deus essas outras bombas não vingaram..rss